tag:blogger.com,1999:blog-34240090309503674532024-03-13T20:26:20.351-03:00Seguidores do velho barreiroLuan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.comBlogger392125tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-62105150054330156092013-11-15T12:28:00.002-02:002013-11-15T12:28:27.712-02:00Comunicado tão importante para a humanidade quanto um saco depilado é para uma hippie Devido ao baixo número de visitas, esse blog estar um lixo pesado que em alguns navegadores não carrega nada e eu não faço a mínima ideia de como arrumar isso, estou descontinuando esse blog.<br />
Mas calma, textos continuarão sendo postado na minha página no facebook, irei postar pelo google docs, que é de fácil leitura e fácil de compartilhar.<br />
Então entrem na página e receba contos diar... semana... mens... quando eu estiver afim, além de ser fácil de me encontrar e xingar como vocês desejarem. Bem, acho que não mudará muita coisa já que ninguém visita essa merda mesmo, mas curtam a página, já estou preparando alguns textos tão divertidos quanto bater o dedinho na quina da nuca enquanto faz uma voadera rasante em si mesmo no frio.<br />
Beijos e encontro vocês por aqui ó <a href="https://www.facebook.com/SeguidoresDoVelhoBarreiro">https://www.facebook.com/SeguidoresDoVelhoBarreiro</a>Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-59971314413486944402013-09-04T20:49:00.001-03:002013-09-04T21:05:11.832-03:00Os ventos do norte não movem moinhos<p><font size="3"><a href="http://lh5.ggpht.com/-6NW9IN8Paio/UifHFECpzyI/AAAAAAAAARc/HOrpglW_vNk/s1600-h/moinho-vento%25255B4%25255D.jpg"><img title="moinho-vento" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="moinho-vento" src="http://lh6.ggpht.com/-0iOHsm5saac/UifHFy8_xaI/AAAAAAAAARk/a_4ycqZFX0c/moinho-vento_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="347" height="180" /></a></font></p> <p><font size="3">  O investigador especial de ventos suspeitos Gabriel recebeu uma ligação um tanto quanto inesperada naquela manhã de sexta-feira, ele estava em seu escritório fazendo um experimento de rotina que consistia em assoprar velas de aniversários para analisar as consequências que o vento saído de sua boca agiriam sobre o fogo na ponta das velas. Até agora sua conclusão era de que elas se apagavam. </font></p> <p><font size="3">  Gabriel escreveu em seu caderno de anotações o resultado e se dirigiu para atender o telefone, era um representante do governo que estava na linha, parecendo meio ofegante e com a voz trêmula. <br />  Cacete, lá vou eu de volta satisfazer esses putos pervertidos, pensou Gabriel. <br />  Mas para sua surpresa dessa vez era algo que parecia sério, ele estava realmente nervoso e começou a contar o que estava acontecendo para o melhor investigador de ventos suspeitos que nossa querida nação já havia contratado:</font></p> <p><font size="3">  “Ventos Gabriel, ventos muito fortes e fora do comum estão vindo do Oceano Atlântico e invadindo nosso litoral. Ondas de mais de 50 metros estão destruindo casas, apartamentos, pousadas, barcos, barraquinhas de… vodkas… ou água de coco, tanto faz, estradas, pessoas cara, pessoas tão morrendo. Nossos instrumentos estão loucos aqui, linhas de comunicação com o exterior estão cortadas, paraquedistas estão caindo dos céus (eu sei, eu sei, essa é a ideia, cair, mas eles estão se machucando de verdade). Telhados estão sendo arremessados, você precisa nos ajudar cara, eu fui fazer um pintoscopio na varanda e quase quebrei meu pênis. Estamos desesperados.”</font></p> <p><font size="3">  A ligação caiu nesse momento. Gabriel refletiu por um instante, confuso com o que acabara de escutar. Ventos? Ventos são normais, eles que fazem os barquinhos andarem, eles que mantém os aviões no céu, são os ventos que ligam nossos ventiladores. Gabriel são sabia porque tanto alarde sobre algo tão simples e natural, mas resolveu sair para a rua para ver por si mesmo o que estava acontecendo.</font></p> <p><font size="3">  Ao abrir a porta principal do seu escritório de luxo em frente ao morro do austríaco, seu chapéu de madeira fundida saiu voando com uma velocidade tão grande que nenhum piolho sobreviveu, agora ele estava realmente assustado.</font></p> <p><font size="3">  A cidade estava um caos. Coisas voavam, pessoas desnutridas voavam, gordos rolavam, postes estavam sendo arrancados do chão. Gabriel pisou firme e se pôs a andar, devagar, com a mão direita espalmada na frente do corpo, como que isso fosse fazer o vento tomar distância: “Putz pessoal, aquele cara ali tá com a mão aberta em sinal de pare, acho que é melhor darmos a volta, afinal somos vento e respeitamos a sinalização”. Em poucos instantes chegou na Prefeitura Municipal do Município Principal, um lugar tranquilo frequentado principalmente por fantasmas e manifestantes sem causa alguma, mas com uma salinha bastante elegante no ultimo andar, onde o prefeito aparece 3 vezes por dia para usar o banheiro, que tem um bidê. Gabriel torceu para para encontra-lo lá agora.</font></p> <p><font size="3">  Estava com sorte, graças ao seu Criador impaciente para terminar logo essa história, o prefeito se encontrava nesse exato momento em sua salinha. Ufa, pensou Gabriel, não terei que esperar muito, obrigado Ó Grande Magnífico egocêntrico com uma beleza impecável de dar inveja.</font></p> <p><font size="3">- Escute aqui Gabriel – disse o Prefeito com sua voz rouca de anos a fio fumando cigarro Classic em botecos – A coisa está feia e você é o unico que pode nos ajudar. Alguns informantes secretos em missão no continente africano nos mandaram um telegrama codificado comentando, assim meio por cima, sobre alguma atividade suspeita em toda região. Aparentemente pessoas estão se locomovendo em grande escala para a costa. Eles não conseguiram dizer o porquê pois a receita de comidas típicas que eu pedi para eles tomou conta de quase todo o telegrama e não sobrou espaço para explicações, por isso estarei te enviando para lá.</font></p> <p><font size="3">- Mas como eu chegarei até lá senhor? Aviões não podem sobrevoar o Brasil, tá ventando muito.</font></p> <p><font size="3">- Sim, você está certo. Nem aviões e nem navios estão conseguindo chegar perto do Oceano Atlântico. Carros não estão andando e muito menos helicópteros. Mas eu me reuni mais cedo com os engenheiros públicos e chegamos a uma solução impecável para se locomover até lá. Você irá montar nesse triciclo infantil e…</font></p> <p><font size="3">- Calma ai, triciclo infantil? Você quer que eu atravesse o mundo na porra de um triciclo infantil?</font></p> <p><font size="3">- Sim, é o unico jeito de evitar que os ventos lhe carreguem. Eles possuem uma aderência ao solo bem melhor do que qualquer tanque de guerra, e com seu peso não terá perigo algum. Se atente ao plano. Você sairá daqui de São Paulo, vai atravessar o Brasil pelo oeste chegando ao Paraguai (aproveita e me traga um mini system potente de lá, toma aqui cinquentão), vai passar pela Argentina chegando ao Chile. Então com os remos acoplados no triciclo você atravessará o Oceano Pacífico chegando até o fim do mapa. Não se preocupe que descobrimos recentemente que o mundo não acaba por lá, ao invés disso, ele continua até a parte leste do mapa mundi, onde tem uma caralhada de ilhas, cangurus e sushi. Mas você continua indo reto até que irá encontrar a ilha de Madagascar, linda mas perigosa e com muita cantaria. Vá para Moçambique, passe por uns países inúteis lá até chegar na Angola que aparentemente é onde eles estão se reunindo. Descubra o que está acontecendo e acabe com isso de uma vez.</font></p> <p><font size="3">  Gabriel agradeceu as instruções e seguiu viagem, munido apenas de seu triciclo vermelho, a roupa do corpo, um passaporte e um pacote de Trakinas. A viagem demorou bem menos do que ele imaginava e em menos de duas horas ele já estava atravessando a fronteira da Angola e ainda lhe restavam mais duas bolachas no pacote (sim, você leu certo, B-O-L-A-C-H-A-S). </font></p> <p><font size="3">  Chegando ao litoral angolense as coisas ficaram confusas. Milhares de pessoas estavam amontoadas próximo ao mar, cada uma munida de um patinho de borracha nas mãos – sim, aqueles que normalmente pessoas sortudas possuem em banheiras – e eles apertavam incansavelmente fazendo o ar sair da região anal dos brinquedos. </font></p> <p><font size="3">  Puta que pariu – sussurrou Gabriel, incrédulo – milhares de pessoas liberando o ar dos patinhos ao mesmo tempo causou toda aquela confusão na América do Sul, por que eles estariam fazendo isso? O que foi que fizemos para que tamanho ódio fosse implantado nos corações de toda essa gente? Meu Deus, se isso continuar não poderemos fazer nada para contra-atacar.</font></p> <p><font size="3">  Mas Gabriel teria de fazer algo, sua missão era salvar toda a população brasileira, povo que ele tanto ama, e para isso essa loucura teria de acabar. O barulho ali estava ensurdecedor, muitos patos fazendo barulho de peido ao mesmo tempo. Gabriel correu, tentou conversar com algumas pessoas com seu péssimo inglês mas tudo o que conseguiu foi uma resposta de um angolano que simplesmente disse que estavam entediados.</font></p> <p><font size="3">  Tédio? Seria essa a causa para toda essa carnificina descontrolada? Ele não podia acreditar nisso, mas tinha que fazer alguma coisa, só ele poderia acabar com tudo aquilo e querem saber o que ele fez? Realmente querem saber?</font></p> <p><font size="3"><a href="http://lh5.ggpht.com/-wR-PHXw1pHU/UifHGmsnxdI/AAAAAAAAARs/r32bij2O1ls/s1600-h/duck%25255B3%25255D.jpg"><img title="" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; padding-top: 0px; padding-left: 0px; border-left: 0px; display: inline; padding-right: 0px" border="0" alt="" src="http://lh3.ggpht.com/-imGu5yIfUL0/UifHHiExjKI/AAAAAAAAAR0/BwJJZIdg7GU/duck_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="240" height="165" /></a></font></p> <p><font size="3">  Nada, pois infelizmente é cientificamente impossível acabar com o ataque de milhares de patinhos de borracha. Eles simplesmente são indestrutíveis. </font></p> <p><font size="3">  Sete anos depois disso, toda a América do Sul foi parar no fundo do mar, e com isso, o Haiti passou a ser a maior potência no futebol mundial…</font></p> <p><font size="3">  </font></p> <p><font size="3">  </font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-53792289810842454582013-08-29T16:54:00.001-03:002013-08-29T16:54:01.759-03:00O homem que conhece você<p><font size="3"><a href="http://lh6.ggpht.com/-F6W2TvV3dFU/Uh-mxGVCBnI/AAAAAAAAAQ0/_iDG8rGbUMY/s1600-h/110612_aehq_obamawins_640%25255B5%25255D.jpg"><img title="110612_aehq_obamawins_640" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; padding-top: 0px; padding-left: 0px; border-left: 0px; display: inline; padding-right: 0px" border="0" alt="110612_aehq_obamawins_640" src="http://lh6.ggpht.com/-8PXoPCbsFFk/Uh-mzrW82hI/AAAAAAAAAQ8/-0uvqlfu3yo/110612_aehq_obamawins_640_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="477" height="200" /></a></font></p> <p><font size="3">  Essa é a história do Leo, vocês o conhecem, certo? Ele é o pesquisador do instituto IBGE responsável pela contagem manual de pessoas no Brasil, seu trabalho consiste em andar de casa em casa e anotar no seu caderno universitário a quantidade de pessoas que vivem em determinado local, e ele faz isso sozinho, se desconfia que alguém está escondendo uma pessoa para que ela não possa fazer parte de uma estatística, Leo tem o apoio do governo para invadir a residência e vasculhar por tudo.</font></p> <p><font size="3">  Fazem 50 anos que Leo está nessa profissão e ainda não conseguiu sair do Paraná, já que a cada morte ou nascimento ele deve voltar a residência e fazer uma nova contagem. Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram estados rápidos, já que aparentemente ninguém por lá faz sexo e os habitantes são imortais, talvez graças ao fato de não fazerem sexo eles vivam mais, ninguém sabe, mas fica ai uma dica para vocês que tem medo da morte. Já o Paraná tá sendo um estadinho difícil de sair.</font></p> <p><font size="3">  Leo está agora em Curitiba, a primeira cidade que ele visitou a 30 anos atrás e ainda não conseguiu ir em frente. De vez em quando ele se pergunta se não seria bom ter alguém para lhe ajudar, afinal, ele já estava ficando velho e o mal humor dos curitibanos estava começando a irritar. Ninguém abria as portas para ele e em oito a cada dez casas ele era obrigado a retirar sua espingarda calibre 12 do cu – técnica de camuflagem que ele aprendeu em jogos de RPG antigos – e forçar sua entrada na casa dos mais relutantes. </font></p> <p><font size="3">  Aquela rotina já estava ficando um tanto quanto cansativa e agora ele fazia a contagem do pessoal em uma famosa favela, apelidada gentilmente de Vila Pinto, um lugar perigoso mas com bem menos travestis do que ele imaginara que iria encontrar. </font></p> <p><font size="3">  Era um sábado a tarde, o sol escaldante fazia sua cabeça arder, poxa, deveria estar uns 9 graus naquele lugar, as axilas de Leo não paravam de suar. Mas o trabalho não pode parar e ele foi para a próxima casa.</font></p> <p><font size="3">- Boa tarde senhora, eu sou o Leo do instituto IBGE e preciso conferir quantas pessoas moram nessa casa. <br />- Sou só eu e minha netinha de 3 anos senhor, ela está na escolinha agora e não tem mais ninguém aqui.</font></p> <p><font size="3">  Leo começou a anotar algumas equações matemáticas em seu caderno quando ouviu um barulho de algo caindo lá dentro da casa.</font></p> <p><font size="3">- Senhora, quem mais está aqui? <br />- Ninguém meu bom moço, deve ter sido o gato. <br />- Quem mais está aqui? Me fale agora! <br />- Eu já disse, não tem mais ninguém, foi o gato ou o cachorro. <br />- OLHA AQUI SUA PUTA, JÁ ESTOU PERDENDO MINHA PACIÊNCIA, ME FALA QUEM CARALHOS ESTÁ LÁ DENTRO ANTES QUE EU SEJA OBRIGADO A ENTRAR E VER POR MIM MESMO! <br />- Eu juro – A senhora, que deveria ter uns 80 e poucos anos, deixou uma lágrima escorrer de seu olho direito, isso foi o suficiente para o Leo arriar as calças e retirar sua 12 lá de dentro. <br />- VAMOS VER ENTÃO, SAIA DA MINHA FRENTE SUA VAGABUNDA COMUNISTA DE MERDA.</font></p> <p><font size="3">  Leo entrou, tentou abrir a porta da frente com um chute violento, mas como ela abria para fora isso não fez efeito algum, então ele franziu as sobrancelhas e puxou o trinco com a mão. Ao entrar tudo estava silencioso, mas seus anos de experiência lhe diziam que tinha algo errado ali. Foi abrindo todas as portas que encontrava, banheiro, armários, gavetas, fogão, microondas – ele já encontrara uma criança dentro de um a alguns anos atrás, as pessoas fazem de tudo para saírem do radar – casinha de cachorro, quartos, até que, atrás de um armário ele avistou uma pequena fresta, um pequeno raio de luz estava saindo dali e ele logo se esforçou para empurrar o armário para ver o que estava la.</font></p> <p><font size="3"> </font><strong><font size="4"> CONTINUA…</font></strong></p> <p><font size="3"></font></p> <p><font size="3"></font></p> <p><font size="3"></font></p> <p><font size="3"><a href="http://lh5.ggpht.com/-tbmXizoOtOM/Uh-m1EHdOvI/AAAAAAAAARE/NU_87lNor98/s1600-h/32378%25255B6%25255D.jpg"><img title="32378" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; padding-top: 0px; padding-left: 0px; border-left: 0px; display: inline; padding-right: 0px" border="0" alt="32378" src="http://lh4.ggpht.com/-uyt957_O66w/Uh-m1zbp48I/AAAAAAAAARM/iVjtmmAuAsQ/32378_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="446" height="262" /></a></font></p> <p><font size="3"></font></p> <p><font size="3">  </font></p> <p><font size="3"></font></p> <p><font size="3"><strong>  Aqui ó o/</strong></font></p> <p><font size="3">  O que ele viu fez gelar sua espinha e uma mistura de desespero com terror invadiu seu corpo. Dentro de uma salinha minúscula estava uma forma humana em estado de decomposição amarrada a 5 correntes grossas e fortes, seu rosto já não possuía mais cor e a metade esquerda não tinha nem pele, apenas alguns ossos e uma órbita vazia onde anteriormente ficava um olho. Em sua boca coberta de sangue jazia a metade traseira de um gato esquartejado e quando ele percebeu a presença de Leo, deu um grunhido meio abafado e se jogou na direção do intruso.</font></p> <p><font size="3">  O desespero de Leo foi passando aos poucos, graças a Deus o monstro no armário estava muito bem amarrado e dificilmente conseguiria sair. A senhora apareceu atrás dele caindo em prantos e se ajoelhou agarrando na cintura de Leo.</font></p> <p><font size="3">- Por favor meu bom moço, não faça mal ao meu filho. Ele era um jovem tão bom até que um louco invadiu nossa casa e o mordeu. Desde então ele está assim, não me reconhece, não fala, mas eu sei que ele me ama ainda, eu vejo em seu olho a compaixão que sobrou, por favor, não o mate, ele só come gatos e cachorros, por favor, por favor.</font></p> <p><font size="3">- Senhora, as leis do Estado do Paraná são bem rígidas quanto a isso, o parágrafo 66 da sessão 6 diz que é expressamente proibido abrigar ou alimentar – com exceção de que seja com seu próprio corpo – qualquer espécie de mortos-vivos, em uma residência particular ou pública. E além disso a senhora acaba de fuder uma vida de trabalho minha. Como eu devo catalogá-lo? Meu caderno tem a opção para número de seres humanos vivos, recém-nascidos e óbitos recentes, não tem A PORRA DE UMA SESSÃO PARA ZUMBIS, E AGORA SUA PUTA? O QUE EU FAÇO COM VOCÊS?</font></p> <p><font size="3">- Por favor, tenha piedade, não nos machuque – A velha agora estava engasgando no próprio choro.</font></p> <p><font size="3">- A senhora possui um Deus?</font></p> <p><font size="3">- Sim, Jesus Cristo meu senhor o unico dos unicos me proteja, mande uma luz para esse homem e faça com que ele tenha misericórdia de nos. Por favor senhor, eu lhe imploro, me perdoe.</font></p> <p><font size="3">- Sabe, possuímos Deuses diferentes. Meu Deus é minha bala, e ele gosta de perdoar pessoalmente.</font></p> <p><font size="3">  Dizendo isso Leo atirou, um tiro ensurdecedor e ríspido que fez seu ombro direito dar um tranco para trás. A bala atingiu o crânio da senhora arrancando instantaneamente a tampa de sua cabeça. Segundos depois ela caiu no chão, com um baque surdo.