Comunicado tão importante para a humanidade quanto um saco depilado é para uma hippie

Postado por Luan Henrique | | Posted On sexta-feira, 15 de novembro de 2013 at 12:28

  Devido ao baixo número de visitas, esse blog estar um lixo pesado que em alguns navegadores não carrega nada e eu não faço a mínima ideia de como arrumar isso, estou descontinuando esse blog.
  Mas calma, textos continuarão sendo postado na minha página no facebook, irei postar pelo google docs, que é de fácil leitura e fácil de compartilhar.
  Então entrem na página e receba contos diar... semana... mens... quando eu estiver afim, além de ser fácil de me encontrar e xingar como vocês desejarem. Bem, acho que não mudará muita coisa já que ninguém visita essa merda mesmo, mas curtam a página, já estou preparando alguns textos tão divertidos quanto bater o dedinho na quina da nuca enquanto faz uma voadera rasante em si mesmo no frio.
  Beijos e encontro vocês por aqui ó https://www.facebook.com/SeguidoresDoVelhoBarreiro

Os ventos do norte não movem moinhos

Postado por Luan Henrique | | Posted On quarta-feira, 4 de setembro de 2013 at 20:49

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  O investigador especial de ventos suspeitos Gabriel recebeu uma ligação um tanto quanto inesperada naquela manhã de sexta-feira, ele estava em seu escritório fazendo um experimento de rotina que consistia em assoprar velas de aniversários para analisar as consequências que o vento saído de sua boca agiriam sobre o fogo na ponta das velas. Até agora sua conclusão era de que elas se apagavam.

  Gabriel escreveu em seu caderno de anotações o resultado e se dirigiu para atender o telefone, era um representante do governo que estava na linha, parecendo meio ofegante e com a voz trêmula.
  Cacete, lá vou eu de volta satisfazer esses putos pervertidos, pensou Gabriel.
  Mas para sua surpresa dessa vez era algo que parecia sério, ele estava realmente nervoso e começou a contar o que estava acontecendo para o melhor investigador de ventos suspeitos que nossa querida nação já havia contratado:

  “Ventos Gabriel, ventos muito fortes e fora do comum estão vindo do Oceano Atlântico e invadindo nosso litoral. Ondas de mais de 50 metros estão destruindo casas, apartamentos, pousadas, barcos, barraquinhas de… vodkas… ou água de coco, tanto faz, estradas, pessoas cara, pessoas tão morrendo. Nossos instrumentos estão loucos aqui, linhas de comunicação com o exterior estão cortadas, paraquedistas estão caindo dos céus (eu sei, eu sei, essa é a ideia, cair, mas eles estão se machucando de verdade). Telhados estão sendo arremessados, você precisa nos ajudar cara, eu fui fazer um pintoscopio na varanda e quase quebrei meu pênis. Estamos desesperados.”

  A ligação caiu nesse momento. Gabriel refletiu por um instante, confuso com o que acabara de escutar. Ventos? Ventos são normais, eles que fazem os barquinhos andarem, eles que mantém os aviões no céu, são os ventos que ligam nossos ventiladores. Gabriel são sabia porque tanto alarde sobre algo tão simples e natural, mas resolveu sair para a rua para ver por si mesmo o que estava acontecendo.

  Ao abrir a porta principal do seu escritório de luxo em frente ao morro do austríaco, seu chapéu de madeira fundida saiu voando com uma velocidade tão grande que nenhum piolho sobreviveu, agora ele estava realmente assustado.

  A cidade estava um caos. Coisas voavam, pessoas desnutridas voavam, gordos rolavam, postes estavam sendo arrancados do chão. Gabriel pisou firme e se pôs a andar, devagar, com a mão direita espalmada na frente do corpo, como que isso fosse fazer o vento tomar distância: “Putz pessoal, aquele cara ali tá com a mão aberta em sinal de pare, acho que é melhor darmos a volta, afinal somos vento e respeitamos a sinalização”. Em poucos instantes chegou na Prefeitura Municipal do Município Principal, um lugar tranquilo frequentado principalmente por fantasmas e manifestantes sem causa alguma, mas com uma salinha bastante elegante no ultimo andar, onde o prefeito aparece 3 vezes por dia para usar o banheiro, que tem um bidê. Gabriel torceu para para encontra-lo lá agora.

  Estava com sorte, graças ao seu Criador impaciente para terminar logo essa história, o prefeito se encontrava nesse exato momento em sua salinha. Ufa, pensou Gabriel, não terei que esperar muito, obrigado Ó Grande Magnífico egocêntrico com uma beleza impecável de dar inveja.

- Escute aqui Gabriel – disse o Prefeito com sua voz rouca de anos a fio fumando cigarro Classic em botecos – A coisa está feia e você é o unico que pode nos ajudar. Alguns informantes secretos em missão no continente africano nos mandaram um telegrama codificado comentando, assim meio por cima, sobre alguma atividade suspeita em toda região. Aparentemente pessoas estão se locomovendo em grande escala para a costa. Eles não conseguiram dizer o porquê pois a receita de comidas típicas que eu pedi para eles tomou conta de quase todo o telegrama e não sobrou espaço para explicações, por isso estarei te enviando para lá.

- Mas como eu chegarei até lá senhor? Aviões não podem sobrevoar o Brasil, tá ventando muito.

