Mais um dia de merda

Postado por Anônimo | | Posted On quarta-feira, 24 de março de 2010 at 21:25

NEWS_Coc_Paul_thumb_3_ (Cocôs gigantes brigando para ver quem será o próximo a fuder com minha vida)

  Comecei a fazer uns cursos hoje, matemática financeira e alguma porcaria de departamento pessoal, das 8 e meia da madrugada até as 6h da tarde. Fiz porque é de graça e para eu poder ter algo para por no meu currículo além de dados pessoais e uma propaganda gratuita desse blog no rodapé. Tudo começou bem, acordei cedo, fui até lá com minha tia e parecia mais um dia normal, se alguém lá de cima não me odiasse com todas as forças.

  Chegando no local eu vi a menina mais perfeita que qualquer pessoa jamais viu, sentada com seus fones no ouvido, uma carinha de tímida e inocente, distraída com o mundo inferior a sua volta. Eu olhei para ela, ela não olhou pra mim, eu insisti e olhei mais um pouco, ela percebeu meu olhar, fez cara de nojo e virou a cara. Foi o melhor momento do meu dia. Foi ai que percebi que estava tremendamente apaixonado.

  Ok, chega de besteiras porque todo mundo aqui sabe que nunca irei falar com ela e ela nunca me dará bola e acabarei esquecendo seu rosto como faço com todas as outras, além do mais ela é meio esquisitinha, sentou na minha frente e começava a falar sozinha, a dar risada, a balançar a cabeça como se fosse a única da sala e o professor estivesse falando com ela. Pessoas loucas já basta eu, imagine se tivéssemos um filho como ele seria humilhado no colégio? Teria o famoso autismo por vontade própria. Isso me lembrou que no meu primeiro 1º ano tinha uma menina que jurava que eu era autista, mas isso não vem ao caso.

  4 horas sentado numa sala de aula aprendendo matemática. Isso pra mim é a mesma coisa que obrigar o Serginho a comer uma buceta por 4 horas seguidas, ou meu amigo pegador a ficar 4 horas sem beijar uma menina, ou o Felipe a comer 4 mulheres diferentes usando 4 camisinhas, ou eu a ficar 4 horas com uma aranha no meu quarto, ou… tá, já entenderam, foi foda.

  Fui almoçar numa panificador chique, bem arrumadinha mas pequena, acho que a atendente me odiou logo de cara. Pedi pra usar o banheiro e ela me levou até uma portinha em uns corredores atrás da cozinha, nessa hora pensei: Porra, fui mijar e vo sair capado. Lá tinha uma privada que até se minha amiga gorda fosse cagar lá dentro iria afundar, parecia uma piscina aquilo, se meu pinto fosse um pouco maior seria a única vez na minha vida que iria “afogar o ganso”, porque cabeças não sabem nadar.

  Sem contar que pedi dois lanches e não recebi ketchup em nenhuma das vezes, um carinha entrou depois de mim e faltou a mulher passar ketchup nos seios e mandar o cara chupar, me senti numa suruba de freiras, tenho que implorar pra comer bem e é só Jesus aparecer que consegue do bom e do melhor sem precisar pedir.

  Mas o pior foi a saída. Começou a chover, forte. Meu ponto de ônibus fica a mais de meia hora do curso. Idiotão aqui começou a andar, chuvinha de verão, logo passa e até chegar lá eu já to seco. Isso é o que aconteceu a semana inteira, seis horas vem a chuva, seis e meia pára e tenho que ir pra porra do colégio. Mas não dessa vez. Dessa vez alguém quis me punir severamente. (egocentrismo: é a característica que define as personalidades que consideram que tudo gira ao seu redor. Fonte: wikipédia)

  3 quadras andando e não parou de chover, estava em uma rua onde não tinha lugar nenhum onde eu pudesse me esconder e esperar ela passar, fiquei encharcado. Sem alternativa, vi que a chuva não iria parar então resolvi ligar pro papai ir me buscar, pois do jeito que eu tava molhado nem se o Titanic passasse do meu lado iria querer que eu entrasse. Liguei e ele disse que ia me buscar, contra sua vontade, mas ia. Mandou eu esperar em um lugar onde eu não fazia idéia de onde era, mas o frio e a água congelaram meu cérebro e falei que estaria lá.

  Perguntei o lugar pra umas 3 pessoas, até que umas velhinhas simpáticas me ajudaram, mas passaram uns 10 minutos pra isso. Pessoas velhas gostam de falar né? Tava mais molhado que golfinho em cu de puta mas mesmo assim tive que ouvir elas falando sem parar.

  Cheguei no lugar e nada do meu pai, fiquei mais de uma hora no frio, quase morrendo esperando ele aparecer ou quem sabe algum anjo me dizendo que morri mas que não vou com ele, só estava tirando sarro de mim. Esperei e esperei e esperei. Meus cigarros estavam encharcados e não pude fumar, achei um quase inteiro, mas como era de se esperar o isqueiro não funcionou. Após imaginar todas as tragédias possíveis ouço a voz do meu salvador, ele gritou para mim do outro lado da rua com sua voz liberando a mais pura bondade e compaixão do mundo:
- Luan, venha logo pra eu poder sair dessa merda de centro de uma vez.

  Meu pai, mesmo eu quase morrendo congelado e já sentindo sintomas de pneumonia psicológica ele veio o caminho inteiro brigando comigo. Chegando em casa minha mãe também brigou comigo por causa da minha falta de responsabilidade. Perguntou quando eu irei virar homem, que já ta na hora de me virar sozinho e blábláblá.

  Passei meia hora no chuveiro quente para aliviar esse dia e aproveitei pra bater uma pra menina que contei lá em cima, agora estou aqui, cansado, com sono mas escrevendo isso para vocês. Então sejam diferentes e me amem…

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