</font></p> <p><font size="3">  Leo foi para o fogão e acendeu uma boca. Começou a queimar tranquilamente seu caderno universitário. Sua profissão já não fazia mais sentido com aquele ser entre eles, 50 anos de trabalho agora estavam em chamar na sua frente. Ele esperou até que a ultima folha fosse queimada e retirou de uma gaveta um facão. Testou em seu dedo para ver se estava bem afiado e então encostou sua 12 de pé apoiada na mesa da cozinha. Suspirou alto e recitou suas ultimas palavras: Me perdoe Brasil.</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-91768680036021173832013-08-15T17:27:00.001-03:002013-08-15T17:27:30.276-03:00Como paquerar garotas numa festa<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-wn92JQaqRJs/Ug05qZANczI/AAAAAAAAAQc/DL-SZt4-gMU/s1600-h/blog2%25255B7%25255D.png"><img title="blog2" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="blog2" src="http://lh6.ggpht.com/-8B6tZOp5Quk/Ug05sCS0Z0I/AAAAAAAAAQk/dXo9BY2Tamw/blog2_thumb%25255B5%25255D.png?imgmax=800" width="378" height="185" /></a></p> <p><font size="3">  Ele estava olhando fixamente para ela por uns bons 5 minutos. Praticamente não piscava e muito menos desviava o olhar não importa o que estivesse acontecendo ao redor daquela festa. Percebia que de vez em quando ela olhava também, no começo um pouco envergonhada, depois parecendo ficar mais indignada e irritada. Começou a se aproximar dele, e ele nem assim tirou os olhos.</font></p> <p><font size="3">- Ei, por que você não para de olhar pra mim? <br />- Nossa, desculpa, que falta de educação a minha ficar te encarando assim, desculpa mesmo. Mas sabe o que é? A ultima vez que eu vi uma pessoa tão linda quanto você foi na televisão, e eu não consegui tirar os olhos da tela nem por um segundo sequer. Sempre esqueço que na vida real as coisas são diferentes. Me desculpe de volta.</font></p> <p><font size="3">  Ela ficou um pouco vermelha e sorriu.</font></p> <p><font size="3">- Que fofo isso, adorei. Mas sabe, eu tenho um namorado. <br />- E ele por acaso está aqui? <br />- Sim, logo ali ó. – Disse ela apontando para trás rapidamente. <br />- Qual deles? O de óculos ou o que está falando com aquela modelo? <br />- Ele não usa ócu…</font></p> <p><font size="3">  Saiu de perto do garoto sem nem ao menos se despedir e foi em direção ao seu namorado, um cara alto, forte, com cabelos castanhos muito bem penteados e aquelas covinhas no queixo e parecendo muito seguro de si, o tipo de homem com o qual você – mero mortal defeituoso – não pode competir. </font></p> <p><font size="3">  Eles ficaram discutindo por um bom tempo enquanto o rapaz continuava observando de longe. A modelo já estava do outro lado da sala com as amigas, provavelmente contando com detalhes como foi o pivô de uma briga de casais. <br />  Minutos depois da briga o namorado saiu pela porta da frente, não parecendo nada nervoso, caras assim sabem que um ataque de ciúmes não é nada e que amanhã ela voltará correndo para os pés dele como se fosse um cachorrinho fiel que acabara de levar um chute de seu dono.</font></p> <p><font size="3">  A menina foi para o sofá do canto, abaixou a cabeça e começou a chorar. O garoto agora sabia muito bem o que fazer. </font></p> <p><font size="3">  Sentou ao lado dela e logo a abraçou, ela precisava urgentemente de um abraço, pensou ele. Disse no ouvido dela para que ficasse bem, para se recompor porque homens como ele não mereciam as lágrimas de alguém tão perfeita quanto ela. </font></p> <p><font size="3">- Ei, olha pra mim – disse ele segurando gentilmente com uma mão seu maxilar molhado e puxando seu rosto para o dele – você merece ser amada e respeitada por alguém que goste de verdade de você. Alguém que sofra por você e te admire toda vez que te vê passando pelo pátio da escola. Você merece alguém que sonhe com você toda noite e que suporte aquele aperto sufocante no peito toda vez que te imagina com outro. Você merece alguém que a trate feito uma rainha, e não como uma simples serviçal. Você merece alguém que saiba te amar, alguém que poderia te fazer a pessoa mais feliz do mundo, custe o que custar. Você merece mais do que um bombado perfeitinho com o ego inflado. Você merece alguém como eu. <br />- Mas… mas… você não entende, eu não gosto de você, eu nem te conheço. Eu amo ele e não posso perdê-lo de jeito nenhum. Preciso me encontrar com ele, obrigado.</font></p> <p><font size="3">  E assim ela se levantou do sofá e saiu correndo pela porta da frente em busca de seu par. Se encontrou com ele minutos depois e implorou perdão. Ele a levou para casa e os dois dormiram juntos, e ela fez tudo o que ele queria, tudo o que jamais imaginou que tivesse coragem de fazer. Tudo por se sentir culpada por ter brigado com um homem tão perfeito no meio de uma festa só porque ele pegou o número de uma modelo e pretendia ligar. Ela não tinha o direito de fazer ele passar vergonha perto de seus amigos. Então se redimiu com ele, fez de tudo por ele, foi traída incontáveis vezes mas perdoou ele, sempre perdoou, até o fim de suas vidas…</font></p> <p><font size="3">  O garoto romântico? Bem, ele foi pra casa, se masturbou e chorou até pegar no sono. No outro dia a mesma coisa, e no outro e outro. Jamais namorou sério com alguém, e jamais foi feliz…</font></p> <p><font size="3"></font></p> <p align="center"><font size="3">Moral da história: Garotos bons só se fodem.</font></p> <p><font size="3">  </font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-57704951898495403602013-08-03T16:15:00.001-03:002013-08-03T16:15:31.256-03:00O homem do prato sujo<p><font size="3"><a href="http://lh3.ggpht.com/-56iczPYn76I/Uf1WyWqoggI/AAAAAAAAAQE/CKEFxCmMgNY/s1600-h/lou%2525C3%2525A7a%25255B5%25255D.jpg"><img title="louça" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="louça" src="http://lh3.ggpht.com/-0Qd28tSyKZE/Uf1W0R04T8I/AAAAAAAAAQM/d_E_76vwRYg/lou%2525C3%2525A7a_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="213" height="265" /></a></font></p> <p><font size="3">  A mulher de Leandro tinha saído aquela noite, farrear com as amigas em um shopping center qualquer, foi o que ela havia dito para ele a uma semana atrás, e após algumas discussões acaloradas ele acabou deixando, afinal, não se pode prender uma pessoa por medo de ser traído, e ele morria de medo disso.</font></p> <p><font size="3">  Chegando do trabalho e encontrando a casa inteiramente vazia, Leandro pensou em um jeito eficaz de passar o tempo até que ela retornasse e eles pudessem fazer o que todo casal faz num sábado a noite: assistir televisão de pijama e discutir. Seus olhos estavam buscando um passatempo simples quando de repente eles encontraram a coisa perfeita a ser feita. A pia da cozinha estava repleta de louça suja.</font></p> <p><font size="3">  - Bem, não deve ser tão difícil assim – Disse Leandro com uma sobrancelha levantada e pensando por onde deveria começar. Encheu a esponja com um líquido encorpado com uma coloração verde quase transparente, o cheiro era agradável mas o gosto era horrível, constatou ele. E enquanto a água jorrava da torneira ele começou a esfregar um prato atrás do outro, com movimentos cuidadosos e circulares, tentando retirar o máximo de sujeira que conseguisse. No quarto prato algo estranho aconteceu. Ele estava quase terminando a esfregação e se preparando para retirar a espuma que era exageradamente espessa, quando ele simplesmente se desfez em suas mão. Foi como quando pegamos um montinho de areia molhada nas mãos e ele simplesmente se dissolve com a pressão produzida pelos nossos dedos. </font></p> <p><font size="3">  Leandro achou que aquilo era algo perfeitamente normal, pensou até que poderia ter colocado muito daquele líquido na esponja e que talvez ele fosse forte demais. Se odiou por ter colocado ele na boca, se fez isso com um prato… bem, ele parou de imaginar qualquer coisa quando uma lâmpada logo acima de sua cabeça explodiu.</font></p> <p><font size="3">  - Mas que caralho! Gritou ele enfurecido, e pegou agora um copo para esfregar e descontar sua raiva. Todas as portas da casa começaram a bater com a fúria de um leão homossexual que só é cutucado com varas curtas. Leandro estava ficando assustado com tudo aquilo e olhou pela janela para aquela linda noite que fazia ao sair do trabalho, e para sua surpresa, o céu estava vermelho agora, e uma metade da lua estava bem no centro daquele céu menstruado, enquanto a outra metade parecia cair pelo horizonte. </font></p> <p><font size="3">  Não existia drogas no mundo capaz de produzir aquele nível de chapação que ele estava vivendo, e ele sabia muito bem disso, já havia experimentado todas e nada era como aquilo. Então só podia ser a realidade. Tentou fechar a torneira mas a água fria continuava jorrando, e Leandro já estava ficando bastante puto com tudo aquilo. </font></p> <p><font size="3">  Foi quando a porta da cozinha se abriu e sua mulher entrou, mas não era bem a sua mulher, ela estava negra e seus cabelos azuis, bem diferente da ruiva cheia de sardas com quem ele havia se casado, mas seus olhos, sua boca, seus seios, eram aqueles que ele conhecia a tanto tempo.</font></p> <p><font size="3">  - O que você fez com o mundo Leandro? O que você fez meu querido? <br />  - É…! Nada, eu juro. Estava puto por ter chegado em casa e não te visto que resolvi lavar a louça para me distrair. <br />  - Idiota! IDIOTA! – Gritou Amanda, e agora sua voz era de um tom mais grosso do que o normal, lembrando a voz de um travesti sendo estuprado.</font></p> <p><font size="3">  Ela gritou algumas palavras irreconhecíveis e tirou Leandro da sua frente. Ele deu alguns passos para trás e olhou para fora, onde barulhos ensurdecedores de alarmes de carro e gritos histéricos ecoavam enquanto todas as estrelas caíam do céu e algumas dessas pessoas se transformavam em bonecos-palitos animados. </font></p> <p><font size="3">  Leandro deu um gemido de desespero e viu que sua mulher agora esfregava o resto de louça que havia sobrado. Enquanto lavava um prato, ela jogava no chão os que estavam limpos, os espedaçando com um barulho irritante. </font></p> <p><font size="3">- VOCÊ! JAMAIS! DEVE TOCAR! NESSA PIA NOVAMENTE! ENTENDEU BEM SEU IDIOTA!</font></p> <p><font size="3">  Sua voz era pausada e rouca, cada palavra sendo entoada com uma exatidão que até um homem poderia entender bem. </font></p> <p><font size="3">- Você fodeu com o mundo Leandro. – Agora ela parecia estar se acalmando enquanto sua cor natural voltada ao poucos a sua pele. – Você estragou a ordem natural das coisas e o planeta não soube como reagir a isso, então ele começou a se desfazer para começar tudo de volta, com novos seres vivos. Mas eu o farei voltar ao normal, vamos, pegue uma cerveja na geladeira e beba enquanto olha para a minha bunda se mexendo.</font></p> <p><font size="3">  E ele o fez, olhava para suas nádegas belas e curvas e de vez em quando olhava para fora e via o céu voltando ao preto característico da noite. Pessoas já não gritavam mais, e após uma meia hora mais ou menos (cacete mulher, não são tantos pratos assim, só nos dois moramos nessa casa, agiliza essa porra) tudo voltou a mais completa normalidade e Leandro deu um suspiro de alívio.</font></p> <p><font size="3">  A lua estava inteira novamente, não cheia, mas crescente, e seu contorno prateado claro ao redor dela estava lá novamente, e tudo voltou ao normal.</font></p> <p><font size="3">  Ela terminou de secar a louça e os dois se sentaram no sofá para assistir a uma comédia romântica na tv a cabo e se abraçaram.</font></p> <p><font size="3">  - Eu jamais tocarei novamente na louça – Disse o Leandro, profundamente arrependido daquela besteira que havia feito.</font></p> <p><font size="3">  - Assim como eu jamais farei anal com você – Ela respondeu, e os dois se beijaram por um longo tempo…</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-11858409069643028802013-07-16T15:07:00.001-03:002013-07-16T15:07:06.561-03:00A teoria da piroca do destino<p><font size="3"></font></p> <p><font size="3">  É grande. É grossa. É voadora. É mágica. É sua <em>Obligatio dandi</em>. É cruel e, acima de tudo, não é lubrificável. E se você for o escolhido, se você tiver a marca em seu corpo, não adianta correr. Não adianta se esconder. Por Deus, não adianta nem você gritar de dor ou muito menos implorar por misericórdia. Ela irá te encontrar, e vai doer.</font></p> <p><font size="3"><a href="http://lh3.ggpht.com/-uYLmBXw4yjA/UeWLw1v2mII/AAAAAAAAAPs/qHZc0kknsTU/s1600-h/dor%25255B5%25255D.jpg"><img title="dor" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="dor" src="http://lh4.ggpht.com/-7YzzM-IPgYk/UeWLx-znyRI/AAAAAAAAAP0/MEu1KJMguwI/dor_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="317" height="185" /></a></font></p> <p><font size="3">  Essa teoria data dos primórdios da civilização humana, quando o jovem Neardencréu – um rapaz franzino, bem educado, amante dos animais e da natureza, que preferia passar seus dias meditando e fazendo perguntas tolas sobre sua existência, ao invés de ir caçar e entrar em guerra com seus vizinhos, foi amaldiçoado pela sua própria família, que o achava um rapaz inútil e vagabundo, e acabou pintando em sua região traseira, bem em volta de suas nádegas macias, um alvo mágico, utilizando da tinta da primeira grande árvore frutífera avermelhada nascida nos pântanos de Deus, e assim, o amaldiçoando e a seus ancestrais por toda a eternidade. </font></p> <p><font size="3">  A partir desse momento, tudo o que as pessoas marcadas com o alvo anal tentassem fazer de bom para si mesmo ou para os outros a seu redor, a enorme piroca do destino aparecia nos céus, voando com a simplicidade magnífica de uma garça azul, mas ao mesmo tempo implacável e focada em seu objetivo como um gavião faminto, e atacava, sem dó nem piedade, penetrando até na alma do indivíduo e frustrando qualquer que fossem seus planos, desde os mais pequenos até os mais volumosos, desde um simples início de romance, até uma mudança drástica em seu modo de viver.</font></p> <p><font size="3">  A piroca trava qualquer tentativa, é como se ela fosse um palhaço sarcástico e muito malvado que gosta de brincar com sentimentos e mudar seu destino com apenas um estalar de dedos (dedos figurativos, lembre-se. Seria esquisito uma piroca com mãos), é como se ela agisse sempre assim:</font></p> <p><font size="3">- Não não seu garotinho bobo, não é assim que a vida funciona háháhá. Você não pode ser feliz, eii, to te avisando meu amiguinho. Está muito atrasado para essa sua coisa importante ao qual não pode faltar de jeito nenhum? O que? Aquele é o ônibus que você tem que pegar para dar tudo certo o seu dia? Háháháhá pequenino, sabe o que vai acontecer se você não correr? O ônibus vai passar e o próximo só vai vir daqui a quarenta minutos. O que? Quarenta minutos é muito tempo e sua vida vai estar perdida? É bom começar a correr então. Isso, corra, corra. Háháháháhá. Essa pedra não deveria aparecer assim, do nada, na sua frente te fazendo tropeçar e torcer o tornozelo né? Seria muita sacanagem mesmo se isso acontecesse. Mas… PIROCA NO TEU RABO ATRASADO HÁHÁHÁHÁ!! </font></p> <p><font size="3">  “Nada é tão ruim que não possa piorar”, é o que as pessoas dizem por ai, e a piroca está sempre disposta a deixar tudo pior. Claro que ela não tem tempo para empirocar todo mundo, como eu já disse, apenas os que possuem a marca serão atingidos. E ai os amaldiçoados olham para as “pessoas perfeitas”, aquelas que nascem bonitas, de uma família rica e bem estruturada, altas e famosas e que arrancam suspiros por onde passam. Normalmente não são muito inteligentes, mas quem precisa de inteligência afinal? E é inevitável não sentir um pouco de inveja, saber que você vai ter sempre o seu arregaçado pelo destino enquanto outros irão apenas arregaçar. </font></p> <p><font size="3">  Não tem como fugir, senão esse seria um tutorial de como fazer isso, já que recebi a marca a 22 anos e sofro com ela desde então, se existisse uma maneira eu seria a pessoa certa para descobrir. Não existe KY forte o suficiente para aliviar. Não existe borracha que apague a marca. Não existe escolhas pessoais que desvie ou pelo menos adie esse destino. Então tudo o que podemos fazer é olhar para o céu. Olhar e torcer. Torcer para que, algum dia, alguma super-vagina apareça no universo para manter a piroca ocupada, e que ela tenha um lindo casamento celeste e várias piroquinhas voadoras para cuidar e esqueça finalmente da minha bunda amaldiçoada. Torcemos então.