- Sim, você está certo. Nem aviões e nem navios estão conseguindo chegar perto do Oceano Atlântico. Carros não estão andando e muito menos helicópteros. Mas eu me reuni mais cedo com os engenheiros públicos e chegamos a uma solução impecável para se locomover até lá. Você irá montar nesse triciclo infantil e…

- Calma ai, triciclo infantil? Você quer que eu atravesse o mundo na porra de um triciclo infantil?

- Sim, é o unico jeito de evitar que os ventos lhe carreguem. Eles possuem uma aderência ao solo bem melhor do que qualquer tanque de guerra, e com seu peso não terá perigo algum. Se atente ao plano. Você sairá daqui de São Paulo, vai atravessar o Brasil pelo oeste chegando ao Paraguai (aproveita e me traga um mini system potente de lá, toma aqui cinquentão), vai passar pela Argentina chegando ao Chile. Então com os remos acoplados no triciclo você atravessará o Oceano Pacífico chegando até o fim do mapa. Não se preocupe que descobrimos recentemente que o mundo não acaba por lá, ao invés disso, ele continua até a parte leste do mapa mundi, onde tem uma caralhada de ilhas, cangurus e sushi. Mas você continua indo reto até que irá encontrar a ilha de Madagascar, linda mas perigosa e com muita cantaria. Vá para Moçambique, passe por uns países inúteis lá até chegar na Angola que aparentemente é onde eles estão se reunindo. Descubra o que está acontecendo e acabe com isso de uma vez.

  Gabriel agradeceu as instruções e seguiu viagem, munido apenas de seu triciclo vermelho, a roupa do corpo, um passaporte e um pacote de Trakinas. A viagem demorou bem menos do que ele imaginava e em menos de duas horas ele já estava atravessando a fronteira da Angola e ainda lhe restavam mais duas bolachas no pacote (sim, você leu certo, B-O-L-A-C-H-A-S).

  Chegando ao litoral angolense as coisas ficaram confusas. Milhares de pessoas estavam amontoadas próximo ao mar, cada uma munida de um patinho de borracha nas mãos – sim, aqueles que normalmente pessoas sortudas possuem em banheiras – e eles apertavam incansavelmente fazendo o ar sair da região anal dos brinquedos.

  Puta que pariu – sussurrou Gabriel, incrédulo – milhares de pessoas liberando o ar dos patinhos ao mesmo tempo causou toda aquela confusão na América do Sul, por que eles estariam fazendo isso? O que foi que fizemos para que tamanho ódio fosse implantado nos corações de toda essa gente? Meu Deus, se isso continuar não poderemos fazer nada para contra-atacar.

  Mas Gabriel teria de fazer algo, sua missão era salvar toda a população brasileira, povo que ele tanto ama, e para isso essa loucura teria de acabar. O barulho ali estava ensurdecedor, muitos patos fazendo barulho de peido ao mesmo tempo. Gabriel correu, tentou conversar com algumas pessoas com seu péssimo inglês mas tudo o que conseguiu foi uma resposta de um angolano que simplesmente disse que estavam entediados.

  Tédio? Seria essa a causa para toda essa carnificina descontrolada? Ele não podia acreditar nisso, mas tinha que fazer alguma coisa, só ele poderia acabar com tudo aquilo e querem saber o que ele fez? Realmente querem saber?

  Nada, pois infelizmente é cientificamente impossível acabar com o ataque de milhares de patinhos de borracha. Eles simplesmente são indestrutíveis.

  Sete anos depois disso, toda a América do Sul foi parar no fundo do mar, e com isso, o Haiti passou a ser a maior potência no futebol mundial…

 

 

O homem que conhece você

Postado por Luan Henrique | | Posted On quinta-feira, 29 de agosto de 2013 at 16:54

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  Essa é a história do Leo, vocês o conhecem, certo? Ele é o pesquisador do instituto IBGE responsável pela contagem manual de pessoas no Brasil, seu trabalho consiste em andar de casa em casa e anotar no seu caderno universitário a quantidade de pessoas que vivem em determinado local, e ele faz isso sozinho, se desconfia que alguém está escondendo uma pessoa para que ela não possa fazer parte de uma estatística, Leo tem o apoio do governo para invadir a residência e vasculhar por tudo.

  Fazem 50 anos que Leo está nessa profissão e ainda não conseguiu sair do Paraná, já que a cada morte ou nascimento ele deve voltar a residência e fazer uma nova contagem. Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram estados rápidos, já que aparentemente ninguém por lá faz sexo e os habitantes são imortais, talvez graças ao fato de não fazerem sexo eles vivam mais, ninguém sabe, mas fica ai uma dica para vocês que tem medo da morte. Já o Paraná tá sendo um estadinho difícil de sair.

  Leo está agora em Curitiba, a primeira cidade que ele visitou a 30 anos atrás e ainda não conseguiu ir em frente. De vez em quando ele se pergunta se não seria bom ter alguém para lhe ajudar, afinal, ele já estava ficando velho e o mal humor dos curitibanos estava começando a irritar. Ninguém abria as portas para ele e em oito a cada dez casas ele era obrigado a retirar sua espingarda calibre 12 do cu – técnica de camuflagem que ele aprendeu em jogos de RPG antigos – e forçar sua entrada na casa dos mais relutantes.

