Eu nunca mais vou beber

Postado por Anônimo | | Posted On terça-feira, 16 de agosto de 2011 at 19:48

 bebida

  Segunda-feira: Eu estava nervoso. A minha cagada matinal, aquela essencial para uma sobrevivência sem dores e apuros, foi dura e seca. Do tipo que nem suja o cu.
  O motivo: Ressaca

  Muita coisa acontece quando acabamos bebendo demais, nem sempre são coisas ruins que acontecem, como sábado, em que eu fui praticamente estuprado por velhas taradas em um bar, mas as vezes coisas muito ruins acontecem, como domingo, em que eu e meu primo quase fomos espancados no supermercado.

  A vez em que eu fui praticamente estuprado por velhas taradas em um bar:

  Eu tava lá, só esperando meu amigo terminar a sua partida de sinuca (o que eu percebi que iria demorar, porque ele tava ganhando cerveja de graça para nós, e existem duas coisas que eu não recuso: cerveja de graça e cerveja) quando uma louca começou a dançar comigo. Vejam bem, eu sempre disse que pessoas velhas só tem duas utilidades, e uma delas não é fornicar.

  A louca começou a rebolar na minha frente, colocar a mão no meu esguichador reprodutório utilizado na fabricação em massa de monstrinhos invisíveis na privada, e , depois de tudo isso, me agarrou como se eu fosse um vibrador comunitário para pessoas de baixa renda e me lascou um beijo de lingua tão profundo que eu senti minhas amígdalas se esquivarem para não terem que encostar naquela esponja molhada com saliva pré-histórica.

  Foi nojento, e nesse momento eu decidi que nunca mais iria beber.

  A vez em que eu e meu primo quase fomos espancados no supermercado

  Na verdade essa história tem muito pouco a ver com bebida, tirando o fato de eu estar bêbado.

  Meu primo frequenta quase sempre esse mercado por causa de uma crente que deve seguir a Deus provavelmente porque sabe que uma bunda daquelas tem que ser algo divino. Eu não gostaria de ter que falar em bundas nesse site familiar e educativo, mas puta que me pariu, aquela bunda é tão grande que temos que chamar um grupo de escavadores se quisermos chegar até o rego.

  Mas voltando. A gente precisava comprar pão para um churrasco que ia ter aqui em casa. Chegamos primeiro e logo se formou uma fila atrás de nos, pobre adora uma fila, se tiver uma pessoa esperando pra levar um tiro na cara eles logo aparecem pra tentarem ganhar uma lasquinha que seja no olho.

  Pedimos 40 pães, o que deveria ser o suficiente pra alimentar a minha tia, a mocinha fez cara de brava, como se fossemos dois velhos com alzheimer na fila da lotérica que não soubessem disso, mas estavam lá só para fuder o resto do pessoal, e entregou nossos pães.

  Quando a gente estava saindo ela gritou pro resto do pessoal: “Acabou o pão, eles levaram todos que tinha”.

  Ai eu senti aqueles olhares de ódio e fome se virando contra nós. Tinha um baita de um maloqueiro que eu juro ter ouvido o tigre que tava tatuado no braço monstro dele rugir para nós. Só essa tatuagem dele já dava 3 braços meu.

  O que se pode fazer nessa situação? Devolver alguns pães e deixar minha tia com fome? Sair correndo e gritando por ajuda? Chamar Jesus? Sei lá, mas nós viramos a cara e continuando andando. Com o cu que não passava um anão – o que normalmente não passa mesmo, péssima experiência, péssima – e voltamos pra casa beber.

  Eu decidi que nunca mais iria beber.

 

  Mas infelizmente minhas decisões são iguais as minhas experiências sexuais: Nunca aconteceram

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