</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-8312435474095869682013-07-06T13:48:00.001-03:002013-07-06T14:08:27.574-03:00A trilogia do absurdo<p><a href="http://lh6.ggpht.com/-y52-cwecDys/UdhKUb0Y4AI/AAAAAAAAAO0/Ue9qo9mZEEE/s1600-h/h3%25255B5%25255D.jpg"><img title="h3" style="border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; background-image: none; border-bottom-width: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; display: block; padding-right: 0px; border-top-width: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="h3" src="http://lh5.ggpht.com/-wlOUjyoSQnk/UdhKVBLAGOI/AAAAAAAAAO8/wlM2Z0tstYM/h3_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="220" height="240" /></a></p> <p><font size="3">- Ei cara, chega ai, quero falar rapidinho com você! <br />- Beleza Toninho, como você tá irmão? De boa? <br />- Sim, sim, mas hein, é sério o que aconteceu com o João? O bagulho do guindaste lá? <br />- Véio, foi louco aquilo meu. Coisa inesperada mesmo, você ficou sabendo da história completa? <br />- Não sei, mas o guindaste caiu em cima da cabeça dele não foi? <br />- Não, foi bem mais complexo que isso, o guindaste foi só o começo. Tá ligado na construção que tem ali na rua dos sapos né? Então, o guindaste tava parado lá, bem de boa, sem fazer mal algum para ninguém. Mas ai aquela noite teve um vendaval, não sei se você se lembra, mas foi bem forte. Ele fez o guindaste girar e derrubar uma barra de ferro que estava suspensa nele. Até ai normal, acontece todo dia de os trabalhadores irem pra casa e deixarem uma barra de ferro que pesa toneladas suspensa no ar e de vez em quando cai matando um ou outro. Mas o azar do João foi que essa barra de ferro caiu bem em cima de uma caixa de explosivos que estava semi-enterrada no chão. A explosão foi tão forte que fez o asfalto tremer e derrubou um poste de luz bem em cima de um cachorro. Mas o pior não foi isso. Quando o poste caiu evidentemente que os fios elétricos que estavam pendurados a ele se romperam e saíram voando pelo ar como se fosse um chicote. Isso seria inofensivo se naquela exata hora não tivesse começado a chover e um raio tivesse caído exatamente no fio despertando uma descarga elétrica furiosa que o fez rodopiar no ar como se fosse um ventilador mortal no meio da rua sem tela de proteção e nesse exato momento, veja como o destino funciona cara, nesse exato momento um besouro bateu na viseira de um motoqueiro que estava se dirigindo para aquela rua, atrapalhando parcialmente a sua visão que poderia ter impedido de ele ir bem de encontro ao ventilador elétrico. Sua cabeça foi decepada em um instante e seu corpo caiu duro no chão enquanto a moto continuava em movimento até entrar em velocidade constante pela porta de uma igrejinha pentecostal que fica na esquina e matar o pastor que dizia lindas palavras sobre o poder de curar todos os males que Jesus possuía. Aparentemente Jesus não tava lá na hora… <br />- Isso foi tenso cara, mas onde João entra nessa história? <br />- O motoqueiro, ele estava rápido desse jeito porque tinha acabado de receber uma ligação para entregar urgente um pote de insulina em uma casa aqui nas redondezas, parece que quem ligou estava desesperado e precisava daquilo o mais rápido possível senão correria o risco de morrer. <br />- Putz cara, João era diabético né? <br />- Sim, agonizou até morrer naquela noite deitado em sua cama enquanto seu pai gritava para o céu “Cadê a porra desse motoqueiro!” Mas ele mesmo tinha uma moto, acho que só era meio preguiçoso. O funeral do João vai ser hoje, vamos comigo? <br />- Vamos sim, adorava aquele cara. Pobre João. <br />- Sim. Pobre João…</font></p> <p><font size="3">-----------------------------------------</font></p> <p><font size="3"><a href="http://lh5.ggpht.com/-aC0gTiNJdw4/UdhKV9wBhdI/AAAAAAAAAPE/y6IvooX9e64/s1600-h/250px-COS_09%25255B3%25255D.jpg"><img title="250px-COS_09" style="border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; background-image: none; border-bottom-width: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; display: block; padding-right: 0px; border-top-width: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="250px-COS_09" src="http://lh6.ggpht.com/-1YKISAntahw/UdhKWWusQKI/AAAAAAAAAPM/8IxR1MzhBYM/250px-COS_09_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="240" height="180" /></a></font></p> <p><font size="3"> <br />- E as namoradinha Davi? <br />- Porra vó, tá foda isso ai, na moral mesmo. Até esses dias atrás eu tinha três gatinhas loucas pra me dar. Uma morava no Acre e era louquinha por mim, me amava de um jeito que nunca imaginei que alguém pudesse me amar. Conheci ela naquela viagem imaginária que fiz com a excursão da escola lembra? Gatinha demais, me falava coisas que fazia meu pau levitar e se abrir como se fosse um girassol. <br />  Tinha outra que morava aqui perto de casa, a Marcinha, não sei se a senhora lembra. Um filézinho de picanha sem espinhos. Não era tão afim de mim assim, mas pelo menos morava perto e gostava de um sexo nervoso. <br />  A terceira era o amor da minha vida, pelo menos era isso o que eu achava ser. Linda, simpática, estudiosa. Acredita que ela conseguia escrever jeito com “J”? Porra véia, você não sabe como é raro encontrar uma mulher que saiba escrever nesses dias de hoje. Ela sabia colocar o “M” antes do “P” e do “B”, sério, mulher pra casar mesmo. <br />  E eu tava lá naquele impasse, uma que me amava mas morava na puta que pariu, uma que só queria sexo e uma a qual eu realmente queria ficar. Resolvi escolher a terceira, porque eu realmente não conseguia parar de pensar nela. E fui meio que me afastando das outras. Dava respostas secas para a primeira quando ela falava comigo, mostrei meu pau pra ela na webcam inesperadamente, porque eu sabia que ela odiava isso. Ai nos afastamos pouco a pouco. A segunda resolvi apresentar para o meu amigo, eu sabia que ele tava desesperado e ela dava pra qualquer coisa que se mexa e faz barulho. Eles não queriam ficar um com o outro, eu percebi isso, mas mesmo assim continuei insistindo e os empurrando, até ficar bem claro pra ela que eu não deveria estar tão interessado assim. Apostei todas minhas fichas na terceira. Nossa, como ela era linda e fazia meu coração bater forte, acho que nunca senti isso na vida, era como se um obeso morasse na parte pobre da África e tivesse a chance de ir morar numa casa feita de chocolate. Eu sonhava com ela noite e dia, eu a desejava demais, o que acabou sendo meu problema. Como eu a queria demais, acabei me tornando muito grudento. Ligava para sua casa a cada cinco minutos, e quando ela não atendia eu começava a chorar sozinho e imaginar coisas terríveis. E quando você imagina demais coisas terríveis, coisas terríveis acabam acontecendo. Ela se cansou de me ter desesperado o tempo todo por ela, cansou das minhas ligações constantes e de minhas cartinhas de amor de adolescente que acaba de conhecer seu ídolo. E nesse meio tempo alguém apareceu na vida dela, um cara bonitão, com sotaque carioca e, segundo as lendas, um pênis extravagantemente enorme. Não tinha como ela resistir e acabaram juntos. Aquela foi a pior ligação que já recebi na minha vida, doeu até o dedinho do meu pé. Fiquei mal durante dias, chorando e esperneando por causa dela. <br />  Tentei recorrer aos meus backups, mas a do Acre já tinha encontrado alguém e me odiava de um jeito que poucas pessoas conseguem me odiar. A Marcinha acabou cedendo e ficou uma unica noite com meu amigo. Eu sabia que ele era bom de cama, mas ela ainda não. Se apaixonou na hora e agora está grávida e vão se casar. E eu fiquei sozinho, lamentando a minha estupidez de conseguir perder três lindas mulheres que me queriam em menos de um mês. Acho que jamais encontrarei um amor vó, acho que nasci para ficar sozinho mesmo… <br />- Que isso meu filho, você só se fode mesmo hein? Mas não fique assim não, enxugue essas lágrimas que tudo dará certo. Ei, tenho uma surpresinha pra te animar. O seu pai nunca foi de comer muito, você pode ver isso pelo seu corpo magrelo que estava no caixão. Acho que ele nunca me secou totalmente e tenho certeza de que algum leite ainda resta aqui. Venha, abre a boquinha e chupe, você vai ficar bem meu querido, tudo vai ficar bem. <br />- Ok vovó… ok…</font></p> <p><font size="3">-----------------------------------------</font></p> <p><font size="3"><a href="http://lh3.ggpht.com/-H5VfaibQaSs/UdhKW1JHAnI/AAAAAAAAAPU/6gIUADCBBDA/s1600-h/cao_assustado%25255B3%25255D.jpg"><img title="cao_assustado" style="border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; background-image: none; border-bottom-width: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; display: block; padding-right: 0px; border-top-width: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="cao_assustado" src="http://lh3.ggpht.com/-R5tgm69dw6o/UdhKXtHwhCI/AAAAAAAAAPc/sicYx9wa7zg/cao_assustado_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="240" height="240" /></a></font> </p> <p><font size="3">- Ruuuf ruf auuuuu rauuuuf <br />- Ahhhh cala a boca Rufus, você não sabe do que tá falando cara, você já foi humano alguma vez na vida? Não? Então não me venha falar do que é melhor ou pior. Enquanto eu ainda ter que limpar o seu cocô eu sou o mais evoluído. <br />- Ruuuuuuffff raffff <br />- Não sou escravo de ninguém porra nenhuma, eu limpo porque você é imbecil demais pra fazer em lugares apropriados, nos limpamos seu cocô por pena, e porque não queremos pisar nesse monte de merda que vocês deixam soltas por ai. Olha, eu sou um ser pensante e extremamente evoluído, enquanto você só sabe comer, dormir e transar com cadelas da vizinhança. <br />- Auu auuuuuuuu ruuuuuf <br />- Háháháháháháhá bem, isso é verdade, além de transar você ainda pode lamber as próprias bolas, isso eu te invejo. Mas você sente algum prazer no ato? Você só monta, fica por 30 segundos e vai lamber o rabo de outra. O nosso é bem mais prazeroso, gostamos de apreciar cada parte do sexo oposto, cada cheiro, cada gosto, cada beijo é uma experiência unica que você jamais irá experimentar. <br />- Ruff ruuuuuuu <br />- Sério? Com meu chinelo? E você ainda quer discutir quem é mais inteligente ou evoluído? Me dá um tempo Rufus, vocês não passam de bichinhos de estimação descartáveis, se eu não tivesse você eu compraria um peixe e seria feliz do mesmo jeito. <br />- Auuuuuuinnnn <br />- Tá tá tá, desculpa. Eu só disse isso pra te ofender um pouco, era brincadeirinha, você é meu melhor amigo seu cachorro idiota, você sabe disso. <br />- Rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr auuffff <br />- Tente a sorte então, as ruas são perigosas você sabe muito bem disso. Lembra quando uma bicicleta bateu em você? Agora imagine se tivesse sido um carro? A gente nem estaria tendo essa discussão agora. Você ficou sabendo daquele poste de luz que caiu em cima de um cachorro esses dias? E se tivesse sido você? Eu te protejo, a coleira não é uma prisão, é uma proteção. Sem ela você sairia por ai cheirando rabos alheios e viraria pasta em questão de segundos. As ruas não foram feitas para vocês, e é por isso que nós, seres humanos evoluídos, os adotamos. Sem nós vocês estariam perdidos. Pense agora num mundo com mais cachorros e menas humanas. <br />- Rauuuufffffff auu auuu auuuu auuuu rrrrrrrr <br />- Vá corrigir o português da sua mãe, caralho. Era só o que me faltava mesmo. Vai fazer o que em seguida? Me ensinar física quântica? <br />- Auuuuuuuuuuu <br />- Não véio, não. Não fiquei ofendido, é só que… tá, esquece. E a… a… como é o nome daquela cadela mesmo? Jhenny, é isso? Tá traçando? <br />- Ruuuuuuuuuuuurrrrrrrr <br />- Toma no cu que você acha que isso é um xingamento? Nunca imaginei que pra vocês fosse também, desculpa ai. A fêmea Jhenny, você a está consumindo sexualmente da maneira bíblica? <br />- Auuu auuu ruuuufffff au au au au au au au au au au au, Rrrrrrrrrrrr au <br />- Tá bom, tá bom, me poupe dos detalhes. Seu cachorrinho malandro e pervertido. Mas pelo menos largou minha perna, você não sabe o quanto aquilo me deixava tenso. <br />- Auuu <br />- É, por isso que eu vivia te chutando sim. Mas era só uma fase né? Igual eu quando criança e esfregava meu pau numa árvore. História engraçada, eu deveria ter uns 6 ou 7 anos e… <br />- Rrrrrrrrrr au au <br />- Nossa, precisa ser grosso assim comigo? Se eu já te contei foi mal então. <br />- Au au <br />- Cara, por incrível que pareça eu também te considero um irmão. Adoro você seu vira-lata burro. E é realmente bom ter alguém pra conversar, sentia falta disso. Você é a melhor companhia que já tive até agora. <br />- Au ruffffff auuuuu au <br />- Uauhsauhaushaushaush verdade amigão, verdade. Quer mais um gole de whisky ai? Calma que vou encher seu potinho e meu copo…</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-71264087960687683652013-06-26T23:05:00.001-03:002013-06-26T23:05:22.712-03:00O poder do amor<p><font size="3"><a href="http://lh6.ggpht.com/-_ndgz1NovzU/Ucud3j9kN7I/AAAAAAAAAOc/dHdzplBaIQY/s1600-h/Materia-Meu-Primeiro-Amor%25255B6%25255D.jpg"><img title="Materia-Meu-Primeiro-Amor" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="Materia-Meu-Primeiro-Amor" src="http://lh3.ggpht.com/-GB7f0nZFcmE/Ucud4Wc-4PI/AAAAAAAAAOk/tpa0mHwfQCk/Materia-Meu-Primeiro-Amor_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="371" height="163" /></a></font></p> <p><font size="3">  Mais do que apenas um rostinho bonito… ela tinha poder. Um tipo de poder que não deveria jamais ser obtido por nenhum ser humano. Um tipo de poder tão poderoso que era capaz de se apoderar totalmente de um pobre corpo e possuir uma mente até que apodrecesse. Poder, o poder de matar sem usar as mão. E Janaína Agular possuía esse poder.</font></p> <p><font size="3">  Tudo começou no final de sua adolescência, faltavam apenas três meses para que sua maioridade fosse alcançada e ela pudesse dirigir o carro de churros do pai para ganhar algum dinheiro e poder come-los pela primeira vez na vida. E foi naquela noite fria de Julho que sua descoberta aconteceu. <br />  Seu namoradinho, um cara simpático, magro, fracote e meio besta, conseguiu a convencer de que já tinha passado da hora dos dois selarem o seu amor na forma física. Ela tinha resolvido esperar não por causa de religião, o homem perfeito ou qualquer besteira dessas, ela apenas tinha vergonha de seu corpo nu, de uma parte específica dele para dizer bem a verdade. Mas resolveu ceder para Bruno, pois ele havia demonstrado milhares de vezes o quanto a amava e não se importava com qualquer defeitinho que ela pudesse ter. Afinal, mulheres são famosas por exagerarem quando se trata delas mesmas. <br />  Tudo estava perfeito, ele havia trazido flores, o pai de Janaína iria passar a noite fora ou transando com prostitutas ou se vestindo como uma. Sua mãe havia morrido a 5 anos atrás, tudo estava correndo na direção certa para que aquela fosse a noite mais maravilhosa de suas vidas. <br />  Rolaram beijos, rolaram carícias, baba, peitinho, lambidas nas axilas e tudo o mais que possa deixar as preliminares tão excitantes. Logo Janaína ficou inteiramente nua e deitou-se em sua cama, posição de parto, gotas de suor escorrendo pela sua testa e abafando seus gemidos baixos e ininterruptos. Bruno ajoelhou-se em sua frente, com um olhar meio assustado e com a língua congelada no lado de fora de sua boca. Logo, ele resolveu falar: <br />- Puxa…! Isso é um baita de um clitóris né não?</font></p> <p><font size="3">  Janaína fechou a cara no mesmo instante, não acreditava que tinha ouvido isso numa hora dessas em que ela estava disposta a fazer tudo o que o amor de sua vida quisesse com ela. Cerrou seus punhos com força, e, sem dizer uma palavra, levantou seu dedo médio em direção a Bruno e logo em seguida o levou até o centro das atenção que estava no meio de suas pernas. <br />  Acariciou seu pequeno monstrinho pessoal por alguns segundos, até que levantou os olhos em direção do seu parceiro e viu que ele estava com os olhos fixos, o corpo congelado e apenas seu braço direito fazendo certos movimentos para cima e para baixo. <br />- Bruno! BRUNO!!! O que você está fazendo? Meu Deus como isso é nojento Bruno, pare agora mesmo com isso, por favor! Você está maluco? Jesus por que isso? Por que? Bruno, sério, a sua… sua… cabeça, seu rosto Bruno. Você está ficando vermelho. Por favor para com isso, estou ficando assustada Bruno, sério. <br />  Ela começou a chorar alto, enquanto Bruno continuava no seu ritmo frenético movimentando o brinquedinho mais antigo da humanidade masculina, e seu rosto ficava cada vez mais vermelho, seus cabelos pareciam ter crescido alguns centímetros e pareciam estar saltando para fora de seu couro capilar. Seu crânio se dilatou e em questão de segundos houve a explosão. <br />  Pedaços de cérebros foram jorrados para fora de sua cabeça junto com um líquido branco e viscoso que se esparramou por toda a cama e pelos pés de Janaína, que nesse momento, soltou um grito tão desesperador que fez as criancinhas de um orfanato que ficava na esquina se arrepiarem todas por de baixo de seus cobertores. <br />  Ao mesmo tempo em que sua cabeça deixou de existir dando lugar a uma massa sangrenta que fazia bolhar de ar que explodiam com a brisa, seu pênis também liberou uma substância esbranquiçada que se juntou a massa encefálica nos lençóis para logo em seguida cair morto, fazendo companhia ao resto de seu corpo decapitado.</font></p> <p><font size="3">  O trauma dessa experiência a deixaram bastante perturbada por um bom tempo. Foi difícil explicar para os policiais o que havia acontecido de verdade, e as perguntas e acusações a deixavam mais nervosa ainda. Mas eventualmente tudo foi esclarecido como sendo um simples caso de perversão sexual adolescente. “Ahh, esses jovens de hoje” foi a frase que fechou o boletim de ocorrência.</font></p> <p><font size="3">  Dois anos se passaram desde o acidente, e Janaína se manteve longe de todo homem que tentava se aproximar dela. O amor obviamente não é para mim, dizia ela. Certa noite, ela estava virando a esquina de sua casa quando viu várias luzes de sirenes piscando no seu gramado. Saiu correndo assustada para descobrir o que havia acontecido quando foi barrada por um policial: <br />- Ei, eu moro aqui, o que está acontecendo? <br />- A senhora é a Janaína Agular, filha de Jacinto Agular? <br />- Sim, eu mesma, o que está acontecendo aqui?</font></p> <p><font size="3">  Uma lágrima escorreu de seus olhos ao dizer essas palavras, talvez tivesse sido seu instinto familiar lhe dizendo que algo não estava certo, ou talvez fosse a falta de desodorante do PM. <br />  E quando ele começou a contar o ocorrido, uma mistura de raiva com pesar inundou seus pensamentos. Seu pai, conhecido transformista da cidade, havia sido pego por três delinquentes homofóbicos que o estupraram durante horas sem piedade ou cuspe algum, antes de o matarem a paulada e cortarem partes de seu corpo e dado para as criancinhas do orfanato comerem. <br />  Janaína estava perplexa com tamanha brutalidade, os homens haviam ido longe demais dessa vez, e quando viu o corpo de seu querido papai nu, todo cortado e sangrando em seu quarto com o pôster enorme do Ronaldo fenômeno olhando para ele, ela perdeu a cabeça. Decidiu naquele exato momento que iria fazer justiça com as próprias mãos e ninguém a iria impedir.</font></p> <p><font size="3">  Pegou as chaves do velho carro de churros de seu pai e começou a dirigir em direção a delegacia da cidade. Tinha uma certa noção de como seriam os assassinos, punks-skinheads do pé vermelho, sabia ela. Entrou na delegacia com sangue nos olhos e tratou logo de baixar suas calças e retirar sua calcinha na frente de todos. Alguns policiais ficaram mudos, outros gritaram vitória! Outros cantaram o hino nacional, mas quando Janaína começou a se tocar, aquela cena ocorrida dois anos atrás voltou a acontecer com todos que estavam no salão. <br />  Cabeças explodindo uma a uma, enquanto outros menos precoces continuavam com o exercício mortal e nojento. Janaína não ligou e foi andando pelas celas, ainda se tocando e ainda ouvindo as explosões acontecendo a sua volta. <br />  No final do corredor lá estavam os 3, calças arriadas e o espanto no rosto. Ela começou a ir mais rápido e mais forte, até sua própria arma começar a vermelhar com a pressão. Em pouco tempo os três estavam mortos, sem cabeça e com os peitos caídos sobre o líquido viscoso saído deles próprios. </font></p> <p><font size="3">  Janaína vestiu suas calças e correu. Correu o máximo que pôde até entrar no carro e dirigir até o aeroporto. Estava um pouco mais aliviada e com menos raiva, e agora que sua mente tinha clareado um pouco e se deu conta do que fez, só pensava em fugir. <br />  Ninguém jamais descobriu como todas aquelas mortes haviam acontecido, seu feitiço era, obviamente, imune contra mulheres, e por sorte não havia nenhuma na delegacia naquele momento. Ficou pensando na dor que lhe causaram e na dor que ela mesmo tinha feito a várias pessoas no trajeto inteiro do avião que partia para a Índia.