  Aquela rotina já estava ficando um tanto quanto cansativa e agora ele fazia a contagem do pessoal em uma famosa favela, apelidada gentilmente de Vila Pinto, um lugar perigoso mas com bem menos travestis do que ele imaginara que iria encontrar.

  Era um sábado a tarde, o sol escaldante fazia sua cabeça arder, poxa, deveria estar uns 9 graus naquele lugar, as axilas de Leo não paravam de suar. Mas o trabalho não pode parar e ele foi para a próxima casa.

- Boa tarde senhora, eu sou o Leo do instituto IBGE e preciso conferir quantas pessoas moram nessa casa.
- Sou só eu e minha netinha de 3 anos senhor, ela está na escolinha agora e não tem mais ninguém aqui.

  Leo começou a anotar algumas equações matemáticas em seu caderno quando ouviu um barulho de algo caindo lá dentro da casa.

- Senhora, quem mais está aqui?
- Ninguém meu bom moço, deve ter sido o gato.
- Quem mais está aqui? Me fale agora!
- Eu já disse, não tem mais ninguém, foi o gato ou o cachorro.
- OLHA AQUI SUA PUTA, JÁ ESTOU PERDENDO MINHA PACIÊNCIA, ME FALA QUEM CARALHOS ESTÁ LÁ DENTRO ANTES QUE EU SEJA OBRIGADO A ENTRAR E VER POR MIM MESMO!
- Eu juro – A senhora, que deveria ter uns 80 e poucos anos, deixou uma lágrima escorrer de seu olho direito, isso foi o suficiente para o Leo arriar as calças e retirar sua 12 lá de dentro.
- VAMOS VER ENTÃO, SAIA DA MINHA FRENTE SUA VAGABUNDA COMUNISTA DE MERDA.

  Leo entrou, tentou abrir a porta da frente com um chute violento, mas como ela abria para fora isso não fez efeito algum, então ele franziu as sobrancelhas e puxou o trinco com a mão. Ao entrar tudo estava silencioso, mas seus anos de experiência lhe diziam que tinha algo errado ali. Foi abrindo todas as portas que encontrava, banheiro, armários, gavetas, fogão, microondas – ele já encontrara uma criança dentro de um a alguns anos atrás, as pessoas fazem de tudo para saírem do radar – casinha de cachorro, quartos, até que, atrás de um armário ele avistou uma pequena fresta, um pequeno raio de luz estava saindo dali e ele logo se esforçou para empurrar o armário para ver o que estava la.

  CONTINUA…

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  Aqui ó o/

  O que ele viu fez gelar sua espinha e uma mistura de desespero com terror invadiu seu corpo. Dentro de uma salinha minúscula estava uma forma humana em estado de decomposição amarrada a 5 correntes grossas e fortes, seu rosto já não possuía mais cor e a metade esquerda não tinha nem pele, apenas alguns ossos e uma órbita vazia onde anteriormente ficava um olho. Em sua boca coberta de sangue jazia a metade traseira de um gato esquartejado e quando ele percebeu a presença de Leo, deu um grunhido meio abafado e se jogou na direção do intruso.

  O desespero de Leo foi passando aos poucos, graças a Deus o monstro no armário estava muito bem amarrado e dificilmente conseguiria sair. A senhora apareceu atrás dele caindo em prantos e se ajoelhou agarrando na cintura de Leo.

- Por favor meu bom moço, não faça mal ao meu filho. Ele era um jovem tão bom até que um louco invadiu nossa casa e o mordeu. Desde então ele está assim, não me reconhece, não fala, mas eu sei que ele me ama ainda, eu vejo em seu olho a compaixão que sobrou, por favor, não o mate, ele só come gatos e cachorros, por favor, por favor.

- Senhora, as leis do Estado do Paraná são bem rígidas quanto a isso, o parágrafo 66 da sessão 6 diz que é expressamente proibido abrigar ou alimentar – com exceção de que seja com seu próprio corpo – qualquer espécie de mortos-vivos, em uma residência particular ou pública. E além disso a senhora acaba de fuder uma vida de trabalho minha. Como eu devo catalogá-lo? Meu caderno tem a opção para número de seres humanos vivos, recém-nascidos e óbitos recentes, não tem A PORRA DE UMA SESSÃO PARA ZUMBIS, E AGORA SUA PUTA? O QUE EU FAÇO COM VOCÊS?

- Por favor, tenha piedade, não nos machuque – A velha agora estava engasgando no próprio choro.

- A senhora possui um Deus?

- Sim, Jesus Cristo meu senhor o unico dos unicos me proteja, mande uma luz para esse homem e faça com que ele tenha misericórdia de nos. Por favor senhor, eu lhe imploro, me perdoe.

- Sabe, possuímos Deuses diferentes. Meu Deus é minha bala, e ele gosta de perdoar pessoalmente.

  Dizendo isso Leo atirou, um tiro ensurdecedor e ríspido que fez seu ombro direito dar um tranco para trás. A bala atingiu o crânio da senhora arrancando instantaneamente a tampa de sua cabeça. Segundos depois ela caiu no chão, com um baque surdo.

