O planeta dos babacas
Postado por Anônimo | | Posted On quarta-feira, 22 de agosto de 2012 at 10:43
Há muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante – e quando eu digo muito muito distante, eu quero dizer que o bagulho é longe mesmo, digamos apenas que é impossível chegar lá de jegue, não importa quantos prêmios ele possa ter ganho vencendo corridas, lá ele não consegue chegar. A não ser é claro que você o monte dentro de uma nave espacial, mas porra, você está dentro de uma nave espacial com super tecnologia capaz de viajar mais rápido que a luz, então porque diabos você levaria um jegue junto com você? – existia uma civilização avançada tecnologicamente, mas muito pouco avançada mentalmente.
Era um povo que gostava de construir coisas, gostava ainda mais de destruir coisas, talvez para poder reconstruir depois e manter suas mentes ocupadas para não serem obrigados a pensar no motivo de estarem lá, ou simplesmente para não pensarem em assuntos polêmicos, como o clássico: “Por que eu posso mostrar meu mamilo esquerdo para qualquer um que peça, mas se eu mostrar o direito eu irei para a forca?” Isso gerava muita controvérsia nesse mundo, já que nunca foi escrito se a punição por mostrar o mamilo direito se aplicava independente do ponto de vista de cada um. O seu mamilo esquerdo está na minha direita alguns diziam, e assim muita morte foi evitada no tribunal das pequenas causas, mas quando o silicone foi descoberto e passaram a julgar no excêntrico tribunal das grandes causas, as coisas ficaram diferentes.
Nesse mundo a morte era algo relativamente divertido, as pessoas matavam uns aos outros para divertir seus superiores, e quando um desses superiores era assassinado, mais mortes aconteciam. Nesse ritmo o mundo estava perto da extinção, até que uma cláusula no parágrafo lá de baixo de um pedaço de papel que antes servia como casa para um musical que seria grandioso se fosse terminado, dizia claramente uma ordem para toda a população:
- “O homossexualismo, assim como o fruto que nasce em nossas macieiras no qual ainda não demos um nome definitivo, estará banido da sociedade. Pois assim como uma dupla sertaneja amadora em um churrasco de família, é algo que pode parecer gostoso naquele momento, mas todos sabemos que não passa de algo desprezível e irritante e que deve ser punido com a morte dos praticantes”.
Após essa cláusula ser transmitida ao povo, muitos ficaram bem putinhos da vida. E em uma rebelião coletiva – porque rebelião de uma pessoa só se chamaria adolescência – tudo naquele mundo começou a ser queimado. Prédios entraram em chamas, o governo queimou, as roscas nem se fala, as plantações foram queimadas junto com inocentes que queria apenas terminar de assistir a novela das 6h.
Caos total, isso resume o que aconteceu nos últimos dias de vida nesse lugar que agora só habita nos pensamentos dos mais imbecis. Um lugar lindo e irrelevante destruído por palavras e preconceitos. Antes do fim um sábio escreveu com o sangue de seu filho no chão em que ele sucumbira: Somos todos iguais. Mas o fogo levou isso embora, assim como levou os filhos de milhões de pessoas, assim como levou as magníficas construções que lá existiam, assim como levou todos os jegues que habitavam aquele lugar, e sabemos que os jegues nunca voltarão, eles nunca irão entrar em uma nave para repopular seu planeta natal…
Essa foi uma mensagem de fé, pode não ter feito sentido, pode ter sido meio idiota e pessimamente escrita, mas é isso que a fé é, sinta, não discuta. E fiquem com seus jegues, nunca sabemos quando eles serão necessários.