</font></p> <p><font size="3">  Sete anos se passaram agora, ela tinha arrumado um bom emprego e comprado uma linda casinha nas montanhas indianas, alguns pensamentos ainda a perturbavam, mas ela estava se acostumando com a dor e disposta a ser uma outra pessoa. <br />  Certo dia enquanto ela cozinhava um belo arroz no seu fogãozinho a lenha e cantarolava sucessos pop indiano, alguém bateu a sua porta. O homem, se identificando como Hamuialah Trebesknov, disse que havia recebido queixas de várias pessoas sobre sua nacionalidade e a imigração estava mandando-a de volta para seu país. <br />- Desculpe-me senhor, mas eu não posso voltar para o Brasil, já estou aqui a sete anos e vou continuar. <br />- Receio que isso seja impossível – disse o indiano, chocado consigo mesmo por saber português. <br />- Ok então meu querido, vou só arrumar minhas malas e você pode esperar sentado no sofá.</font></p> <p><font size="3">  Ela voltou alguns minutos depois, nua, disposta a se livrar daquele inconveniente como havia se livrado de vários no passado. Começou a se tocar bem devagarzinho para Hamuialah, que logo estava nu e fazendo o mesmo. Alguns minutos se passaram e o homem não aparentava qualquer sinal de que iria explodir. Seu rosto estava calmo e sua mão subia e descia lentamente, como se estivesse acostumado a isso. Janaína começou a ficar assustada e usou mais força e mais velocidade, enquanto o indiano mantinha seu ritmo gentil e zombeteiro. Ela gritou de raiva e foi mais fundo, mais forte e usando mais dedos, mas aparentemente seu feitiço não estava fazendo efeito algum sobre o homem. Ela se cansou minutos depois e desistiu, brava e suando: <br />- Quem é você? Como você não explode? Merda, isso não deveria falhar. <br />- Eu conheço os seus truques monstro-do-clitóris-assassino. A cada geração uma mulher nasce com esse poder em algum lugar do globo. Normalmente elas não sobrevivem a puberdade, mas algumas conseguem morrer apenas de velhice. A causa da morte não é o toque cliteriano apenas, e sim a ejaculação, que se torna ácida e explosiva após receber o feitiço. Eu faço parte de um grupo de retardamento sexual, somos treinados desde criança para sermos máquinas do sexo, o que significa que posso ficar horas e mais horas me tocando ou sendo tocado que não vou despejar meu sagrado tão facilmente. <br />- Então acabou né? Você vai mesmo me mandar de volta para o Brasil. <br />- Eu ia até saber que você era “ela”, sua espécie é muito perigosa solta pelo mundo, e se você ficar por aqui eu posso te ajudar a controlar o seu ódio e posso te fazer sentir o amor pela primeira vez. Você até que é bonita, topa morar comigo e jamais usar seu poder contra outra pessoa?</font></p> <p><font size="3">  O casamento foi marcado para dois meses depois. Janaína encontrou tudo o que ela sempre quis, um amor sem complicação. Nenhuma cabeça explodiu durante vários anos, e Janaína e Hamuialah viveram felizes para sempre…</font></p> <p align="center"><font color="#000000" size="3"><strong>FIM</strong></font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-16165855503891784992013-05-28T10:55:00.001-03:002013-05-28T10:55:12.182-03:00Onde está o amor<p><font size="3"><a href="http://lh6.ggpht.com/-IwLoqeJszF8/UaS3Or6r15I/AAAAAAAAAN0/CcvmnKTHlXs/s1600-h/rosa%25255B3%25255D.png"><img title="rosa" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="rosa" src="http://lh6.ggpht.com/-OzHMJqQxB5I/UaS3PiD3TjI/AAAAAAAAAN8/aQlB2SZJ3Vk/rosa_thumb%25255B1%25255D.png?imgmax=800" width="240" height="240" /></a></font></p> <p><font size="3"><em>- Então Mario, vai ter uma festa a fantasia na minha escola semana que vem, o que você acha de se fantasiar de Shrek e eu de Fiona para irmos como um casal? <br />- Olha Rosa, desculpa mas odeio me fantasiar. A Carol demorou 3 anos pra me convencer a me vestir de Zorro, e eu tenho uma queda por ela desde a infância. Agora imagine você, que eu nem gosto tanto assim.</em></font></p> <p><font size="3">   </font><font size="3">Rosa é um imã para fracassados. Desde o momento em que ela descobriu o amor até os dias de hoje, todos os homens com que ela se envolvia acabavam se mostrando com o tempo serem a pior espécie de seres humanos que existem: homens. <br />  Mas ela jamais desistia, seu maior sonho era amar e ser amada, mas sempre acontecia a mesma coisa: Eles eram um amor no começo, românticos, perfeitos. Até conseguirem o que queriam, e o que todo homem quer? Você me pergunta mesmo sabendo a resposta. Após isso se transformavam em escrotos ignorantes e levavam Rosa a se derreter em lágrimas de arrependimento misturado a ódio e dor.</font></p> <p><font size="3">  Ela era uma garota muito bonita, simpática e sorridente, mas quando a noite caia e a solidão batia, e a música “Listen to your Heart”, da banda Roxette começava a tocar, seu corpo automaticamente se contorcia até ficar em posição fetal e um turbilhão de pensamentos tristes explodiam na sua cabeça como se fossem pássaros famintos tentando a todo custo entrar por uma janela fechada.</font></p> <p><font size="3"><em>- Mas por que você está fazendo isso comigo Ruan? Depois de tudo o que passamos juntos, você conheceu minha família, até meu tio Roni gostou de você. <br />- Eu sei, eu sei. Me desculpe Rosa, foi bom esse tempo em que namoramos, mas eu não sou o homem certo para você, queremos coisas muito diferentes, eu ainda sou jovem, preciso experimentar produtos de outras lojas antes de me decidir em qual fazer minha compra definitiva, se é que você me entende.</em></font></p> <p><font size="3">  Cada novo relacionamento era uma nova frustração. Cada novo garotinho legal que trazia flores no primeiro encontro e pagava o jantar, tirava a máscara um tempo depois e achava um espaço vazio no coração já machucado para fincar a adaga do sofrimento mais uma vez. Rosa mudava a cada decepção, prometeu a si mesma que não transaria com mais ninguém até achar aquele que era merecedor, aquele que ficaria com ela pelo que ela era, e não pelo que ela possuía. </font></p> <p><font size="3">-<em> Rosa, desculpa estar falando isso por mensagem, mas não tenho coragem de te ver. Eu não te amo, eu nunca te amei, esses 4 meses que passamos juntos foi uma grande mentira. Estou confuso e desesperado, você parecia gostar realmente de mim, mas nunca me ajudou naquilo que eu mais queria. Não quero te magoar mas um homem tem suas necessidades, as quais você não parece estar disposta a saciar. Tenha uma boa vida e não se preocupe comigo, eu ficarei bem. Beijos e até nunca mais.</em></font></p> <p><font size="3">  “Não se preocupe comigo, eu ficarei bem?” Que tipo de filho da puta fala isso terminando com uma garota? Rosa não conseguia acreditar, novamente tinha sido abandonada e se sentia humilhada como nas outras vezes. O que ela deveria fazer? Continuar procurando até que aparecesse alguém que prestasse? Ou jogar do outro lado como muita gente tem feito ultimamente? Não, era melhor esperar, não correr mais atrás e deixar o destino decidir sua vida.</font></p> <p><font size="3">  Por dois anos ela não saiu com mais ninguém, esqueceu como era beijar na boca e comprou brinquedinhos para acompanhar sua solidão. Não estava feliz, mas também não estava agonizando, tinha milhares de distrações que a impediam de ter uma recaída, como livros, filmes, internet, gatos e música. Aprendeu a tocar violão, montou uma banda só de mulheres e começou a cantar suas melodias sobre chifres e desilusões amorosas. Logo um video seu começou a fazer sucesso no Youtube, sua música “Não deixe um pedaço de merda te fuder” logo virou um hino para feministas mal comidas, graças a ideologia anti-homens da letra. Não era o que Rosa queria, mas ainda assim a fez ser conhecida e idolatrada por mulheres do Brasil inteiro. </font></p> <p><font size="3">  Seu primeiro álbum saiu. “Pinto falante” vendeu milhares de cópias, homens do país inteiro se revoltaram com ela, a chamando de vadia escrota e outras coisas piores, todos tendo uma errônea impressão daquela garota fofa que só queria fazer arte com seu sofrimento. Seu sucesso dividia opiniões, ou a amavam ou a odiavam. Mas tudo acabou naquela noite fria de Março, quando trancada em seu apartamento alguém apareceu pulando a janela. Um homem mascarado, com a máscara do Shrek, a agarrou com força e a violentou. Aquele foi o fim, o fim de uma banda, o fim de uma esperança, o fim de uma seca. </font></p> <p><font size="3">  Rosa nunca mais compôs, desapareceu no mundo sozinha, e toda noite ela chorava, toda noite ela sofria, toda noite o revólver com uma unica bala pressionava o céu de sua boca…</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-28267247250399254952013-05-14T16:13:00.001-03:002013-05-14T16:13:09.345-03:00Mais importante do que o brilho dos olhos<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-gHFyNsUuJ3g/UZKMsd-QI2I/AAAAAAAAANc/PLZ-UWd_B7c/s1600-h/129835786%25255B9%25255D.jpg"><img title="129835786" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="129835786" src="http://lh5.ggpht.com/-0hvyiCaF7KQ/UZKMwjxYtdI/AAAAAAAAANk/47k7CO9_Hts/129835786_thumb%25255B7%25255D.jpg?imgmax=800" width="363" height="267" /></a></p> <p>- <font size="3">Aquele cara tem um estilo de vida bem caduco, tá ligado? <br />- O que? Como assim? Do que você tá falando velho? <br />- Você nunca reparou em nada diferente nele? <br />- Não, o que é? <br />- To querendo dizer que a porra dele brilha! <br />- Você só pode estar maluco. <br />- Vamos, deixa eu te mostrar. Apague as luzes por um momentinho. <br />- Ok… cara, o que é isso? Você tá usando brilho labial? <br />- Eu te disse que a porra dele brilhava. <br />- Mas… cara, velho… por que? Como assim meu? <br />- Relaxa meu amigo que eu irei te explicar o que aconteceu:</font></p> <p><font size="3">  Você se lembra da minha antiga namorada né? A gótica branquela com piercing na língua e nos mamilos. Rosa era o nome dela, mas eu sempre preferi chama-la de “esquilo”, por causa dos seus dentinhos da frente e o formato de seu cocô. Aquela mulher era maravilhosa, vivia me levando a loucura na cama. Safada que Deus me livre, certa vez ela me pediu pra passar super bonder entre suas nádegas e descolar com meu patinhas em uma unica estocada violenta. Errei e machuquei a nuca dela, pense numa mulher que ficou brava e sem cagar por quase uma semana.</font></p> <p><font size="3">  Ah, esqueci de te explicar que patinhas era o apelido carinhoso que ela deu para o meu órgão viril, nunca entendi o porquê de ela querer chamar ele assim, mas jamais recebi uma reclamação formal dele, então resolvi adotar esse nome. Não é ridículo homens que chamam seu pau por nomes fofos? Certa vez conheci um cara que chamava seu bichinho de “floco de neve”, porque se derretia todo quando entrava no quentinho. Aquele cara era meio retardado, mas a irmã dele era psiquiatra e eu tava precisando de um remedinho, dar uma acalmada nos nervos, sabe como é né? Mas isso não tem nada a ver com o assunto, então deixa eu continuar…</font></p> <p><font size="3">  A esquilo –aliás, nunca procurei saber qual é o feminino dessa palavra, chamando ela assim agora, pra outra pessoa, me parece meio estúpido – era viciada em sexo, e todo homem acha que quando encontrar uma mulher dessas ele será a pessoa mais feliz do mundo, mas cara, cansa demais. Tinha vezes que ela me acordava cinco, seis vezes durante a madrugada pra transar. Meu saco já estava tão seco e encolhido que toda vez que eu andava parecia que tinha alguém batendo cocos um no outro entre minhas pernas. Tava doendo e eu pedi pra ela dar um tempo. Ela deu, muito mais do que tempo, ela deu e não foi pra um cara só não.</font></p> <p><font size="3">  Passou uns dias ai e eu comecei a me arrepender. Via vídeos dela na net, um deles com 4 caras e um bode, acho que te enviei esse né? “Surubex no triplex”, acho que era esse o nome, bem, que seja. Eu queria ela só para mim novamente, acho que era amor meu amigo, amor como eu jamais senti antes. A dor no meu peito estava maior do que a dor nas escoriações da minha cabecinha quando estávamos juntos. </font></p> <p><font size="3">  Enviei umas vinte mensagens no celular dela, fiquei horas e mais horas plantado em frente a sua casa esperando ela voltar, até que um amigo me disse que ela estava com aquele cara. Porra, um bode é de boa pra mim, mas aquele cara já era sacanagem. Fui na casa dele pra tirar satisfações, e quem atendeu a porta foi ela, minha esquilinho fofa, usando apenas um roupão e salto alto. Conversamos, eu pedi desculpas e pedi para voltar, mas ela estava com dúvidas. Me disse que a porra daquele cara brilhava e não teria como eu competir com isso. Merda, se isso fosse verdade eu estaria perdido, realmente não tem como competir. Mas eu ainda achava que ela estava mentindo para me afastar, e descobri que não, não era mentira, aquela porra realmente brilha…</font></p> <p><font size="3">- Só isso? Aí você desistiu e deixou ela ficar com aquele cara? <br />- Claro que não, você não prestou atenção em nada do que eu disse meu garoto? <strong>A porra dele brilha</strong>. Não tem como largar depois de experimentar. Quer ir ver com seus próprios olhos? <br />- Bem… Por que não?</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-78078332811344075122013-05-07T16:50:00.001-03:002013-05-07T16:50:21.017-03:00A vida é como ela é<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-bmKZNycTfIs/UYla434TkJI/AAAAAAAAAM8/zpGZ4YbadQI/s1600-h/7894321722016_2%25255B3%25255D.jpg"><img title="7894321722016_2" style="border-top: 0px; border-right: 0px; background-image: none; border-bottom: 0px; float: none; padding-top: 0px; padding-left: 0px; margin-left: auto; border-left: 0px; display: block; padding-right: 0px; margin-right: auto" border="0" alt="7894321722016_2" src="http://lh4.ggpht.com/-xNr_eoRLMaM/UYla--5fSLI/AAAAAAAAANE/kda2E3FiVnE/7894321722016_2_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="240" height="240" /></a></p> <p>- <font size="3">Você é a remela do olho do cu de um baiano nazista com hemorroidas latejantes! <br />- E você não passa de um escroto barbudo obeso funkeiro com distúrbios periódicos de auto-dilatação anal!</font></p> <p><font size="3">  E foi nesse clima de ódio mútuo repleto de ofensas verbais, que surgiu um amor totalmente inesperado entre dois jovens do sexo masculino que até então juravam que apenas se masturbavam com o indicador esquerdo penetrado no cu porque leram em uma revista que isso fazia bem para a pele, e que o fato de fazerem isso com tanta frequência quanto um proctologista de plantão no asilo dos artistas, não significava de jeito nenhum que eles possuíam qualquer tendência homossexual.</font></p> <p><font size="3">  Mas essa briga atiçou seus nervos, Maicon havia quebrado o controle do Xbox 360 de Tiago durante uma partida acirrada de Fifa 13, e com o sangue quente e vontade de chorar, palavras ofensivas foram lançadas no ar antes de um beijo irritado e cheio de salivas calar suas bocas por breves 3 minutos e 24 segundos, selando assim um futuro obscuro e cheio de dúvidas que os perturbariam para sempre.</font></p> <p><font size="3">  Durante aquela semana os dois evitaram de falar sobre o assunto, evitaram se olhar no pátio da escola e passaram a lavar incessantemente seus indicadores esquerdos no chuveiro após cada masturbação, pois isso eles não conseguiam evitar. Adolescentes nunca conseguem. </font></p> <p><font size="3">  A culpa os corroía por dentro, lado a lado com a imensa saudade um do outro, mas o medo do preconceito falava mais alto e os manteve afastados por muito tempo. Até que um dia, o Maicon descobriu que o Tiago havia mudado de escola, foi estudar em um colégio religioso do outro lado da cidade, e durante o resto da sua adolescência e grande parte da vida adulta, Tiago se transformou em um “pegador”, aquele tipinho típico de jovens bem arrumadinhos que por algum motivo especial deixava as mulheres bastante a vontade com sua companhia. Toda noite em que saia para a balada, marcava uma média de 8 pontos na escala infográfica comparativa dos marombas orgulhosos de academia. </font></p> <p><font size="3">  Já o Maicon arrumou uma namoradinha skatista no final do ensino médio e se casou com ela poucos anos depois, em uma churrascaria de beira de estrada “open-bar até as 15h”. O casamento – que começou as 18h – teve a elegante presença de dúzias de quebrados vestidos com camisetas de bandas extintas e all-star estrelados, e a carne moída de 2ª enfeitada com tomate e cebola servida em pratos plásticos fez a alegria de todos os presentes que só estavam lá para comer e tentar se dar bem.</font></p> <p><font size="3">  Casado e com dois filhos, Maicon se esqueceu daquele incidente da infância e se focou em crescer profissionalmente e se tornar o melhor gari de toda a região sul do bairro. Tiago, já com seus 26 anos na cara, continuava com a mentalidade de 16, pegava todas em uma noite, acordava de ressaca no outro dia e ia trabalhar cansado no seu emprego de 6 horas como gerente de uma multinacional. </font></p> <p><font size="3">  Aos 51 anos Maicon teve câncer. Durante aqueles meses no hospital ele voltou a se lembrar do melhor beijo de sua vida, e se ele não seria muito mais feliz se tivesse pelo menos telefonado para o Tiago, só para saber como ele estava. Claro que se tivessem dado continuidade naquilo ele não teria a Gabrielle e o Paulo, seus filhos. Mas ela era puta e ele um vagabundo, então não seria tanta perda assim – concluiu Maicon. Mas a sua mulher havia sido muito boa com ele, desde que estavam juntos seu miojo jamais esfriou.</font></p> <p><font size="3">  No leito de morte Maicon resolveu se abrir para sua mulher: <br />- Amor, sabe o Tiago, que eu vivia te falando dele? Então, quando criança, nos dois tivemos um caso e até agora acho que ele foi a unica pessoa que eu já amei. Me desculpe querida, nossa vida juntos foi uma mentira, eu sempre fui gay e sempre o amei. <br />- Tiago? Nossa amor, eu jamais esperava isso de você. Mas o Tiago veio te visitar alguns anos atrás, disse que vocês eram amigos e que ele sentia saudades. Você estava viajando a trabalho, limpando lixo na praia, lembra? Eu o convidei para dormir aqui e acabamos transando. Eu sei que é algo horrível a se dizer para alguém na sua situação, mas agora entendi porque você ama ele, aquela pessoa tem um beijo incrível. E te digo mais, ele tá longe de ser gay e sentir o mesmo por você. Nunca precisei fazer fio-terra pra excitá-lo. <br />- Nossa querida, vocês fizeram isso mais de uma vez? <br />- Eu o vejo toda semana… Desculpe amor.</font></p> <p><font size="3">  Uma lágrima escorreu dos olhos de Maicon antes de se fecharem eternamente. Sua vida inteira havia sido uma enorme mentira, mas agora esse jogo havia sido finalizado, tudo ficou para trás, do jeito que tem de ser. A vida é como ela é.</font></p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-16186704988863734032013-05-01T19:11:00.000-03:002013-05-01T19:11:18.871-03:00Literatura infanto-imbecil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-O_g6JjJgP0ok-d-K13-ieaGGmawAJnet36Kp6GcnS7oPOmhMl_Mec6xafz7FraNeJgCdDuZlhXZJYBgnHfi7qFhBhFAuwktLYjjqsCvQNnQebH1X4ABGz9lb_7_fSIG_CYWiNrEtqZs/s1600/bebe-lendo-livro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-O_g6JjJgP0ok-d-K13-ieaGGmawAJnet36Kp6GcnS7oPOmhMl_Mec6xafz7FraNeJgCdDuZlhXZJYBgnHfi7qFhBhFAuwktLYjjqsCvQNnQebH1X4ABGz9lb_7_fSIG_CYWiNrEtqZs/s320/bebe-lendo-livro.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Vamos lá querida, vai ser bom, eu prometo que não vai doer nada. Você vai gostar até, a Marcinha não te falou como é? Confie nela, e confie em mim, eu jamais te machucaria.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Não sei não Robson, tenho medo, muita coisa ruim pode acontecer.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Nada de errado vai acontecer, eu serei gentil e vou bem devagar.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Tudo bem então, mas me promete que se eu pedir pra parar você para!</span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Eu prometo amor, relaxe que vai ser bom.</span></b></div>