  Leo foi para o fogão e acendeu uma boca. Começou a queimar tranquilamente seu caderno universitário. Sua profissão já não fazia mais sentido com aquele ser entre eles, 50 anos de trabalho agora estavam em chamar na sua frente. Ele esperou até que a ultima folha fosse queimada e retirou de uma gaveta um facão. Testou em seu dedo para ver se estava bem afiado e então encostou sua 12 de pé apoiada na mesa da cozinha. Suspirou alto e recitou suas ultimas palavras: Me perdoe Brasil.

Como paquerar garotas numa festa

Postado por Luan Henrique | | Posted On quinta-feira, 15 de agosto de 2013 at 17:27

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  Ele estava olhando fixamente para ela por uns bons 5 minutos. Praticamente não piscava e muito menos desviava o olhar não importa o que estivesse acontecendo ao redor daquela festa. Percebia que de vez em quando ela olhava também, no começo um pouco envergonhada, depois parecendo ficar mais indignada e irritada. Começou a se aproximar dele, e ele nem assim tirou os olhos.

- Ei, por que você não para de olhar pra mim?
- Nossa, desculpa, que falta de educação a minha ficar te encarando assim, desculpa mesmo. Mas sabe o que é? A ultima vez que eu vi uma pessoa tão linda quanto você foi na televisão, e eu não consegui tirar os olhos da tela nem por um segundo sequer. Sempre esqueço que na vida real as coisas são diferentes. Me desculpe de volta.

  Ela ficou um pouco vermelha e sorriu.

- Que fofo isso, adorei. Mas sabe, eu tenho um namorado.
- E ele por acaso está aqui?
- Sim, logo ali ó. – Disse ela apontando para trás rapidamente.
- Qual deles? O de óculos ou o que está falando com aquela modelo?
- Ele não usa ócu…

  Saiu de perto do garoto sem nem ao menos se despedir e foi em direção ao seu namorado, um cara alto, forte, com cabelos castanhos muito bem penteados e aquelas covinhas no queixo e parecendo muito seguro de si, o tipo de homem com o qual você – mero mortal defeituoso – não pode competir.

  Eles ficaram discutindo por um bom tempo enquanto o rapaz continuava observando de longe. A modelo já estava do outro lado da sala com as amigas, provavelmente contando com detalhes como foi o pivô de uma briga de casais.
  Minutos depois da briga o namorado saiu pela porta da frente, não parecendo nada nervoso, caras assim sabem que um ataque de ciúmes não é nada e que amanhã ela voltará correndo para os pés dele como se fosse um cachorrinho fiel que acabara de levar um chute de seu dono.

  A menina foi para o sofá do canto, abaixou a cabeça e começou a chorar. O garoto agora sabia muito bem o que fazer.

  Sentou ao lado dela e logo a abraçou, ela precisava urgentemente de um abraço, pensou ele. Disse no ouvido dela para que ficasse bem, para se recompor porque homens como ele não mereciam as lágrimas de alguém tão perfeita quanto ela.

- Ei, olha pra mim – disse ele segurando gentilmente com uma mão seu maxilar molhado e puxando seu rosto para o dele – você merece ser amada e respeitada por alguém que goste de verdade de você. Alguém que sofra por você e te admire toda vez que te vê passando pelo pátio da escola. Você merece alguém que sonhe com você toda noite e que suporte aquele aperto sufocante no peito toda vez que te imagina com outro. Você merece alguém que a trate feito uma rainha, e não como uma simples serviçal. Você merece alguém que saiba te amar, alguém que poderia te fazer a pessoa mais feliz do mundo, custe o que custar. Você merece mais do que um bombado perfeitinho com o ego inflado. Você merece alguém como eu.
- Mas… mas… você não entende, eu não gosto de você, eu nem te conheço. Eu amo ele e não posso perdê-lo de jeito nenhum. Preciso me encontrar com ele, obrigado.

  E assim ela se levantou do sofá e saiu correndo pela porta da frente em busca de seu par. Se encontrou com ele minutos depois e implorou perdão. Ele a levou para casa e os dois dormiram juntos, e ela fez tudo o que ele queria, tudo o que jamais imaginou que tivesse coragem de fazer. Tudo por se sentir culpada por ter brigado com um homem tão perfeito no meio de uma festa só porque ele pegou o número de uma modelo e pretendia ligar. Ela não tinha o direito de fazer ele passar vergonha perto de seus amigos. Então se redimiu com ele, fez de tudo por ele, foi traída incontáveis vezes mas perdoou ele, sempre perdoou, até o fim de suas vidas…

  O garoto romântico? Bem, ele foi pra casa, se masturbou e chorou até pegar no sono. No outro dia a mesma coisa, e no outro e outro. Jamais namorou sério com alguém, e jamais foi feliz…

Moral da história: Garotos bons só se fodem.

 

O homem do prato sujo

Postado por Luan Henrique | | Posted On sábado, 3 de agosto de 2013 at 16:15

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  A mulher de Leandro tinha saído aquela noite, farrear com as amigas em um shopping center qualquer, foi o que ela havia dito para ele a uma semana atrás, e após algumas discussões acaloradas ele acabou deixando, afinal, não se pode prender uma pessoa por medo de ser traído, e ele morria de medo disso.

