Como seria minha vida se eu fosse um pirata
Postado por Anônimo | Marcadores: Como seria minha vida se... | Posted On segunda-feira, 4 de janeiro de 2010 at 19:42
Diário do capitão
dia 16 de janeiro de 1654
Hoje nós estamos partindo para uma viagem pelo oceano, aquele mesmo com bastante água que não podemos beber mas ainda usamos pra assar batata doce, como batata doce é boa não é mesmo? Mas ainda preferia jujubas. Porque ninguém trouxe jujuba à bordo? Cambada de irresponsáveis, nós somos ladrões mas ainda temos sentimento. Nesse primeiro dia meus sentimentos já foram feridos por um marujo, maldito Edileide, só porque eu insinuei que seu nome era nome de mulher ele me mostrou o pinto. E era grande. Maior do que o meu. Como alguém pode fazer isso com o capitão? Fui obrigado a cortar ele fora e engolir, e agora minha boca tá cheia de porra. Tirando isso o primeiro dia foi normal, então saímos para saquear e roubar algum barco repleto de ouro ou jujubas.
dia 17 de janeiro de 1654
Hoje Pedrinho de Cabral veio choramingando para o meu lado, ele me disse que não aguentava mais essa vida e perguntou como eu conseguia ficar tanto tempo longe de minha família. Eu disse para ele que minha mulher estava numa cadeira de rodas à 3 anos e não podíamos transar, meu pai era um bêbado sem futuro que abusou sexualmente da minha irmã fazendo ela se transformar em uma mulher da vida cobrando 3 moedas pela penetração em áreas intocáveis até pelos deuses, minha tia tinha lepra e que mesmo assim eu preferia ficar perto deles do que de um viadinho sem futuro chorão sem cérebro e baixa alto estima horroroso com dentes tortos, mas que eu precisava de dinheiro pra poder pegar minha irmã. Ele disse que não tinha baixa alto estima e eu respondi que deveria ter, porque até se um esquilo tivesse aquele rosto ele não sairia de casa com vergonha. Ele começou a chorar e eu o matei.
dia 18 de Janeiro de 1654
Hoje começou a chover forte e molhou minhas roupas do varal. Fiquei puto já que minha cueca da sorte estava lá e gostaria de usá-la no baile daquela noite. Um homem levou um instrumento com cordas que fazem barulho e tocou uma música terrível para toda a tripulação, a música era mais ou menos assim: No dia em que eu saí de casa minha mãe me disse, filho vem cá… Fiquei horrorizado com tanta breguice e mandei ele ser chicoteado. A cada chicotada ele gritava: ai ai ai ai ai ai ai ai ai essa doooor, é ruiiiim demaaaais. Malditas canções ultrapassadas, tive que matá-lo.
dia 19 de janeiro de 1654
Hoje foi meu aniversário e para comemorar desembarcamos em uma ilha de selvagens para roubar frutinhas e procurar jujubas frescas, mas descobrimos que o chefe da ilha era uma pessoa que não gostava de piratas, disse que somos pessoas malvadas que só pensamos em nós mesmos. Eu discordei, disse que somos legais e que eu tinha um cavalo da minha cidade, o Zomba, que era muito fofo e eu amava ele. De vez em quando passeávamos pelos bosques procurando alguma aventura, eu o alimentava diariamente e fazia carinho quando ele tava meio tristonho. Expliquei até que uma vez achei um chifre e coloquei no Zomba para ele ficar parecido com um unicórnio, já que eu amava unicórnios e matava todos que diziam que eles não existiam. Eles são tão fofos, eu adoraria poder encontrar um algum dia, e duendes, eles são ótimos para a plantação de açúcar e mel. O chefe ficou emocionado com minha história e deixou que eu pegasse uma de suas filhas, a Iubilacazualdeãocarai, eu comi e fomos embora, nesse dia ninguém morreu.
Update
Quando eu tinha acabado de terminar esse texto o Simon, o poeta, veio até mim recitando um poema sobre a Iubilacazualdeãocarai, o poema dizia o seguinte:
”Iubilacazualdeãocarai é linda
que os deuses aumentem suas idades
pois mesmo o prazer sendo mútuo
a vaca não disse que tinha aids”
Então eu o matei.
dia 20 de janeiro de 1654
Hoje um passarinho me contou, sério, foi realmente um passarinho, assisti Dr. Dollitle esses dias e descobri que temos os mesmo poderes de falar com os animais, vocês deveriam ver como os pássaros são fofoqueiros, teve uma vez que eu estava no convés (não sei bem onde fica o convés mas foi a única parte de um navio que me lembrei, então eu tava lá mesmo) e um periquito chegou pra mim e disse: “ei senhor, sabe quem aqui no navio tem hemorróida? O dr. Julian, que irônico né? Ele está aqui pra cuidar dos doentes e não consegue nem cuidar da sua própria hemorróida, mas eu o entendo, eu consigo colocar minhas asas no meu anus, mas será que o senhor consegue?” Eu provei que eu conseguia, porque eu sou o capitão e capitões são feitos para vencer esse tipo de desafio, mesmo sendo meio desconfortável e machucando no começo, mas o meu ponto é que se você não consegue colocar o dedo no próprio cu você não merece estar no meu navio, então chamei todos os marujos para uma reunião e disse que quem não conseguisse deveria ser enforcado. O único a não conseguiu foi o sr. Fürer então eu o matei, acho que eu deveria ter pegado mais leve já que ele não possui braços, mas ordens são ordens e não devemos quebrá-las.
Voltando ao passarinho, esqueci o que ele tinha me contado, toda essa merda me fez esquecer. To desesperado por mais um cigarro natural que consegui naquela ilha, nunca me senti tão bem após fumar. Acho que amanhã irei voltar para lá e conseguir mais. Deuses… nunca quis tanto uma jujuba.
dia 21 de janeiro de 1654
Hoje saqueamos um navio religioso. Nunca vi tanto dinheiro reunido em um só lugar, o capitão Macedo disse que todo esse ouro era destinado ao único Deus do universo, mas como acreditamos em vários pegamos tudo o que ele tinha. Nosso navio não voa como o dele mas isso não importa, ficamos ricos e poderosos. Toda tripulação ficou feliz e saltitante, tão felizes que resolveram me amarrar no mastro e cortar minha cabeça. Vocês devem estar se perguntando como eu narrei minha própria morte, eu também não sei, mas foi divertida pra caramba. O sangue, minha cabeça voando, tudo ficando branco e bonito. Essa história continuaria por mais uma parte, mas como reli e percebi que tá muito sem graça resolvi deixar que me matassem agora para não fazê-los perderem mais tempo. Eu poderia ter gritado, esperneado, chorado e implorado, mas deixei que me matassem. Aqui termina a saga do Capitão sem nome, 6 dias de pura aventura que deixará todo mundo de cabelo em pé, e lembrem-se: os motivos de existir terremotos, aquecimento global e todos os desastres naturais ultimamente é causado pela ausência de piratas, assim disse o monstro do espaguete voador, o maior Deus de todos os tempos, vejam o gráfico