<b id="docs-internal-guid-7251f14a-621e-2b1f-beff-51c85e4c861e" style="font-weight: normal;"><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Robson e Juliana eram namorados fazia 3 anos, se conheceram em um aniversário de um amigo em comum, e desde então não tiveram mais motivos para chorar. A vida era um mar de rosas para os dois, eles tinham a certeza absoluta de que haviam nascidos um para o outro, e qualquer um que os visse juntos achariam exatamente a mesma coisa. Esbanjavam felicidade onde quer que passassem, contagiando desde os idosos casados a mais de 50 anos, até os solitários cheios de espinhas na cara e habilidade zero com o sexo oposto. Eram o casal perfeito.</span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Recentemente o Robson colocou na cabeça que já estava na hora de avançarem um passo nessa relação. Queria de qualquer jeito mexer no que estava quieto. A semana anterior havia sido um inferno a vida da Juliana, ela estava apreensiva, sabia o que seu amor queria mas não tinha certeza se era a hora certa para aquilo. Esse era um passo muito grande em qualquer relacionamento e mudaria para sempre a vida desses jovens. Mas por amor e um pouco de caridade ela finalmente aceitou, seria agora, a tão esperada hora do juízo final, o que definiria sua vida amorosa para todo o sempre. Chegou a hora do grande prêmio. Eles fariam anal.</span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Está pronta querida? Isso, fique assim e não se mexa, deixa que eu faço tudo, só respire, feche os olhos e relaxe.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Ok, vamos logo com isso que quanto antes terminar mais rápido eu paro de tremer.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Lá vai então, e saiba Ju, eu realmente te amo.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Também te amo Robson.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Bom, é agora. Tá indo, huuuuuummm...</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> “POFT!!!”</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Aiiiiiiiiiii Robsoooooooooonnnnnnnnn.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Mas... que diabos... puta merda, o que é isso ai, meu Deus do céu!</span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> <i>“Há dezessete anos atrás, um poderoso demônio conhecido como Analsim aterrorizou um vilarejo budista no interior da China, matou milhares de mulheres e quase devastou com o mundo. Monges se reuniram em volta de uma fogueira sagrada para decidir como impediriam que aquele massacre continuasse. Iang Xing Lou, o mais velho e sábio do grupo, resolveu que teriam de invocar a grande magia ancestral proibida. Que consistia em embebedar o demônio e prendê-lo em uma garrafa de yakult. Mas esse era apenas o começo da solução, pois o poderoso Analsim só poderia ficar preso por algumas semanas, e logo ele se libertaria e voltaria mais forte do que nunca para se vingar. Eles então resolveram que a inocência seria a unica arma forte o suficiente para que ele jamais se soltasse, e vieram para o Brasil encontrar a forma mais pura de inocência. Como eles não possuíam televisão, realmente acharam que encontrariam, logo aqui, uma menina saudável e pura que servisse de morada para o assassino infernal. Encontraram a Juliana por acaso, no dia do seu aniversário de 6 anos. Ela não era uma criança bonita, e provavelmente não se tornaria em uma mulher bonita, então era perfeita para a missão dos monges. Sem que ela, ou a polícia percebessem, os monges realizaram o seu ritual e colocaram o terrível Analsim em modo de hibernação dentro da garotinha. Ela jamais iria descobrir o que estava dentro dela, a não ser que...”</i></span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O lacre de proteção foi rompido graças a ação inconsequente do Robson, uma luz vermelha apareceu após o rompimento e algo enorme e monstruoso começou a sair de dentro da Juliana, que, desesperada, gritou alto. Mas seu grito não durou muito tempo, pois Analsim se liberou e fez um regaço de dentro pra fora na pobre garota. </span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Sua forma era grotesca, e banhado com o sangue de sua antiga hospedeira, sorriu sarcasticamente para o Robson antes de sair voando pela janela e começar a sua nova era de morte e destruição. </span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Analsim tinha uma preferência por matar mulheres impuras, e como começou invadindo todo baile funk que encontrava, ninguém se importou. Depois foi para as reuniões de feministas, e novamente ninguém se importou. Acabando com todas, invadiu as missas, quem se importou continuou não indo para o céu, e após matar a presidenta do Brasil, as forças de segurança resolveram deixar ele terminar e ir para outro país.</span></div>
<br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Todas as mulheres se foram, o mundo nunca foi tão gay, mas todos se acostumaram com a ideia e continuaram não se importando. Mesmo após pilhas e mais pilhas de louça sem lavar terem se acumulado em toda casa sobrevivente, ninguém se importou. Nem mesmo o Robson ligou para esses acontecimentos, pois agora ele tava comendo cu adoidado, e viveu assim, feliz para sempre... </span></b>Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-24886561581026699192013-04-13T16:10:00.001-03:002013-04-13T16:10:37.492-03:00Breve diálogo sobre o destino, bebidas e mulheres<p><a href="http://lh5.ggpht.com/-Dw0dLg92crs/UWmtpufFFfI/AAAAAAAAAMQ/Ip8ZNjYdUJs/s1600-h/DMqMIX3cN-A%25255B6%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="DMqMIX3cN-A" border="0" alt="DMqMIX3cN-A" src="http://lh3.ggpht.com/-d_s3SfPK2Dg/UWmtqhfDBLI/AAAAAAAAAMY/hfd7ZwkSxG0/DMqMIX3cN-A_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="367" height="189" /></a> </p> <p><strong>-</strong> A felicidade mora logo ali...</p> <p>- Tem alguma gostosa morando nessa casa?</p> <p>- O que? Não... porra cara, você só pensa nisso?</p> <p>- Foi o que pareceu, afinal, do que você está falando?</p> <p>- Da felicidade, da possibilidade de uma felicidade infinita nos esperando sobre nossas cabeças.</p> <p>- Você tá maluco cara, andou fumando um? Bem, que seja, sabe a Carlinha? Então, tá afinzona de você.</p> <p>- Eu sei, conversei com ela esses dias, mas não vai rolar nada não.</p> <p>- Como assim não vai rolar nada? Ela é a maior gostosa cara, aquele corpinho delicioso. Nossa, como alguém pode resistir a isso?</p> <p>- Ela é muito ignorante, só sabe falar sobre funk e na primeira oportunidade que teve já citou sexo, não é pra mim.</p> <p>- Tá aí cara, ela só quer transar, mais perfeita ainda. Te digo uma coisa, você é o maior viadão se não comer ela.</p> <p>- Já tenho 25 anos, cansei dessa coisa de sexo sem compromisso, quero alguém pra ficar junto de mim, que eu possa conversar e me sentir a vontade. Não tenho assunto com essa menina, e se for pra ter uma transa rápida, sem compromisso, sem paixão e com arrependimento no final eu bato uma punheta, que dá na mesma.</p> <p>- To te estranhando meu amigo, acho que você é uma bichona.</p> <p>- Esse seu pensamento é bem estúpido sabia disso? Não é porque eu não quero transar com alguém que eu não gosto que eu vou ser gay. Toda ação tem uma consequência, e acredito que se eu fizer essa escolha minha vida vai seguir o caminho errado no mapa do meu destino.</p> <p>- Nossa, e agora, do que você tá falando seu louco?</p> <p>- Eu acredito que existe um mapa do nosso destino, toda a nossa vida já está pré-programada com acontecimentos que podem ou não serem benéficos a nós mesmos. Mas esses acontecimentos podem variar dependendo de nossas escolhas. Deixa eu explicar dessa maneira: Você resolve encher a cara em uma quarta-feira a tarde, porque está sem nada pra fazer. A linha do mapa do destino está reta até esse momento, mas ela pode seguir para dois caminhos distintos, para cima ou para baixo. Para cima ela irá se você resolver que não deve beber, e sóbrio, você irá conhecer uma bela moça que tem tudo a ver com você, vão conversar por um longo tempo e ela irá começar a gostar de verdade de você. Após isso você ficará tão feliz e excitado que no dia seguinte seu rendimento no trabalho será tão espetacular e criativo que seu chefe finalmente irá te dar aquela promoção que você tanto quis, sua renda irá aumentar, você irá, eventualmente, se casar com aquela moça e vai poder comprar um apartamento dos sonhos para os dois.</p> <p>- E caso eu resolva beber nesse dia?</p> <p>- Aí a linha irá para baixo, como você já estava levemente embriagado quando conheceu essa moça e acabou falando um par de bosta para ela, perdeu a chance e ela não se interessou nem um pouco por você. Então você bebeu mais, trancado em seu quarto ouvindo música até altas horas da madrugada. Ficou deprimido, chorou e se perguntou várias vezes do porquê de ninguém te amar. No dia seguinte foi trabalhar de ressaca, não produziu absolutamente nada e não se destacou. Ficou nesse cargo para sempre, morando com a mãe e só conseguiu se casar aos 40 anos, quando, finalmente, fez uma escolha certa que o levou para cima do mapa do destino, logo antes de chegar ao fim da página que tantas escolhas erradas te levaram.</p> <p>- Acho isso um bando de baboseira, Deus sabe o que faz, e nosso destino só tem uma linha que é guiada por Ele.</p> <p>- Não estou descartando a possibilidade de existir um Deus, só estou falando sobre causa e consequência, que cada escolha de nossas vidas podem nos levar para um caminho diferente. Mas jamais saberemos ao certo, se eu faço uma escolha só verei as consequências daquela escolha, não tem como voltar e escolher novamente para saber como poderia ter sido. O unico jeito é lidarmos com aquela que fizemos e seguir em frente, se for errada, na próxima já estaremos mais maduros para acertarmos, e assim a vida segue… </p> <p>- Tá bom, esse papo está me dando dor de cabeça, e aí, vai comer aquela menina ou não?</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-1973957074035730542013-03-29T19:21:00.001-03:002013-03-29T20:02:27.491-03:00Roteiro pornô detalhado<p align="center"> <strong>Lanchonete dos prazeres</strong></p> <p align="center"><a href="http://lh5.ggpht.com/-OXkx8grCMG4/UVYTv6Sv2jI/AAAAAAAAALY/cVNZkRLSDX4/s1600-h/gretchen-posa-em-lanchonete-no-ultimo-ensaio-sensual-antes-de-participar-de-a-fazenda-5-1340835957964_956x500%25255B4%25255D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="gretchen-posa-em-lanchonete-no-ultimo-ensaio-sensual-antes-de-participar-de-a-fazenda-5-1340835957964_956x500" border="0" alt="gretchen-posa-em-lanchonete-no-ultimo-ensaio-sensual-antes-de-participar-de-a-fazenda-5-1340835957964_956x500" src="http://lh5.ggpht.com/-E9yoNMJY-5s/UVYTwl6k2mI/AAAAAAAAALg/VOaw_DkPTns/gretchen-posa-em-lanchonete-no-ultimo-ensaio-sensual-antes-de-participar-de-a-fazenda-5-1340835957964_956x500_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="322" height="126" /></a> </p> <p>  Eu caminhei. Desde que eu era uma adolescente mimada gorda e sem bunda, eu procurava o amor da minha vida, foi aí então que eu comecei a andar. Ainda estou a procura do meu príncipe encantado, mas agora, sendo mais velha e muito mais atraente, a procura parece ter ficado um pouco mais fácil, mas ainda assim eu preciso caminhar. Estava escuro naquela noite, como tinha que ser, se eu não me engano, e o vento soprava forte, quase destruindo com a física perfeita do meu tomara-que-caia. Ele estava em algum lugar por aqui, eu tinha certeza disso, então continuei caminhando. Meus pés calejavam dentro dessa bota, eu deveria ter vindo de crocs, mas como encontrar o amor da minha vida usando crocs? Feito impossível até para alguém como eu, linda e charmosa, mas com um enorme vazio dentro do meu peito generoso. Um homem me parou na rua, queria alguns trocados ou algo do tipo, mas eu não dei atenção a ele, não era o meu príncipe encantado, eu tinha certeza absoluta disso. Então eu caminhei um pouco mais. A noite já estava se dissipando e levando junto a ela todas as minhas esperanças de encontrar o meu amor. Eu só gostaria que o universo me desse alguma pista de como ele era, como identificar a minha alma gêmea no meio de tantos homens incríveis? Mas algo me dizia que eu estava perto. Entrei em uma lanchonete do tipo fast food 24 horas para recuperar as minhas forças. Estava inteiramente vazia, nenhum cliente, nenhum funcionário a vista, então resolvi me sentar. Fiquei sentada por mais ou menos 20 minutos, até que um rapaz magro e com espinhas na cara saiu de dentro de uma portinha e, enxugando as mãos em seu avental, veio ao meu encontro. De perto ele até que era bonitinho, e suas primeiras palavras me convenceram a me entregar de corpo e alma para aquele menininho. Seu “posso ajuda-la?” me fez perceber que finalmente havia encontrado a minha cara metade, e no meio daquela lanchonete empoeirada…</p> <p>Transamos</p> <p align="center"><strong>O guarda-rolas</strong></p> <p align="center"><a href="http://lh5.ggpht.com/-dj-3AjhLqsQ/UVYTxEw2ftI/AAAAAAAAALo/wC2KVubHpfw/s1600-h/000632%25255B8%25255D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="000632" border="0" alt="000632" src="http://lh6.ggpht.com/-Tn0Dnot4wSM/UVYTxxX8t0I/AAAAAAAAALw/JjQK4Db0UZg/000632_thumb%25255B6%25255D.jpg?imgmax=800" width="337" height="121" /></a> </p> <p>  Eu estava tão ansiosa que quase não dormi na noite passada. Meu guarda-roupas novo deveria ter chegado pela manhã, mas por um problema com o meu endereço ele só iria chegar durante a tarde. Foi minha primeira aquisição realmente cara que comprei com o meu novíssimo cartão de crédito, e essa demora para chegar estava me angustiando demais, já não aguentava mais ver todas as minhas roupas jogadas sobre a cama de solteira que ganhei de minha falecida mamãe. Eu teria de dar uma bronca nos montadores quando eles chegassem, sim, é exatamente isso que eu farei. Mas será que eles tem culpa? Dane-se, o mensageiro sempre é o que mais sofre, eles são pagos para isso. Já são sete horas da noite, será que eles ainda virão? Não vou aguentar mais uma noite dessas, eu preciso urgente desse meu guarda-roupas. Barulho de caminhão, oba, devem ser eles. Campainha tocou, deixa eu correr para abrir o portão. <br />- Oi moço, até que enfim hein? Calma ai, é só você? Como você vai montar um guarda-roupas inteiro sozinho? <br />- Boa noite madame, desculpe a demora, eu não consegui encontrar fácil esse endereço. Nosso horário de entregas já terminou e meu companheiro foi embora, mas eu não iria deixar você esperando mais um dia, então vim sozinho mesmo. Mas não se preocupe, eu montei todos os móveis da minha ex mulher sozinho, e esse guarda-roupas não será um problema. <br />  Ele entrou e começou a trabalhar, em menos de uma hora já estava tudo pronto. Entrei no quarto para ver o resultado e estava perfeito, ele estava sem camisa e suado, mas meu guarda-roupas estava montado e lindo. Um sorriso enorme de satisfação apareceu em meu rosto, eu estava muito agradecida, muito agradecida mesmo, tanto que coloquei a minha mão em seu peito definido e…</p> <p>Transamos</p> <p align="center"><strong>A 3ª pessoa</strong></p> <p align="center"><a href="http://lh4.ggpht.com/-G-gc7VIhSxY/UVYTyvsbYaI/AAAAAAAAAL4/rPBEGXDYRqw/s1600-h/Ele%25255B5%25255D.jpg"><img style="border-right-width: 0px; display: inline; border-top-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px" title="Ele" border="0" alt="Ele" src="http://lh3.ggpht.com/-8vU2UpKapm8/UVYTzaNHyyI/AAAAAAAAAMA/nxL7P43KdMs/Ele_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="326" height="118" /></a> </p> <p>    Ele estava sentado em sua mesa, trabalhando em alguns projetos mais ou menos importantes quando ele ouve duas batidas em sua porta. Carlão se levanta para ver quem era a essas horas, e para sua surpresa era Alicia, sobrinha do amigo de seu pai: <br />- Boa noite Carlão, desculpe te incomodar a essa hora da noite, mas é que eu estava sozinha lá em casa e acabei ficando sem açúcar, você pode me emprestar um pouco? <br />  Alicia tinha acabado de completar 18 aninhos, ele estava lá no dia da festa, se lembrou quando ela tinha bebido demais e sentado no seu colo. Que delícia foi aquilo. Mas ele logo a espantou pois não queria que os outros pensassem alguma coisa. <br />  Ela entrou na casa do Carlão e foi direto para a cozinha, ela sabia muito bem onde o açúcar estava, na parte de cima da prateleira. Sem pedir permissão ela subiu em uma cadeira, estava usando uma saia curta e logo Carlão percebeu que não estava de calcinha. <br />  Fez uma ceninha com a bunda levantada, provocando todos os instintos sexuais de Carlão. <br />- Você pode segurar nas minhas pernas para eu não cair? <br />  Carlão o fez. Logo em seguida ela pegou o pote de açúcar e perguntou se não podia descansar um pouco no sofá, estava cansada da viagem de duas quadras até ali. <br />- Quer uma cerveja? Carlão perguntou. <br />- Por favor, ela eroticamente respondeu. <br />  Quando sentaram no sofá e abriram sua latinha, ela foi se aproximando cada vez mais, até que colocou sua mão no membro viril do Carlão, que ficou sem reação.