  Chegando do trabalho e encontrando a casa inteiramente vazia, Leandro pensou em um jeito eficaz de passar o tempo até que ela retornasse e eles pudessem fazer o que todo casal faz num sábado a noite: assistir televisão de pijama e discutir. Seus olhos estavam buscando um passatempo simples quando de repente eles encontraram a coisa perfeita a ser feita. A pia da cozinha estava repleta de louça suja.

  - Bem, não deve ser tão difícil assim – Disse Leandro com uma sobrancelha levantada e pensando por onde deveria começar. Encheu a esponja com um líquido encorpado com uma coloração verde quase transparente, o cheiro era agradável mas o gosto era horrível, constatou ele. E enquanto a água jorrava da torneira ele começou a esfregar um prato atrás do outro, com movimentos cuidadosos e circulares, tentando retirar o máximo de sujeira que conseguisse. No quarto prato algo estranho aconteceu. Ele estava quase terminando a esfregação e se preparando para retirar a espuma que era exageradamente espessa, quando ele simplesmente se desfez em suas mão. Foi como quando pegamos um montinho de areia molhada nas mãos e ele simplesmente se dissolve com a pressão produzida pelos nossos dedos.

  Leandro achou que aquilo era algo perfeitamente normal, pensou até que poderia ter colocado muito daquele líquido na esponja e que talvez ele fosse forte demais. Se odiou por ter colocado ele na boca, se fez isso com um prato… bem, ele parou de imaginar qualquer coisa quando uma lâmpada logo acima de sua cabeça explodiu.

  - Mas que caralho! Gritou ele enfurecido, e pegou agora um copo para esfregar e descontar sua raiva. Todas as portas da casa começaram a bater com a fúria de um leão homossexual que só é cutucado com varas curtas. Leandro estava ficando assustado com tudo aquilo e olhou pela janela para aquela linda noite que fazia ao sair do trabalho, e para sua surpresa, o céu estava vermelho agora, e uma metade da lua estava bem no centro daquele céu menstruado, enquanto a outra metade parecia cair pelo horizonte.

  Não existia drogas no mundo capaz de produzir aquele nível de chapação que ele estava vivendo, e ele sabia muito bem disso, já havia experimentado todas e nada era como aquilo. Então só podia ser a realidade. Tentou fechar a torneira mas a água fria continuava jorrando, e Leandro já estava ficando bastante puto com tudo aquilo.

  Foi quando a porta da cozinha se abriu e sua mulher entrou, mas não era bem a sua mulher, ela estava negra e seus cabelos azuis, bem diferente da ruiva cheia de sardas com quem ele havia se casado, mas seus olhos, sua boca, seus seios, eram aqueles que ele conhecia a tanto tempo.

  - O que você fez com o mundo Leandro? O que você fez meu querido?
  - É…! Nada, eu juro. Estava puto por ter chegado em casa e não te visto que resolvi lavar a louça para me distrair.
  - Idiota! IDIOTA! – Gritou Amanda, e agora sua voz era de um tom mais grosso do que o normal, lembrando a voz de um travesti sendo estuprado.

  Ela gritou algumas palavras irreconhecíveis e tirou Leandro da sua frente. Ele deu alguns passos para trás e olhou para fora, onde barulhos ensurdecedores de alarmes de carro e gritos histéricos ecoavam enquanto todas as estrelas caíam do céu e algumas dessas pessoas se transformavam em bonecos-palitos animados.

  Leandro deu um gemido de desespero e viu que sua mulher agora esfregava o resto de louça que havia sobrado. Enquanto lavava um prato, ela jogava no chão os que estavam limpos, os espedaçando com um barulho irritante.

- VOCÊ! JAMAIS! DEVE TOCAR! NESSA PIA NOVAMENTE! ENTENDEU BEM SEU IDIOTA!

  Sua voz era pausada e rouca, cada palavra sendo entoada com uma exatidão que até um homem poderia entender bem.

- Você fodeu com o mundo Leandro. – Agora ela parecia estar se acalmando enquanto sua cor natural voltada ao poucos a sua pele. – Você estragou a ordem natural das coisas e o planeta não soube como reagir a isso, então ele começou a se desfazer para começar tudo de volta, com novos seres vivos. Mas eu o farei voltar ao normal, vamos, pegue uma cerveja na geladeira e beba enquanto olha para a minha bunda se mexendo.

  E ele o fez, olhava para suas nádegas belas e curvas e de vez em quando olhava para fora e via o céu voltando ao preto característico da noite. Pessoas já não gritavam mais, e após uma meia hora mais ou menos (cacete mulher, não são tantos pratos assim, só nos dois moramos nessa casa, agiliza essa porra) tudo voltou a mais completa normalidade e Leandro deu um suspiro de alívio.

  A lua estava inteira novamente, não cheia, mas crescente, e seu contorno prateado claro ao redor dela estava lá novamente, e tudo voltou ao normal.

  Ela terminou de secar a louça e os dois se sentaram no sofá para assistir a uma comédia romântica na tv a cabo e se abraçaram.

  - Eu jamais tocarei novamente na louça – Disse o Leandro, profundamente arrependido daquela besteira que havia feito.