</p> <p>  Nesse momento o colega de quarto do Carlão apareceu, um jovem alto e bonito que estudava administração na faculdade Estadual ali perto. Ele viu aquela cena e, como um lobisomem, tirou a camisa assim, do nada. Sem nem perguntar se podia participar. Ah mas ele podia, todo mundo ali sabia que ele podia, saltou para o meio da diversão e…</p> <p>  Transaram</p> <p> </p> <p>  <strong>Nota do escritor:</strong></p> <p>  Sexo é sempre igual, só muda a quantidade de participantes e de vez em quando a posição. O que importa mesmo é a história, magníficas histórias escritas pelos melhores roteiristas de Hollywood. É sempre uma reviravolta fascinante que acaba em prazer mútuo. Assistam mais pornôs. Divulguem mais pornôs. Façam mais pornôs. Por favor!</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-24467294319205906402013-03-27T19:16:00.001-03:002013-03-27T19:16:11.593-03:00Motociclista selvagem a 30 km/h<p><a href="http://lh3.ggpht.com/-E3xgm-O-AYs/UVNvp_SkEmI/AAAAAAAAALA/HUHZeUdqV8Q/s1600-h/motoqueirosselvagens01%25255B6%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="motoqueirosselvagens01" border="0" alt="motoqueirosselvagens01" src="http://lh3.ggpht.com/-tNMupvWMRdQ/UVNvqdbGB6I/AAAAAAAAALI/XcZwmCaGz0U/motoqueirosselvagens01_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="341" height="194" /></a> </p> <p>  Essa é a história de Diony, um motociclista malvadão, bigodudo, com jaqueta de couro e piercing no nariz. Ele seria o típico estereótipo de filmes americanos ao qual você já está acostumado a ver, se não fosse por alguns probleminhas: Ele tem um ótimo coração, só a cara é de mal. Seu bigode acabou de sair da puberdade e é apenas um fio raso que olhando de longe parece sujeira, sua jaqueta de couro é falsa e ainda por cima é marrom claro e seu piercing no nariz é uma pequena bolinha prateada. </p> <p>  Mas a parte mais importante de todo motociclista é a sua moto. E o pequeno Diony possui uma Biz 125, mas em sua cabeça o que ele realmente tem é uma Harley Davidson. Sua Biz é toda preta, incrementada com bolsas de couro dos dois lados e uma atrás, a tampa do seu tanque de combustível é em formato de caveira (mesmo que ninguém possa ver), seu guidão foi modificado para ficar na altura da cabeça e seu escape faz um barulho tão alto e tão irritante quanto uma ex-freira perdendo a virgindade. </p> <p>  Mas ninguém tira sarro dele não, nos encontros de motociclista ele cumprimenta todo mundo, admira toda moto e sempre é tratado com o maior respeito do mundo. A pena faz isso por si só. <br />  Ele chegou até formar seu próprio moto clube, os “Bizcoiteros”, porque ele tem uma biz, e na infância foi um escoteiro vendedor de biscoitos. Faz todo o sentido, é claro. Ele e seu sócio são os unicos membros por motivos desconhecidos. E seu sócio nem moto tem. </p> <p>  Outro detalhe sobre o Diony, é que ele odeia velocidade. Se caga de medo de andar rápido, e certa vez ele foi levar a sua namoradinha até o cinema, e ela perguntou:</p> <p>- Diony, por que você anda tão devagar na BR? Você pode acelerar mais essa moto, sabia disso? <br />- Amor, eu andei a minha vida inteira de ônibus e demorava em média 45 minutos para chegar até aqui. Hoje eu tenho uma moto e posso chegar em 10 minutos. Por que eu arriscaria a minha vida e, mais importante, a sua, só para chegar em 8?</p> <p>  Resposta inteligente, admito, mas ainda não tira o fato de ele ser um bundão. </p> <p>  Um dia ele parou em um posto de gasolina para abastecer seus cinco reais, e uma Harley parou ao seu lado. Diony não se aguentou e teve que ir falar com o dono daquela maravilha que ele sempre sonhou ter. Ele era um homem de meia idade barbudo usando um relógio no pulso que pagaria a Biz e a dignidade do jovem garoto que ainda teria de devolver troco.</p> <p>- Nossa, tesão essa moto ai né tio? Brilhante, pira demais esse modelo. <br />- É mesmo, mas tira a mão <br />- Quanto custa uma belezura dessas? Deve passar dos 50 mil né não? <br />- Passa, mas tira a mão. <br />- E esse botão aqui? Nunca vi ele em moto alguma cara, o que ele faz. <br />- Liga, e tira a mão <br />- Foda, já pegou 200 km/h nela? <br />- Já sim, e tira a porra da mão por favor! <br />- Demais cara, parabéns ai. Posso dar uma volta? Só aqui dentro do pátio. <br />- Você só pode estar maluco.</p> <p>  Ele subiu e foi embora, sem nem ter tempo de abastecer, e o Diony ficou lá, babando e sonhando em um dia poder comprar pelo menos um pedal daquela perfeição. </p> <p>  Tadinho do pobre Diony, a piada quieta mais óbvia por onde quer que passasse. Mas em sua cabeça ele apavorava, nunca imaginou que as pessoas tirassem sarro quando ele não estava por perto. Que seus vizinhos odiavam o barulho de sua motinha e que sua namorada só estava com ele por causa de uma aposta. E como quase todo personagem imbecil de minhas histórias acabam morrendo no final, certo dia ele estava andando a 30 km/h em uma avenida, ouvindo seu mp3 no aleatório com as 3 unicas bandas que ele conhecia (ac/dc, metallica e iron maiden) e veio um carro desgovernado lotado de funkeiros embriagados que bateram na lateral de sua moto, fazendo ele voar a alguns metros de distância e bater a cabeça no chão, e como seu capacete era uma tampa de ferro amarrada com uma cordinha fraca, ele morreu na hora. Os funkeiros fugiram e jamais foram pegos, e testemunhas afirmam que eles não deveriam ser pegos.</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-32312218449511246842013-03-25T22:16:00.001-03:002013-03-25T22:16:12.054-03:00Meu ânus na idade média<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-iTm1BDK5tVI/UVD21r19XvI/AAAAAAAAAKo/mL5dlK41G-k/s1600-h/medicina_idade_media_02%25255B6%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="medicina_idade_media_02" border="0" alt="medicina_idade_media_02" src="http://lh4.ggpht.com/-om8Yboy6N78/UVD22Zc6fuI/AAAAAAAAAKw/NjfMvOae3fY/medicina_idade_media_02_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="331" height="194" /></a> </p> <p>- Sir Leonard, Sir Tomaz , encontramos esse viajante que diz ter informações valiosas sobre a peste que está assolando o nosso vilarejo. <br />- Interessante, mande-o entrar agora mesmo.</p> <p>  Quando o meu ânus adentrou ao recinto, trajando uma pesada pele de filhote de coelho azul por baixo de uma armadura feita de penas de galinhas no cio, Sir Leonard se levantou rapidamente, espantado com a aparência inédita daquele ser, e se aproximou da cavidade vermelha e brilhante para apreciar sua forma tão exuberante.</p> <p>- Sério? Um cu viajante com informações sobre a peste? Deve ser complicado pra você andar a cavalo.</p> <p>  Todos os senhores gargalharam profundamente dessa situação, mas o ânus não se rebaixou, e com um gesto rápido e grosseiro, ele tossiu e começou a falar:</p> <p>- Com todo respeito, se o senhor com essa enorme e fedorenta bunda consegue cavalgar, eu também consigo. O unico problema real seria se eu montasse em um garanhão acrobata que corre de ponta cabeça, mas isso seria desconfortável para qualquer um de vocês. E sim, eu falo e tenho a habilidade de raciocinar, isso mesmo, as duas coisas ao mesmo tempo, duvido algum de vocês fazerem isso.</p> <p>  Os senhores da casa ficaram em silêncio, se entreolharam meio envergonhados por terem julgado precocemente a bunda alheia, mas antes que o Sir Tomaz pudesse dizer algo inteligente ou começar a chorar, as trombetas soaram do lado de fora, uma vez indicando a hora do almoço, duas vezes indicando açoitamento, três vezes indicando que a mulher do general Olário estava dando para outro e quatro vezes, para a felicidade de muita gente, invasão.</p> <p>- Estamos sendo atacados, vamos, peguem suas espadas. Ânus, você sabe lutar? <br />- Se sei? Nas terras distantes abaixo do sul, um guerreiro brilhante nascido de um cu, lutou e matou vendo o sangue jorrar, acima dos homens, por terra ou por ar. Vivíamos assim até que parti… <br />- Cara, eu fiz um pergunta simples. Sim ou não. Se eu quisesse ouvir poesia de merda eu iria pro futuro.</p> <p>  Os guerreiros inimigos marcharam pelo vale silencioso até chegarem aos portões de Raizen, munidos de espadas e escudos – e um louco com um pedaço de pau – gritavam palavras em alguma língua desconhecida enquanto batiam em suas próprias cabeças protegidas por elmos dourados. A batalha se deu início quando o maluco com o pedaço de pau ficou nu no meio da multidão, e a barbárie começou.</p> <p>  O exército de Raizen estava em vantagem por possuírem mulheres em campo, irritando os inimigos como só elas conseguem irritar, e além disso o ânus era deveras habilidoso com a lança. O sangue jorrava para todos os lados, o chão logo ficou vermelho e pegajoso, o exército inimigo estava prestes a se render, quando o maluco pelado com um pedaço de pau correu em direção ao cu e defecou sobre sua boca. Todos pararam nesse momento, o nojo e a raiva cresceu de uma forma tão intensa que o exército inimigo bateu em retirada, correndo e gritando feito um bando de adolescentes na palestra do Justin Bieber medieval que aconteceu semana passada.</p> <p>  O terreno ficou limpo, então Si Leonard se aproximou de meu ânus para ver a sua situação. <br />- Como você está garotinho? <br />- A… merda… deveria…sair…não…entrar <br />- Você vai ficar bem, eu prometo, isso não parece ser algo grave. <br />- Hemo…cof cof… rróidas. A pior… das pestes…estou conde…conde… <br />- De Monte cristo? Esse filme ainda nem lançou <br />- Condenado. Avise minha… família <br />- Você não pode morrer, e aquela informação importante sobre a peste que você tinha para nos dar? Por favor cu, precisamos de sua ajuda para descobrir como se acaba com isso. Esforce-se, pelo bem de todos. <br />- A peste… a peste… ela… mata</p> <p>  Nesse momento meu ânus fechou o olho para nunca mais abrir. Os cavaleiros se olharam, tristes e indignados. Aquele cuzão veio até aqui pra nos dizer algo tão óbvio? Tomar nele mesmo. E gradualmente todos do vilarejo morreram de hemorróidas. O maluco pelado com o pedaço de pau foi cruelmente empalado. Aquela parte do mundo se extinguiu por gerações. Até que 500 anos depois, viajantes do espaço retiraram a maldição daquelas terras, se fixaram e até hoje podem ser vistos andando por lá. A antiga Raizen, destruída e deserta, hoje se chama Acre, quase destruída e parcialmente deserta. </p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-60938193654909596492013-03-22T19:29:00.001-03:002013-03-22T19:29:25.782-03:00Aquele menininho bobo<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-qu9oDOJaY6w/UUzbPsTZYeI/AAAAAAAAAKQ/7kmOP13w03Q/s1600-h/img_25984_michael-cera%25255B6%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="img_25984_michael-cera" border="0" alt="img_25984_michael-cera" src="http://lh3.ggpht.com/-kdZ4rKvOAts/UUzbQjh0mZI/AAAAAAAAAKY/uM1y5VCatAM/img_25984_michael-cera_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="306" height="214" /></a> </p> <p>  Aquele menininho bobo arrumou uma namoradinha. Bem bonita até, para os padrões de beleza dele, peitinhos, bundinha, perninha depilada com ralador e babosa, jeitosinha, tudo um filé. Eles eram exatamente como aqueles casais chatos que brotam na sua frente a cada esquina quando você está solteiro. Andavam sempre agarradinhos, se beijando a cada três passos e aquelas conversas irritantes de quem está apenas se conhecendo mas já planejaram até os nomes dos netos em pensamento. Eles pareciam felizes, mas aquele menininho era muito bobo, ahh como ele era bobinho.</p> <p>  Saíram duas vezes juntos, na primeira passearam no parque, ele nunca tinha parado para prestar atenção na natureza, e não foi dessa vez que ele prestou. Ela estava de decote. Na segunda foram ao Shopping para verem um filme no cinema. Romântico, ele tirou dinheiro da bunda para agradar sua conquista, pagou pipoca, doces e ao final do filme recebeu um beijo demorado e molhado como retribuição. No escuro, qualquer baba é só suor. </p> <p>  No terceiro encontro foram para a casa dele ver um filme, aquele menininho era tão bobo que a fez deitar em sua cama, ela aceitou de bom grado, e a coisa mais excitante que ele fez foi beijar o seu pescoço, e isso porque estava escuro e ele errou a boca. Quase no final do filme, ele extasiado e ela dando suspiros de leve, o garotinho bobo resolve que essa era a hora certa, olhou bem nos olhos da menina e com a voz mais romântica que conseguiu achar em suas cordas vocais falhadas, disse as seguintes palavras: “Eu acho que eu te amo”. Ela fez cara de surpresa e respondeu com um singelo: “Nossa, isso me deixa muito feliz”. Terceiro encontro garotinho bobo, terceiro encontro. Sabe o que aconteceu com ele depois disso? </p> <p>  <strong>Pé na sua bunda menininho imbecil. Seu retardado. Cabaço de merda. Toma!</strong></p> <p>  Ele passou um bom tempo triste, pra baixo, querendo se matar. Sua mentalidade boba não o permitia perceber do porquê de ter dado errado, afinal, eles eram tão felizes. Será que foi alguma coisa que eu disse? Pensava o jovem bobinho. Seus poucos amigos tentaram ajuda-lo, levando ele a festas e até para a igreja. Certo dia um desses amigos o apresentou a outra garota, linda, simpática, peitinhos, bunda, enfim. Aquelas mesmas coisas da primeira mas com alguns centímetros a menos de boca. Eles começaram a se falar regularmente, a vontade de viver estava voltando para o menininho, ele se sentia novamente alguém saudável, feliz, forte mas ainda boboca. Um dia se encontraram, foi maravilhoso ver ela pessoalmente e descobrir que era ainda mais bonita do que nas fotos. Fez de tudo para faze-la feliz, mas infelizmente fez tudo o que <strong>ele</strong> achava que deixaria ela feliz, e como vocês já devem ter descoberto, ele era muito bobo. A coisa começou a esfriar entre os dois, ele ficou desesperado, queria porque queria estar com ela, e se tornou alguém grudento e irritante. Certo dia ele ficou bêbado, isso raramente acontecia mas era uma ocasião especial. E logo nesse dia ela veio falar com ele. O garotinho, bobinho que era, se declarou. Disse que estava muito afim de ficar com ela, queria muito experimentar seu beijo, que achava que ela era a mulher de sua vida e que o destino os haviam juntados por uma razão. Ela ficou sem palavras, mas o destino não, o destino falou bem alto para todo mundo ouvir. E sabem o que o destino disse?</p> <p><strong>Pé na sua bunda menininho imbecil. Seu retardado. Cabaço de merda. Toma!</strong></p> <p>  Quase desistindo de tudo, o menininho decidiu de que nunca mais se apaixonaria. Ele já estava fazendo tanto sexo mesmo, que estava até ficando com calo nas mãos. Amor nunca mais disse ele, prostitutas e bebidas é o que eu terei a partir de agora. Juntou uma graninha e foi pro bar. Lá ficou bêbado, conheceu pessoas novas, riu até jogar cerveja pelo nariz, cantou a garçonete e quase no fim da noite olhou para seu amigo e disse: “Vamu pro puteiro?” Recebeu uma resposta igualmente animadora: “Vamu nessa”.</p> <p>  Chegaram no recinto e a beleza estava por todos os lados, exceto na mesa do canto esquerdo, que tinha um velho tirando a roupa e seguranças o encoxando. Escolheu a mais top e subiram até o quarto. Chegando lá ela pediu para que ele ficasse à vontade enquanto ela tomava um banho rápido para tirar os resquícios nojentos de dez minutos atrás. Ele ficou nu e deitou na cama. Quando ela voltou, disse que as regras da casa eram de pagar antes, para ela mesmo, e ele foi mexer em suas calças para pegar sua carteira. Abriu e tinha uma nota de cem, que retirou com orgulho e a esticou para a madame. Ela fez cara de puta (<strike>sem trocadilhos</strike>) e disse que meia hora eram 250. Droga seu menininho bobo, você tinha isso, porque foi gastar tudo no bar pagando bebidas para quem você nem conhecia? O resultado disso vocês já devem imaginar, mas não custa nada dizer o que o futuro do pobre garotinho bobo lhe reservou:</p> <p><strong>Pé na sua bunda menininho imbecil. Seu retardado. Cabaço de merda. Seu escroto do caralho. Vê se aprende a ser gente. Toma que é de graça!</strong></p> <p><strong>  </strong>E assim terminou a saga em busca de um amor daquele garotinho. Deus do céu como ele era bobo. Consequentemente um dia ele cresceu e virou adulto, um bostão, mas um bostão adulto. Foi feito de trouxa por um mendigo e acabou assassinando o coitado. 