  - Assim como eu jamais farei anal com você – Ela respondeu, e os dois se beijaram por um longo tempo…

A teoria da piroca do destino

Postado por Luan Henrique | | Posted On terça-feira, 16 de julho de 2013 at 15:07

  É grande. É grossa. É voadora. É mágica. É sua Obligatio dandi. É cruel e, acima de tudo, não é lubrificável. E se você for o escolhido, se você tiver a marca em seu corpo, não adianta correr. Não adianta se esconder. Por Deus, não adianta nem você gritar de dor ou muito menos implorar por misericórdia. Ela irá te encontrar, e vai doer.

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  Essa teoria data dos primórdios da civilização humana, quando o jovem Neardencréu – um rapaz franzino, bem educado, amante dos animais e da natureza, que preferia passar seus dias meditando e fazendo perguntas tolas sobre sua existência, ao invés de ir caçar e entrar em guerra com seus vizinhos, foi amaldiçoado pela sua própria família, que o achava um rapaz inútil e vagabundo, e acabou pintando em sua região traseira, bem em volta de suas nádegas macias, um alvo mágico, utilizando da tinta da primeira grande árvore frutífera avermelhada nascida nos pântanos de Deus, e assim, o amaldiçoando e a seus ancestrais por toda a eternidade.

  A partir desse momento, tudo o que as pessoas marcadas com o alvo anal tentassem fazer de bom para si mesmo ou para os outros a seu redor, a enorme piroca do destino aparecia nos céus, voando com a simplicidade magnífica de uma garça azul, mas ao mesmo tempo implacável e focada em seu objetivo como um gavião faminto, e atacava, sem dó nem piedade, penetrando até na alma do indivíduo e frustrando qualquer que fossem seus planos, desde os mais pequenos até os mais volumosos, desde um simples início de romance, até uma mudança drástica em seu modo de viver.

  A piroca trava qualquer tentativa, é como se ela fosse um palhaço sarcástico e muito malvado que gosta de brincar com sentimentos e mudar seu destino com apenas um estalar de dedos (dedos figurativos, lembre-se. Seria esquisito uma piroca com mãos), é como se ela agisse sempre assim:

- Não não seu garotinho bobo, não é assim que a vida funciona háháhá. Você não pode ser feliz, eii, to te avisando meu amiguinho. Está muito atrasado para essa sua coisa importante ao qual não pode faltar de jeito nenhum? O que? Aquele é o ônibus que você tem que pegar para dar tudo certo o seu dia? Háháháhá pequenino, sabe o que vai acontecer se você não correr? O ônibus vai passar e o próximo só vai vir daqui a quarenta minutos. O que? Quarenta minutos é muito tempo e sua vida vai estar perdida? É bom começar a correr então. Isso, corra, corra. Háháháháhá. Essa pedra não deveria aparecer assim, do nada, na sua frente te fazendo tropeçar e torcer o tornozelo né? Seria muita sacanagem mesmo se isso acontecesse. Mas… PIROCA NO TEU RABO ATRASADO HÁHÁHÁHÁ!!

  “Nada é tão ruim que não possa piorar”, é o que as pessoas dizem por ai, e a piroca está sempre disposta a deixar tudo pior. Claro que ela não tem tempo para empirocar todo mundo, como eu já disse, apenas os que possuem a marca serão atingidos. E ai os amaldiçoados olham para as “pessoas perfeitas”, aquelas que nascem bonitas, de uma família rica e bem estruturada, altas e famosas e que arrancam suspiros por onde passam. Normalmente não são muito inteligentes, mas quem precisa de inteligência afinal? E é inevitável não sentir um pouco de inveja, saber que você vai ter sempre o seu arregaçado pelo destino enquanto outros irão apenas arregaçar.

  Não tem como fugir, senão esse seria um tutorial de como fazer isso, já que recebi a marca a 22 anos e sofro com ela desde então, se existisse uma maneira eu seria a pessoa certa para descobrir. Não existe KY forte o suficiente para aliviar. Não existe borracha que apague a marca. Não existe escolhas pessoais que desvie ou pelo menos adie esse destino. Então tudo o que podemos fazer é olhar para o céu. Olhar e torcer. Torcer para que, algum dia, alguma super-vagina apareça no universo para manter a piroca ocupada, e que ela tenha um lindo casamento celeste e várias piroquinhas voadoras para cuidar e esqueça finalmente da minha bunda amaldiçoada. Torcemos então.

A trilogia do absurdo

Postado por Luan Henrique | | Posted On sábado, 6 de julho de 2013 at 13:48

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- Ei cara, chega ai, quero falar rapidinho com você!
- Beleza Toninho, como você tá irmão? De boa?
- Sim, sim, mas hein, é sério o que aconteceu com o João? O bagulho do guindaste lá?
- Véio, foi louco aquilo meu. Coisa inesperada mesmo, você ficou sabendo da história completa?
- Não sei, mas o guindaste caiu em cima da cabeça dele não foi?
- Não, foi bem mais complexo que isso, o guindaste foi só o começo. Tá ligado na construção que tem ali na rua dos sapos né? Então, o guindaste tava parado lá, bem de boa, sem fazer mal algum para ninguém. Mas ai aquela noite teve um vendaval, não sei se você se lembra, mas foi bem forte. Ele fez o guindaste girar e derrubar uma barra de ferro que estava suspensa nele. Até ai normal, acontece todo dia de os trabalhadores irem pra casa e deixarem uma barra de ferro que pesa toneladas suspensa no ar e de vez em quando cai matando um ou outro. Mas o azar do João foi que essa barra de ferro caiu bem em cima de uma caixa de explosivos que estava semi-enterrada no chão. A explosão foi tão forte que fez o asfalto tremer e derrubou um poste de luz bem em cima de um cachorro. Mas o pior não foi isso. Quando o poste caiu evidentemente que os fios elétricos que estavam pendurados a ele se romperam e saíram voando pelo ar como se fosse um chicote. Isso seria inofensivo se naquela exata hora não tivesse começado a chover e um raio tivesse caído exatamente no fio despertando uma descarga elétrica furiosa que o fez rodopiar no ar como se fosse um ventilador mortal no meio da rua sem tela de proteção e nesse exato momento, veja como o destino funciona cara, nesse exato momento um besouro bateu na viseira de um motoqueiro que estava se dirigindo para aquela rua, atrapalhando parcialmente a sua visão que poderia ter impedido de ele ir bem de encontro ao ventilador elétrico. Sua cabeça foi decepada em um instante e seu corpo caiu duro no chão enquanto a moto continuava em movimento até entrar em velocidade constante pela porta de uma igrejinha pentecostal que fica na esquina e matar o pastor que dizia lindas palavras sobre o poder de curar todos os males que Jesus possuía. Aparentemente Jesus não tava lá na hora…
- Isso foi tenso cara, mas onde João entra nessa história?
- O motoqueiro, ele estava rápido desse jeito porque tinha acabado de receber uma ligação para entregar urgente um pote de insulina em uma casa aqui nas redondezas, parece que quem ligou estava desesperado e precisava daquilo o mais rápido possível senão correria o risco de morrer.
- Putz cara, João era diabético né?
- Sim, agonizou até morrer naquela noite deitado em sua cama enquanto seu pai gritava para o céu “Cadê a porra desse motoqueiro!” Mas ele mesmo tinha uma moto, acho que só era meio preguiçoso. O funeral do João vai ser hoje, vamos comigo?
- Vamos sim, adorava aquele cara. Pobre João.
- Sim. Pobre João…

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- E as namoradinha Davi?
- Porra vó, tá foda isso ai, na moral mesmo. Até esses dias atrás eu tinha três gatinhas loucas pra me dar. Uma morava no Acre e era louquinha por mim, me amava de um jeito que nunca imaginei que alguém pudesse me amar. Conheci ela naquela viagem imaginária que fiz com a excursão da escola lembra? Gatinha demais, me falava coisas que fazia meu pau levitar e se abrir como se fosse um girassol.
  Tinha outra que morava aqui perto de casa, a Marcinha, não sei se a senhora lembra. Um filézinho de picanha sem espinhos. Não era tão afim de mim assim, mas pelo menos morava perto e gostava de um sexo nervoso.
  A terceira era o amor da minha vida, pelo menos era isso o que eu achava ser. Linda, simpática, estudiosa. Acredita que ela conseguia escrever jeito com “J”? Porra véia, você não sabe como é raro encontrar uma mulher que saiba escrever nesses dias de hoje. Ela sabia colocar o “M” antes do “P” e do “B”, sério, mulher pra casar mesmo.
  E eu tava lá naquele impasse, uma que me amava mas morava na puta que pariu, uma que só queria sexo e uma a qual eu realmente queria ficar. Resolvi escolher a terceira, porque eu realmente não conseguia parar de pensar nela. E fui meio que me afastando das outras. Dava respostas secas para a primeira quando ela falava comigo, mostrei meu pau pra ela na webcam inesperadamente, porque eu sabia que ela odiava isso. Ai nos afastamos pouco a pouco. A segunda resolvi apresentar para o meu amigo, eu sabia que ele tava desesperado e ela dava pra qualquer coisa que se mexa e faz barulho. Eles não queriam ficar um com o outro, eu percebi isso, mas mesmo assim continuei insistindo e os empurrando, até ficar bem claro pra ela que eu não deveria estar tão interessado assim. Apostei todas minhas fichas na terceira. Nossa, como ela era linda e fazia meu coração bater forte, acho que nunca senti isso na vida, era como se um obeso morasse na parte pobre da África e tivesse a chance de ir morar numa casa feita de chocolate. Eu sonhava com ela noite e dia, eu a desejava demais, o que acabou sendo meu problema. Como eu a queria demais, acabei me tornando muito grudento. Ligava para sua casa a cada cinco minutos, e quando ela não atendia eu começava a chorar sozinho e imaginar coisas terríveis. E quando você imagina demais coisas terríveis, coisas terríveis acabam acontecendo. Ela se cansou de me ter desesperado o tempo todo por ela, cansou das minhas ligações constantes e de minhas cartinhas de amor de adolescente que acaba de conhecer seu ídolo. E nesse meio tempo alguém apareceu na vida dela, um cara bonitão, com sotaque carioca e, segundo as lendas, um pênis extravagantemente enorme. Não tinha como ela resistir e acabaram juntos. Aquela foi a pior ligação que já recebi na minha vida, doeu até o dedinho do meu pé. Fiquei mal durante dias, chorando e esperneando por causa dela.
  Tentei recorrer aos meus backups, mas a do Acre já tinha encontrado alguém e me odiava de um jeito que poucas pessoas conseguem me odiar. A Marcinha acabou cedendo e ficou uma unica noite com meu amigo. Eu sabia que ele era bom de cama, mas ela ainda não. Se apaixonou na hora e agora está grávida e vão se casar. E eu fiquei sozinho, lamentando a minha estupidez de conseguir perder três lindas mulheres que me queriam em menos de um mês. Acho que jamais encontrarei um amor vó, acho que nasci para ficar sozinho mesmo…
- Que isso meu filho, você só se fode mesmo hein? Mas não fique assim não, enxugue essas lágrimas que tudo dará certo. Ei, tenho uma surpresinha pra te animar. O seu pai nunca foi de comer muito, você pode ver isso pelo seu corpo magrelo que estava no caixão. Acho que ele nunca me secou totalmente e tenho certeza de que algum leite ainda resta aqui. Venha, abre a boquinha e chupe, você vai ficar bem meu querido, tudo vai ficar bem.
- Ok vovó… ok…