25 anos de cadeira, um bobalhão na cadeia. Pobre homem, pobre homem…</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-50701967189905222612013-03-13T19:35:00.001-03:002013-03-13T19:35:10.649-03:00Sabedoria de beira de estrada<p><a href="http://lh6.ggpht.com/-NofabXnW98E/UUD_FzgKCCI/AAAAAAAAAJ4/4naJXXQIXJI/s1600-h/009020%25255B6%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="009020" border="0" alt="009020" src="http://lh5.ggpht.com/-w_xQ53-s1LU/UUD_HC0UY-I/AAAAAAAAAKA/sWpf_TY1XWI/009020_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="338" height="189" /></a> </p> <p>  Alan era garçom de uma lanchonete de beira de estrada, daquelas bem fuleiras mesmo, que se não tivesse uma placa monstruosa na fachada frontal com os dizeres “LANCHONETE”, as pessoas que passassem pela frente iriam imaginar que se tratava simplesmente de um abatedor de carne feminina vencida, vulgo puteiro de 5ª categoria. </p> <p>  O jovem de 25 anos trabalhava com uma expressão meio abatida, mas nunca deixando de atender bem os clientes que se arriscavam a comer aquela comida de procedência duvidosa ou a beber uma cervejinha quase gelada direto do bico da long neck empoeirada. </p> <p>  Nesse dia, um sábado a tarde tão abafado que fazia virilhas suarem até o ponto em que andar se transformava em uma tarefa dolorosa e irritante, entrou pela porta da lanchonete um caminhoneiro (TODOS eles são inconfundíveis, mesmo que você não enxergue o caminhão) e, chegando junto ao balcão onde o Alan estava tentando inutilmente tirar uma mancha que parecia ter vindo de fábrica, falou:</p> <p>- Garoto, eu quero um X-Mignon com bastante pimenta e nenhuma salada. <br />- Desculpe senhor, o nosso cardápio é esse que está ali em cima, infelizmente não possuímos X-Mignon, mas se o senhor desejar o nosso hambúrguer caseiro é maravilhoso. <br />- Muluque, eu quero a porra de um X-Mignon, não quero merda nenhuma de hambúrguer. Vai lá fazer o que eu pedi porque eu to com pressa. <br />- Moço, nós não temos Mignon, não podemos fazer um X-Mignon sem isso, desculpe, mas o que está no cardápio é tudo o que temos.</p> <p>  Irritado, o caminhoneiro bateu forte no balcão e começou a desferir milhares de ofensas ao pobre Alan, que manteve a sua reação natural até que ele parasse de falar e se acalmasse um pouco, quando isso aconteceu, Alan disse calmamente:</p> <p>- Senhor, é o seguinte. Eu sou apenas um funcionário aqui, não sou o dono e nem tenho um açougue nos fundos dessa loja, eu te tratei muito bem, não fui ignorante com o senhor e só quero que você entenda que não podemos fazer um produto fora do cardápio, porque não possuímos o ingrediente. Não tem porque você me tratar tão mal assim, mas se desejar, aquele senhor sentado ali é o gerente, ele também não vai resolver o seu problema porque normalmente ele não costuma carregar um Mignon no bolso aos sábados, mas ele é pago para ouvir essas merdas que você está dizendo, diferente de mim. Então com licença, tenha um bom dia e, sei lá, volte sempre.</p> <p>  O caminhoneiro saiu batendo as botas no chão de raiva, e pra um símbolo de masculinidade que os caminhoneiros representam, ele pareceu bem boiolinha.</p> <p>  Uma moça bonita que estava perto da porta e ouviu tudo, se aproximou de Alan e começou a falar com ele:</p> <p>- Nossa, que cara ignorante, como você consegue manter a calma com clientes assim? <br />- Eu já estou muito cheio de problemas pra me importar com a falta de educação das pessoas. Acabei de ser demitido desse emprego, minha mãe está no hospital e descobri recentemente que minha mulher está me traindo com um cara tão musculoso que eu mal consigo enxergar a cabeça dele, e eu não posso fazer nada sobre isso. <br />- Nossa, que triste, mas existe sim algo que você pode fazer.</p> <p>  Transaram. A história termina assim, e a moral disso tudo é: nada está realmente perdido se você puder transar.</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-31759578807814935842013-03-04T10:15:00.001-03:002013-03-04T10:15:47.430-03:00A lenda da verdade perdida<p><a href="http://lh6.ggpht.com/-wQc6eONctx0/UTSefTGUZKI/AAAAAAAAAJg/gOH4HQ4Nq1Q/s1600-h/ornitorrinco%25255B5%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="ornitorrinco" border="0" alt="ornitorrinco" src="http://lh3.ggpht.com/-vYez9Cc6s-0/UTSegavxzNI/AAAAAAAAAJo/wsG3nDRVjQM/ornitorrinco_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="321" height="180" /></a> </p> <p>  A família Hilton vivia em uma mansão antiga e enorme no topo de uma colina rodeada de mato e estrelas, mas essas ultimas só era vistas em algumas horas do dia, o que intrigava o seu Orlando, pai de um lindo casal de crianças de 12 e 15 anos, Olaria e Olharão, respectivamente. Ele respeitava a natureza, mas não entendia nada sobre estrelas e planetas, e muito menos de cozinhar, o que não interessa em nada vocês saberem, mas serve como uma ponte para apresentar a sua mulher, dona Isaura, que também não cozinha, fazendo com que quase tudo nesse parágrafo de apresentação seja irrelevante para o resto da história, eu poderia simplesmente ter resumido tudo isso em uma unica linha, mas não seria a mesma coisa né? </p> <p>  Eles possuíam uma particularidade muito particular em seu meio privado, todos da família possuíam um medo real e doloroso de ornitorrincos. Esse medo tinha sido adquirido a várias gerações, passadas de pai pra filho a mais ou menos 200 anos, tudo começou na construção do castelo, o qual diziam que um ornitorrinco vivia no porão e amedrontava os moradores toda noite de lua quase cheia, mas a família Hilton sempre foi uma família orgulhosa – ou burra, se você preferir – e nunca pensaram em se mudar de lá.</p> <p>  Seu Orlando toda noite acendia a lareira da sala principal e contava histórias de guerras passadas para seus filhos, enquanto sua mulher se masturbava sozinha em seu quarto utilizando uma vela acessa e alguns grampos de cabelo:</p> <p>- “O ano era 1948, a guerra do Iraque estava em seu auge e vários soldados americanos e brasileiros foram convocados para lutar em nome da rainha. Seu avô era um combatente da 2ª Companhia de dona Olga, companhia essa que foi futuramente apelidada carinhosamente de ‘Amante’, e ele foi enviado até o coração da batalha para matar alguns africanos que estavam arregaçando a retaguarda dos quase extintos nazistas. Eu já comentei sobre os nazistas com vocês não é? Os odiadores de pão-de-ló da terra média. Pois bem, a batalha estava muito sangrenta e violenta, como toda guerra deve ser eu imagino, e seu avô acabou levando um tiro no ombro esquerdo. Sozinho, ensanguentado, bem no meio da floresta vasta e úmida do Iraque, ele encontrou uma luz em uma toca próximo dali. Era um ornitorrinco cruz-vermelha, uma espécie rara de ornitorrincos do leste europeu. Ele curou o meu pai que, muito agradecido, deu a ele algumas nozes e voltou pra guerra. No meio do combate o seu avô torceu o pulso tentando levantar sua metralhadora, começou a atirar em círculos e atingiu todos os aliados ao redor na cabeça, fazendo com que a guerra fosse perdida. Ele culpou o ornitorrinco por essa derrota e eles nunca mais se falaram.”</p> <p>- Mas pai, o senhor não falou que os ornitorrincos nos incomodam a mais de 200 anos? <br />- Sim Olharão, todas as guerras do mundo foram perdidas por causa desses seres imbecis. Mas amanhã eu conto outra para vocês, agora eu pedirei um fast food enquanto vocês vão lá para cima e ajudem sua mãe a secar a cama.</p> <p>  Nessa mesma madrugada, Olaria ficou curiosa e resolveu subir até o porão (ou seria descer até o porão? Quer saber? Não me importo). Chegando lá ela ouviu um barulho, não se assustou e resolveu andar mais um pouco. Um grito surgiu no silêncio e se extinguiu logo em seguida. Olaria nunca mais foi vista, nem mesmo por Olharão. Os ornitorrincos continuaram a vencer todas as guerras, e a família Hilton se desmoronou através dos anos…</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-33802336026405092462013-03-01T10:43:00.001-03:002013-03-01T10:43:42.866-03:00Uma linda história de amor terminada em tragédia<p><a href="http://lh5.ggpht.com/-mWlIxeveOKg/UTCwgNHQj4I/AAAAAAAAAJI/4PwVBP8bR9g/s1600-h/Julieta-e-Romeu%25255B5%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="Julieta-e-Romeu" border="0" alt="Julieta-e-Romeu" src="http://lh4.ggpht.com/-TEjPyXZjbyQ/UTCwiqvlOcI/AAAAAAAAAJQ/V_5YYh8ugfU/Julieta-e-Romeu_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="335" height="207" /></a> </p> <p>  Em uma cidadezinha do interior – não importa o estado, interior é tudo igual, só muda o sotaque e se o sexo é com cabras ou com jabuti – houve uma epidemia muito grave e quase mortal, que atingiu todos os homens na faixa dos 12 até os 65 anos. Um vírus espalhado pelo ar das bundas começou a transformar todas as suas vítimas em homossexuais. A ciência da cidade nunca conseguiu descobrir porque só atingiu os homens, já que o mais brilhante cientista estava muito ocupado desenvolvendo uma fórmula mágica para dar sem sentir dor, e acabou descobrindo eventualmente que essa fórmula se chamava amor. S2</p> <p>  Quem ficou mais preocupado com essa tragédia foram as mulheres, que perderam seus maridos e suas paqueras para maridos e paqueras de outras mulheres. O caos tomou conta da população, e após algumas semanas as fêmeas já estavam gritando a Deus pedindo misericórdia e O indagando do porquê das cabras não possuírem pênis. </p> <p>  Mas a salvação estava chegando, montado num burro, com jeito de cowboy num corpo de mulher, daquele tipo que não olha pra ninguém. Seu nome era Jack, munido de couro dos pés a cabeça, cansado mas com força, pistola na cintura e ereção no umbigo, pronto para qualquer batalha que pudesse acontecer. </p> <p>  Chegando na cidade ele logo foi ovacionado pela população, quando o primeiro homem chegou de mansinho por trás de Jack e deu aquela encoxada violenta que você se sente como se tivesse sentado em uma cadeira de bambu mal construída, e levou uma cotovelada no beiço que o fez voar por 3 metros e sair chorando como se fosse uma menininha que perdeu a virgindade no banco da bicicleta que nunca ligou de volta, as mulheres perceberam que aquele era macho, e dos bons. </p> <p>  Jack, após essa cena, fez uma espécie de duck face, inclinando ligeiramente a cabeça para a direita e pra cima, mostrando em seu perfil brilhante à luz do sol, que não estava para brincadeira. Todas as mulheres juntaram suas mãos sobre o peito e suspiraram forte o suficiente para alguns pulmões saírem pela boca. </p> <p>  A semana seguinte foi regada a sexo, Jack satisfez desde a recém menstruada até aquelas na menopausa, não tinha tempo ruim para ele, até que um dia ela apareceu. Angel era seu nome e seu rosto era mais excitante do que um drible seguido de gol bem executado no FIFA 2013. Jack se apaixonou no momento em que a viu, de frente, de costas, de lado, por cima e por baixo, ela era perfeita. Tinha um pé feio, mas isso Jack iria relevar porque o amor verdadeiro releva esse tipo de coisa, não importa o quão nojento seja.</p> <p>  Eles começaram a namorar e Jack nunca mais satisfez outra mulher da cidadezinha, o que levou elas a se enfurecerem ao ponto de assaltarem a plantação de cana da cidade vizinha para conseguirem acessórios de prazer. </p> <p>  Jack e Angel saíram da cidade algum tempo depois, foram para a cidade grande, onde casaram, compraram um apartamento de frente pro mar, tiveram 3 filhos e foram felizes para sempre…</p> <p> </p> <p> </p> <p>  Ahh, e o burro morreu</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-54944834602779643292013-02-28T17:45:00.001-03:002013-02-28T17:45:19.525-03:00Dos caminhos percorridos desde o choro até o sorriso<p><a href="http://lh6.ggpht.com/--cquh21ir3I/US_B1ettqrI/AAAAAAAAAIs/EVTudO4fLW4/s1600-h/solidao%25255B6%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="solidao" border="0" alt="solidao" src="http://lh3.ggpht.com/-lVcm8dYyfus/US_B3V8yQ6I/AAAAAAAAAI0/bB8ZwApRkDA/solidao_thumb%25255B4%25255D.jpg?imgmax=800" width="252" height="287" /></a> </p> <p>  Cansado, frustrado, infeliz.. Essa é a história de Eleandro, nascido na classe média alta, mas que fracassou em tudo na vida em razão de ter feito apenas escolhas erradas durante o caminho. Ele teve oportunidades de ser alguém, de ser feliz, mas jogou tudo isso fora inconscientemente durante anos em que preferiu se trancar no seu mundinho e fingir ser quem não era, em sua cabeça ele sempre foi superior do que todo mundo, e sua bolha fantasiosa o impediu de ver que ele era apenas uma piada para as pessoas. Nunca correu realmente atrás do que queria, sempre esperou que tudo fosse entregue em suas mãos. Se isso acontecia ele deixava de se importar com tal coisa em pouco tempo, se não acontecia ele logo se esquecia e bloqueava de sua mente. </p> <p>  Nunca foi muito bom com pessoas, não sabia interagir e nem fazia questão disso. A solidão, pensava ele, era sua sina, mas a falta de pessoas começou a atormenta-lo. Eleandro não odiava o mundo, pelo contrário, ele gostava de admirar o céu e pensar como era perfeito, aquele tom de azul maravilhoso sobre sua cabeça, recheado de nuvens fofas e lindas que pareciam ter sido moldadas uma a uma por mãos brilhantes e brincalhonas para divertir seu telespectador que poderia ter o privilégio de vê-las se transformar gradualmente naquilo em que ele gostaria de ver. O mundo era belo, a vida é que ele odiava. </p> <p>  Já tecnicamente mais maduro, Eleandro começou a rever seus conceitos de como havia vivido até agora. Ele estava na merda. Ninguém se aproximava dele, estava encalhado em contas, ele não tinha amigos, nunca havia tido uma namorada, até que certo dia alguém apareceu, e ele achou que era exatamente isso o que faltava para ele ser feliz. Por algum tempo ele achou que realmente foi feliz, mas o tempo foi passando e ela começou a incomoda-lo, não que ela fizesse alguma coisa para despertar esse sentimento nele, ela era até uma boa garota, romântica e de bem com a vida, mas na mente de Eleandro ela era feliz demais, boa demais, perfeita demais e isso não combinava em nada com ele. <br />- Eu achei que você se importava comigo Eleandro – Disse Carol, quando recebeu a notícia de que ele iria terminar tudo. <br />- Desculpe, mas durante a minha jornada desde a infância até esse momento eu acabei não desenvolvendo a habilidade de me importar – Foi sua resposta seca que destruiu o coração da pobre Carol, que até o momento não tinha entendido que estava namorando com um idiota.</p> <p>  A felicidade não estava em um relacionamento, concluiu Eleandro, que resolveu procurar em latas de cerveja e carreiras de cocaína. Tudo foi muito rápido a partir desse ponto, em pouco tempo ele já havia bebido mais do que uma pessoa normal consegue beber em toda a sua vida, e cheirado mais do que poderia pagar para seu traficante. A coisa começou a ficar feia após uma surra levada por 3 capangas as 5h da manhã em um beco da favela, que lhe renderam 3 costelas quebradas, 5 dentes e uma semana internado no hospital evangélico. Por sorte sua avó passou o tempo todo ao seu lado, chorando e implorando que ele mudasse de vida, e pedindo a Deus que não deixasse ele morrer naquele lugar cheio de gente mal encarada. Seu primo também pagou sua conta para o traficante em comum que possuíam, após esse aviso ele sabia que viria a morte e não queria isso para seu parente com que ele mais se importava.</p> <p>  Depois desse acontecido Eleandro resolveu parar de beber, seria difícil, ele sabia muito bem disso, mas iria conseguir, estava cansado de se dar mal em tudo. Arrumou um emprego em uma fábrica de chocolates e começou a se dedicar totalmente ao trabalho. Ele fazia mais horas que qualquer um dos funcionários, e se seu patrão pedisse para que ele limpasse o cuspe de seu escritório, ele iria correndo pegar um rodo e um pano úmido. Ele colocou na sua cabeça que se trabalhasse duro o dia inteiro sem reclamar, quando chegasse em casa de noite, apenas um banho quente e sua cama seriam uma recompensa tão boa para seu corpo que ele nem pensaria que precisava beber.</p> <p>  Tanto trabalho duro e sem ter onde gastar seu dinheiro, fizeram de Eleandro um homem rico em poucos anos. Aos 27 ele já era gerente da empresa, e aos 30 se tornou presidente de uma das maiores fábricas de chocolates do mundo. Era um homem rico e bem sucedido, mas com tanto dinheiro ele ainda não conseguia se sentir feliz. Descobriu que quanto mais você tem, mais as pessoas praticam a falsidade para seu lado. Ele continuou não confiando em ninguém, e suas necessidades humanas masculinas eram feitas por acompanhantes de luxo que ele insistia que não falassem uma palavra sequer com ele. Ele dizia que suas bocas só deveriam se abrir se fosse à trabalho, ‘e nenhuma de vocês aqui é palestrante, certo garotas?’</p> <p>  Um câncer o abateu aos 52 anos de idade, ele estava incrivelmente acabado para a sua idade, tinha a aparência de um idoso de 90 anos que passou a vida inteira fumando. No leito de morte, sozinho em uma cama gelada no 5º andar de um hospital particular, ele começou a rever toda a sua vida, tudo o que havia passado e o quanto deixara de aproveitar procurando a tal felicidade. Lembrou-se de que só tinha recebido um beijo sincero durante todo aquele tempo, e gostaria de sentir aquilo novamente. Tinha juntado tanto dinheiro, que agora, sem herdeiro algum, iria ficar na terra para os outros aproveitarem se divertindo, coisa que ele não fez. Nesse momento uma lágrima surgiu em seus olhos e seu ultimo pensamento em vida foi: “Eu queria ter vivido mais”.</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-18798628146040209592013-02-26T19:14:00.001-03:002013-02-26T19:14:19.660-03:00A dor da perda<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-LRkMvind7Q8/US0zq2EjlrI/AAAAAAAAAIQ/75f7y6E6sX8/s1600-h/tristonho%25255B5%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="tristonho" border="0" alt="tristonho" src="http://lh6.ggpht.com/-LvrksAz3eGg/US0ztiqGGjI/AAAAAAAAAIY/_dWbGkBSro4/tristonho_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="350" height="180" /></a> </p> <p>  Ele estava presente quando eu perdi a minha virgindade. Não participando do ato em si, e nem estando no mesmo quarto observando a cena como se fosse um adolescente tarado espionando a sua vizinha pela janela do seu quarto enquanto se masturbava, não, ele havia me levado para um puteiro de quinta categoria e escolheu junto a mim a honrosa vítima do descabaçamento tardio de um já não tão jovem garoto nervoso e com tremedeiras. Foi ele quem pagou e checou o produto antes de entregar nas minhas mãos. Não foi algo assim tão bom no final, muita gritaria fingida durante meia hora e minha concentração foi embora, sem que eu conseguisse finalizar o objetivo principal de todo homem em relação ao sexo. Mas foi algo memorável.</p> <p>  Ele estava presente na maior merda que já fiz envolvendo brigas, quando eu discuti com um policial à paisana no meio de um estacionamento lotado após uma enorme bebedeira dos dois. Gritei e chorei igual a uma criancinha chata no corredor de um supermercado, caí de moto várias vezes na volta para casa e chamei uma atenção enorme para mim. Eu poderia ter sido preso ou espancado esse dia, mas ele estava lá para evitar que isso acontecesse.</p> <p>  Ele estava presente em outra cena de sexo ruim e mal feito, mas dessa vez era de graça. Falei palavras de amor no meio da rua e besteiras impensáveis em cima da cama. Ele tinha me apresentado a ela e dias depois me levado até a sua casa, para um segundo tempo que nunca aconteceu, aparentemente ela tinha um filho e um marido.