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cao_assustado

- Ruuuf ruf auuuuu rauuuuf
- Ahhhh cala a boca Rufus, você não sabe do que tá falando cara, você já foi humano alguma vez na vida? Não? Então não me venha falar do que é melhor ou pior. Enquanto eu ainda ter que limpar o seu cocô eu sou o mais evoluído.
- Ruuuuuuffff raffff
- Não sou escravo de ninguém porra nenhuma, eu limpo porque você é imbecil demais pra fazer em lugares apropriados, nos limpamos seu cocô por pena, e porque não queremos pisar nesse monte de merda que vocês deixam soltas por ai. Olha, eu sou um ser pensante e extremamente evoluído, enquanto você só sabe comer, dormir e transar com cadelas da vizinhança.
- Auu auuuuuuuu ruuuuuf
- Háháháháháháhá bem, isso é verdade, além de transar você ainda pode lamber as próprias bolas, isso eu te invejo. Mas você sente algum prazer no ato? Você só monta, fica por 30 segundos e vai lamber o rabo de outra. O nosso é bem mais prazeroso, gostamos de apreciar cada parte do sexo oposto, cada cheiro, cada gosto, cada beijo é uma experiência unica que você jamais irá experimentar.
- Ruff ruuuuuuu
- Sério? Com meu chinelo? E você ainda quer discutir quem é mais inteligente ou evoluído? Me dá um tempo Rufus, vocês não passam de bichinhos de estimação descartáveis, se eu não tivesse você eu compraria um peixe e seria feliz do mesmo jeito.
- Auuuuuuinnnn
- Tá tá tá, desculpa. Eu só disse isso pra te ofender um pouco, era brincadeirinha, você é meu melhor amigo seu cachorro idiota, você sabe disso.
- Rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr auuffff
- Tente a sorte então, as ruas são perigosas você sabe muito bem disso. Lembra quando uma bicicleta bateu em você? Agora imagine se tivesse sido um carro? A gente nem estaria tendo essa discussão agora. Você ficou sabendo daquele poste de luz que caiu em cima de um cachorro esses dias? E se tivesse sido você? Eu te protejo, a coleira não é uma prisão, é uma proteção. Sem ela você sairia por ai cheirando rabos alheios e viraria pasta em questão de segundos. As ruas não foram feitas para vocês, e é por isso que nós, seres humanos evoluídos, os adotamos. Sem nós vocês estariam perdidos. Pense agora num mundo com mais cachorros e menas humanas.
- Rauuuufffffff auu auuu auuuu auuuu rrrrrrrr
- Vá corrigir o português da sua mãe, caralho. Era só o que me faltava mesmo. Vai fazer o que em seguida? Me ensinar física quântica?
- Auuuuuuuuuuu
- Não véio, não. Não fiquei ofendido, é só que… tá, esquece. E a… a… como é o nome daquela cadela mesmo? Jhenny, é isso? Tá traçando?
- Ruuuuuuuuuuuurrrrrrrr
- Toma no cu que você acha que isso é um xingamento? Nunca imaginei que pra vocês fosse também, desculpa ai. A fêmea Jhenny, você a está consumindo sexualmente da maneira bíblica?
- Auuu auuu ruuuufffff au au au au au au au au au au au, Rrrrrrrrrrrr au
- Tá bom, tá bom, me poupe dos detalhes. Seu cachorrinho malandro e pervertido. Mas pelo menos largou minha perna, você não sabe o quanto aquilo me deixava tenso.
- Auuu
- É, por isso que eu vivia te chutando sim. Mas era só uma fase né? Igual eu quando criança e esfregava meu pau numa árvore. História engraçada, eu deveria ter uns 6 ou 7 anos e…
- Rrrrrrrrrr au au
- Nossa, precisa ser grosso assim comigo? Se eu já te contei foi mal então.
- Au au
- Cara, por incrível que pareça eu também te considero um irmão. Adoro você seu vira-lata burro. E é realmente bom ter alguém pra conversar, sentia falta disso. Você é a melhor companhia que já tive até agora.
- Au ruffffff auuuuu au
- Uauhsauhaushaushaush verdade amigão, verdade. Quer mais um gole de whisky ai? Calma que vou encher seu potinho e meu copo…

 
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