</p> <p>  Ele estava presente em toda festa que realizei na minha casa, desde churrascos pequenos para duas pessoas até festas enormes com vários convidados bebendo de graça e reclamando das minhas atitudes após saírem. Ele estava lá quando ganhei aquele beijo maravilhoso e fui trocado logo em seguida por um roqueiro imbecil. Ele me ajudou a superar tudo isso enchendo a cara violentamente ao meu lado. </p> <p>  Ele estava presente nas nossas viagens sem rumo que fazíamos de vez em quando guiados pela loucura e pela cerveja. Fomos para vários lugares, bebemos várias bebidas diferentes durante o caminho e fomos rejeitados por várias mulheres durante o processo. Mas nunca deixamos de sorrir juntos, mesmo quando brigávamos e discutíamos por motivos fúteis.</p> <p>  Ele estava presente no meu nascimento, nos meus aniversários, nas minhas conquistas e principalmente nas minhas derrotas, que foram muitas. Ele sempre estava lá, me dando forças para continuar, me ajudando a crescer e me desenvolver como o ser humano que sou hoje. </p> <p>  Ele estava presente a minha vida inteira, e agora, quando eu mais preciso dele, ele se foi. Não sei se é para sempre, mas ele se foi e eu estou sozinho pela primeira vez, e estar tão sozinho assim machuca, machuca demais. Queria que ele estivesse aqui, tudo isso seria muito mais suportável se ele estivesse aqui comigo, mas é tarde para pensar nisso, sentirei muito a sua falta, se algum dia você mudar de ideia eu estarei te esperando, aqui, sozinho no meu quarto, de braços abertos para recebê-lo novamente, e espero que isso aconteça em breve, não sei se irei sobreviver por muito mais tempo sem você, orgulho. </p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-33656054982391836272013-02-19T15:55:00.001-03:002013-02-19T15:55:45.693-03:00Sonhos chapados de um jovem sem cabeça<p> <a href="http://lh6.ggpht.com/-XVH-e1QhnE4/USPKrSohXWI/AAAAAAAAAH4/-qtHJ4UKZKw/s1600-h/telo%25255B5%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="telo" border="0" alt="telo" src="http://lh4.ggpht.com/-BF_6HEPVRHw/USPKsM9UvtI/AAAAAAAAAIA/QLPz9QLkFiE/telo_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="343" height="181" /></a> </p> <p>  “Essa vida é uma merda”, eram as palavras mais pronunciadas pela boca suja e podre de Jurandir, um paulista classe média alta sofredor que sonhava em ser um músico, mas nunca aprendeu a tocar nada e nunca escreveu sequer uma letra, mas ele tinha a perseverança dos gênios e a malandragem dos ignorantes, qualidades que o levariam até o pilar mais alto da fama, ou as profundezas mais baixas do empregado com salário mínimo. </p> <p>  Mas o destino, ahh esse maldito, pilantra e insuportável destino bateu à sua porta certa manhã. Jurandir estava se decidindo com qual roupa sairia para um baile a fantasia do colégio, ele decidiu que usaria as velhas fantasias de carnaval de seu falecido avô, que estavam amarrotadas em caixas velhas no fundo do porão de seu apartamento, quando, indeciso entre ir de índio ou de  líder de torcida, ele encontrou um diário. Era um diário desgastado, com páginas amarelas e capa de couro, e curioso e com muito tempo livre, Jurandir começou a ler.</p> <p>  Entre besteiras sentimentalistas de um velho apodrecido, ele achou um trecho de uma marchinha de carnaval – pelo menos foi isso que ele achou que fosse, devido a sua letra inspiradora – e se admirou de forma tão comovente que resolveu utiliza-la para criar um sertanejo e impressionar as garotinhas de seu colégio. Faltava a metade da página, mas ele achou que já possuía linhas o suficiente para ser uma canção universitária de 3 minutos, e isso bastava.</p> <p>  A música estourou em poucas semanas, os contatos de seu pai que estavam na primeira apresentação acharam que aquele seria o novo Hit de verão, ligaram para gravadoras que se impressionaram com o talento nato do jovem garoto em cantar uma melodia tão doce e tão profunda como aquela, logo sua música estava na internet e teve quase 30 milhões de visualizações em apenas 2 minutos e meio. Dinheiro começou a cair do céu, convites e mulheres igualmente. O seu achado seria histórico. </p> <p>  Após algumas apresentações em programas de tv, rádios, internet, estádios e palanques flutuantes, as pessoas começaram a se perguntar quando o próximo sucesso seria lançado, mas Jurandir não tinha nada, e com isso, se afundou nas drogas. Começou de leve, com algumas pitadas de Marionégano em sua pizza matinal, e foi evoluindo, até que sua realidade se perdeu totalmente entre sonhos chapados de um jovem sem cabeça.</p> <p>  Mas seu sucesso continuava crescendo, versões em inglês, turco, espanhol, tupi-guaraní, francês e na exclusiva língua do P foram lançadas, e ele se transformou no artista brasileiro mais bem sucedido lá fora, tendo até John Lennon ressuscitado apenas para regravar essa obra prima. </p> <p>  Mas a fama não foi o suficiente para o querido Jurandir, toda noite quando ele tinha um pequeno lapso de consciência ele relia o inscrito original de sua música, se imaginando como ela terminara na mente de seu saudoso avô. Seu começo era genial e magnífico, seria o restante da música tão grandiosa assim? Ou será que terminava de forma desastrosa como a vida de seu criador? Ele ficava frustrado por não saber e cada vez se afundava mais nas drogas.</p> <p>  Jurandir morreu cedo, aos 27 anos de idade, fruto de uma overdose bombástica, mas sua fama perdurou para todo o sempre, e até hoje a letra de seu grande sucesso pode ser ouvida em qualquer lugar que você procure, ou, para os fãs mais fiéis, sua letra foi escrita em sua lápide de mármore no cemitério municipal, letra essa que dizia o seguinte:</p> <p>“Cheirei um pó, fumei um baseado <br /> fiquei doidão eu fiquei acabado. <br /> Não conseguia mais ficar parado <br /> Então eu fui, e comi um viado</p> <p>Mas será que o viado era eu, <br />será que o viado era eu? <br />Será que o viado era eu <br />será que o viado era eu?” x48</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-80548579551439845172013-02-13T19:56:00.001-02:002013-02-13T19:56:13.419-02:00Corações partidos de uma alma sem futuro<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-xIfdL8toC58/URwL9dsKImI/AAAAAAAAAHg/9ILN0aCtvjU/s1600-h/capa-79%25255B5%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="capa-79" border="0" alt="capa-79" src="http://lh6.ggpht.com/-pcJ_2GYen-4/URwL-n5fH_I/AAAAAAAAAHo/5sXoLR44_4M/capa-79_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="363" height="180" /></a> </p> <p>  Era uma manhã de Outono em Curitiba, eu devia ter meus 7 ou 8 anos na época e vivíamos em um barraco caindo aos pedaços na beira de uma valeta em um dos bairros mais pobres e violentos da cidade. Minha mãe, Letícia, saia todo dia muito cedo de casa e voltava muito tarde, apenas para gritar comigo ou para ser surrada pelo meu pai, que até era um cara legal, sabia que era corno e lidava com isso bebendo e espancando as nádegas de mamãe e, muito raramente, a minha.</p> <p>  Certo dia eu não estava conseguindo dormir e pedi para que meu pai lesse um pouco para mim na cama, ele não estava completamente bêbado ainda, mas estava trabalhando duro nisso. <br />- Nessa escola de merda não ensinaram você a ler ainda não? Você já tem quantos anos? 15, 16? <br />- Eu sei ler papai, mas algumas palavras eu não conheço – tirei meu livrinho infantil que trazia dentro de minha jaqueta e abri na página marcada que eu tinha tentado ler anteriormente. <br />- O que significa “vulgar” papai? <br />- Porra Ademilson, vulgar é a sua mãe, aquela vagabunda.</p> <p>  Depois desse dia nunca mais pedi para ele ler nada pra mim, mas meu aniversário estava chegando e eu estava ansioso para saber se nesse ano eu poderia pelo menos almoçar. Os dias se passaram muito lentamente naquela semana, minha mãe chegava em casa com o batom borrado e meu pai desmaiava no sofá da sala com a tv ligada. Sábado parecia que jamais iria chegar, mas para a minha surpresa, ele chegou, trazendo mais experiência e maturidade para a minha cabeça.</p> <p>  Meu pai tinha saído cedo de casa, eu estava sozinho quando acordei. Comi um pão seco e fiquei sentado perto da janela observando a chuva que caia lá fora. Mais ou menos umas 11 horas da manhã ele abriu a porta, ensopado e gritando palavrões e amaldiçoando Deus e o mundo. <br />- Toma aqui moleque, feliz aniversário e blábláblá, agora vá pro seu quarto que eu quero ficar sozinho.</p> <p>  Era um embrulho vagabundo, algum objeto oval que me deixou com uma mistura de ansiedade e a mais pura alegria. “Pelo menos ele lembrou”, foi o que veio na minha cabeça. Comecei a abrir e descobri o objeto misterioso: Era um kinder ovo.</p> <p>  Ele deve ter gasto o salário de todo um mês nisso, pensei com os olhos cheios de lágrimas. Seria a primeira vez que eu iria experimentar aquele doce que todos falavam tão bem. “Com surpresa”, dizia a embalagem. Comi uma metade com a maior satisfação do mundo, e guardei a outra metade para depois. Agora eu queria descobrir que surpresa era aquela dentro da cápsula laranjada.</p> <p>  Abri com cuidado e olhei para o pequeno pedaço de papel que estava lá dentro. Estava enroladinho e parecia conter alguma tinta preta bem forte nele, desenrolei e vi que só tinha uma única letra no meio de vários asteriscos:</p> <p align="center"><strong>**** *E** ****</strong></p> <p align="left">  O que eu deveria fazer com aquilo? Tentei ver contra a luz, tentei passar os dedos nos asteriscos mas nada parecia mudar. Deixei ele de lado e continuei minha vida. <br />  Um ano se passou, e no meu próximo aniversário ganhei outro kinder ovo. Esse tinha sido um ano bom, meu pai passou a maior parte do tempo no seu novo emprego e eu ficava sozinho pela casa o dia inteiro, sonhando acordado ou inventando brinquedos novos utilizando pedaços de pau e cocôs endurecidos.</p> <p align="left">  A surpresa do meu novo kinder ovo foi a mesma do ano passado, mas agora era outra letra que aparecia:</p> <p align="center"><strong>**** **** *A**</strong></p> <p align="left"><strong>  </strong>Isso estava ficando estranho, e todos os anos eu ganhava sempre a mesma coisa, e sempre a mesma coisa aparecia, e no final eu guardava os papéis em cima do meu guarda-roupas e esquecia daquilo. Poderia ser um grande segredo, mas eu perdia o interesse muito rápido nele.</p> <p align="center"><strong>M*** **** ****</strong></p> <p align="left">  No meu aniversário de 16 anos resolvi pegar todos os pedaços de papel e ver se aquilo fazia algum sentido. Eu já estava mais maduro, tinha uma namoradinha e dificilmente apanhava do meu pai, eu estava muito mais forte do que ele, eu estava muito mais forte do que muita gente. Porra, eu era praticamente um monstro.</p> <p align="left">  E agora tenho 20 anos, escrevo esse texto diretamente da maravilhosa e receptiva Penitenciária Estadual de Piraquara II, onde pretendo usufruir de suas instalações por pelo menos mais uns 30 anos. A mensagem revelada nos kinder ovos durante todos esses anos dizia o seguinte:</p> <p align="center"><strong>MATE SEUS PAIS</strong></p> <p align="left">  E foi exatamente o que eu fiz…</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3424009030950367453.post-6278487941479816182013-02-01T12:36:00.001-02:002013-02-01T12:36:54.787-02:00A liberdade de expressão dos manipulados pela loucura<p><a href="http://lh4.ggpht.com/-pdfC5QmMizg/UQvTAJos8DI/AAAAAAAAAHI/X6zPgcIs7e4/s1600-h/shhh%25255B7%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: block; float: none; margin-left: auto; border-top: 0px; margin-right: auto; border-right: 0px" title="shhh" border="0" alt="shhh" src="http://lh5.ggpht.com/-1M6uZo7wKMs/UQvTBKtx5bI/AAAAAAAAAHQ/hlylMgV_BXQ/shhh_thumb%25255B5%25255D.jpg?imgmax=800" width="376" height="177" /></a> </p> <p>  Me lembro como se fosse ontem, eu estava na platéia de um desses programas domingueiros de auditório onde eles levam vários convidados diferentes que bombaram aquela semana, eu estava na primeira fila, um dos jornalistas da emissora que esperavam pacientemente o show terminar para entrevistar alguns convidados, para dar um tipo de complemento a mais no ego dessas pessoas. <br />  O dia exato era 25 de agosto de 2017, e os convidados ilustres daquele dia eram Carlinhos carioca – nova sensação do estilo recém-apelidado de “Funk requebrão”, Zé da Bóça – um comediante hilário que fazia várias referências irônicas ao humor do começo dos anos 2000, um ex-blogueiro aposentado que ninguém se lembra do nome e estava lá apenas porque comia o produtor, um ex-BBB tão irrelevante quanto o anterior e Mathias, um escritor de sucesso que estava lá para divulgar seu novo best-seller: “A balada da melancolia de uma alma qualquer”, que já havia vendido mais de 5 milhões de cópias só na cidade de Manaus. </p> <p>  O programa estava na mesma mesmice desde o começo, músicas ao vivo, algumas perguntas imbecis para os convidados, alguns quadros cômicos e outros tristes para fazer as tiazinhas de casa chorarem, muita propaganda e mulheres semi nuas para apelar um pouco e trazer o público masculino que não possuíam tv a cabo e ganhar alguma audiência. <br />  Quase no final do programa, o apresentador – que estava suado e enxugava seu suor disfarçadamente a cada 5 minutos longe de qualquer câmera – resolveu se despedir de seus convidados perguntando se eles tinham perguntas para fazer a seus companheiros, sobre seu trabalho ou vida pessoal, ele foi bem claro nisso, e após o ex-BBB pedir para que o Zé da Boça imitasse o Felipe Neto, Mathias, que havia ficado quieto quase o programa inteiro, só falando quando lhe dirigiam a palavra, se levantou de seu banquinho e disse para o apresentador: <br />- Por favor, antes de terminar eu tenho uma observação a fazer. <br />- Claro, prossiga Mathias, Mathias pessoal, é o maior vendedor de livros da história desse país, e seu novo sucesso está a venda nas melhores livrarias, ou se você preferir, pode pedir online em nosso site que está aparecendo nesse momento em baixo de sua telinha, mas diga Mathias, qual a sua observação? <br />  Olhando com uma cara de tédio ligeiramente cômica sobre aquela situação, Mathias se aproximou do centro do palco e disse perto do microfone que haviam lhe dado:</p> <p>- Carlinhos Carioca, o senhor é um tremendo de um babaca.</p> <p>  A euforia tomou conta do lugar, algumas pessoas ficaram em silêncio esperando por uma resposta, outras aplaudiram e algumas até se deram ao luxo de acordar.</p> <p>- Como assim Mathias brou? Du quê tu tá falandu véio? <br />- Eu to falando que você é um babaca sem talento que está levando a nossa geração até a beira do abismo e dando o chute final em suas bundas.</p> <p>  O apresentador ficou sem palavras nessa hora, isso nunca havia acontecido em seu programa ao vivo em mais de 30 anos de existência, ele ficou boquiaberto por alguns momentos até conseguir achar as palavras calmas de sabedoria que haviam lhe ensinado a dizer em momentos propícios a isso: “ Ô loco meu”.</p> <p>- E digo mais Carlinhos, você pode até ser a sensação do momento, levando garotas de 12 anos aos seus bailes pornográficos e as transformando em tremendas vadias, suas letras de 3 linhas não tem conteúdo algum e se conseguem passar alguma mensagem para as pessoas anencéfalas que o escutam, essa mensagem é tão desprezível que qualquer pessoa com o mínimo de senso crítico percebe que você não passa de um bonitão metido a bandido que está se tornando o cafetão desse país, em uma de suas letras você diz o seguinte: “bandido que é bandido nunca pega em um livro, sou rico sou fodão, e o que você tem professor? Sua cara no meu três-oitão” Isso nem ritmo tem. <br />- E quem é você pra me dizer essas coisas seu palhaço, minhas músicas levam o conhecimento das ruas que eu desenvolvi para ajudar quem precisa. <br />- Ninguém precisa aprender a ser puta ou a ser bandido, as pessoas precisam de cultura, não precisamos de mais violência, precisamos de um país sem gente como você nos dizendo o que fazer, sem gente como você manipulando a cabeça dos nossos jovens, sem gente como você se tornando senadores, deputados, e até presidentes, não quero que meu neto, que ainda está para nascer, sofra bullyng na escola só porque os pais dele ensinaram ele a ler, não quero que a próxima geração seja um bando de alienados que dão dinheiro para grupos de “funk requebrão” só para poderem rebolar na cara de vagabundos e popular ainda mais o nosso mundo com o lixo que você é. <br />- Ti respeitu manu pela corage de falá isso na minha cara mas isso num vai ficá assim não maluco. <br />- O que você vai fazer? Me processar? Isso não irá me diminuir, poderá me deixar mais pobre, é claro, mas não vai me diminuir. E pare de tentar parecer legal falando errado desse jeito, todo mundo sabe que é fingimento, você falou de forma correta e usando até vírgulas na sua última fala. Sabe quantas pessoas já me chamaram de babaca na vida? Milhares, e eu não processei nenhuma, sabe o que eu fiz? Melhorei, melhorei para me tornar um ser melhor. Você pode ser um babaca hoje, mas vai parar pra pensar e descobrirá que é bom em alguma coisa, e nessa coisa você irá se vangloriar, irá ser alguém e irá se dar muito melhor na vida. Aposto com você que seu “sucesso” não durará nem 3 anos, porque você é falso e estúpido, e as pessoas esquecem dos falsos e estúpidos, o problema é que virão milhares iguais a você e foderão com nosso mundo. <br />- Pô véi - desculpa, força do hábito - amigo, você está certo, sabe o que eu sempre quis ser? Bailarino, mas os manos da quebrada me julgavam por causa disso e resolvi cantar. Vou voltar a dançar, e dane-se quem não gostar. <br />- Esse é o espírito.</p> <p>  A platéia aplaudiu, as pessoas de casa aplaudiram, o apresentador chorou e, porra, até eu me emocionei. Carlinhos agora dança e Mathias continua um escritor de sucesso e milionário. O mundo parecia que iria voltar aos eixos, se, duas semanas depois, um jornalista muito astuto não tivesse descoberto que toda essa encrenca foi forjada pela emissora para ganhar audiência. Esse jornalista não tornou isso público, claro que não, ela era poderosa demais para ele, mas pelo menos alguém sabia quem era a verdadeira ameaça para o nosso país…</p> Luan Henriquehttp://www.blogger.com/profile/01271863399465487826noreply@blogger.com1