Fábula dos três dentinhos
Postado por Anônimo | Marcadores: 1ª fase | Posted On quarta-feira, 17 de junho de 2009 at 23:18
Era uma vez, em uma boca qualquer, três dentes. Um era podre e cariado, vivia machucado e não podia mastigar muito bem, outro era um canino, forte, grande, saudável e bonito e por último um dentinho da parte inferior, que vivia logo abaixo do seu amigo, o canino. Os 3 eram muito conversadores, falavam o tempo todo sobre os alimentos que tinham que mastigar por horas, já que seu dono era um gordo inútil e folgado dono de um buffet. Certo dia, o dente cariado, cansado de sentir dor, gritou para a boca inteira ouvir:
- Eii, por favor pessoal, me ajudem aqui. Será que você, dona língua, não poderia mandar os alimentos para o outro lado da boca, para me polpar do sofrimento apenas enquanto nosso dono não resolve levantar sua bunda gorda e fedorenta do pinto daquele cozinheiro bonitão e ir no dentista para me curar?
Os outros dentes resmungaram bastante mas no final acabaram concordando em deixar o pobre dente em paz. Duas semanas se passaram assim, com o dente descansando enquanto o outro lado da boca trabalhava em dobro. O pequeno e tímido dente inferior ao canino ficou indignado com a moleza dele e gritou:
- Seu corno filho da puta mordedor de fronha de travesseiro de pedra, volte a trabalhar antes que eu me recuse a dar a primeira mordida nos alimentos e todos morreremos de fome!!
O canino logo o apoiou, dizendo que sem a parte de baixo ele não servia nem para rancar pelo de cu de gatos.
O dente cariado, que andava de muito mal humor ultimamente disse que estava machucado demais e que merecia esse tempinho de descanso, já que os da frente apenas tiravam a roupa mas quem tinha que comer era ele. Uma briga feia se formou na boca, xingamentos, ofensas, ameaças de morte transformaram a boca numa torcida do Corinthians praticamente, até que, cansada dessa merda, a lingua gritou para todos os presentes:
- Seus bandos de ingratos arranhadores de lajotas, parem com essa merda de briguinha infantil. Vocês acham que são a parte mais importante da boca, a que mais sofre, mas vocês apenas trituram, quem tem que aguentar o que aquele gordo panaca de pinto pequeno come sou eu, eu que sinto o gosto dos alimentos. Eu que sofro quando ele chupa uma manga, eu que sofro quando ele coloca pimenta demais na comida, eu que sofro quando ele tenta se matar tomando gasolina e se masturbando esperando que seu corpo exploda por dentro. Então parem de reclamar seus pau no cu, se vocês ficassem no meu lugar uma vez sequer iriam saber como é foda meu trabalho.
Todos os dentes se calaram, estavam todos arrependidos de terem brigados entre si quando quem se mata toda hora é a coitada da lingua. Eles estavam envergonhados de si, todos pediram desculpas e ficaram num longo silêncio.
Quem cortou esse silêncio mortal foi a lingua, ela disse que tinha recebido uma mensagem do cérebro e que seu dono estava prestes a fazer uma chupeta nervosa para pagar uma aposta que ele tinha perdido. A língua anunciou quais eram os procedimentos para todos.
* Ninguem deve morder a cabecinha
* Não cuspa antes nele, pois aquilo vai voltar geladinho de onde veio
* E jamais, jamais mesmo engula o que for que sairá de dentro do pinto
Ordens feitas, todos escutaram com atenção, os lábios, a gengiva, a garganta, os dentes e o céu da boca estavam cientes de como proceder. Então chegou a grande hora, ele começou a entrar meio tímido na boca, molinho e sem graça de estar num lugar novo. A língua fez seu trabalho, lambeu todo ele, até as bolas, os dentes não morderam forte, apenas pequenas beliscadinhas para dar mais tesão e o céu da boca aguentou fortemente as batidas contra ele. Essa operação durou 20 minutos até que ocorreu algo que eles não esperavam. O pinto gozou tudinho na sua boca. O cérebro não permitiu que ninguem cuspisse pois ele disse que era falta de educação isso e mandou esperar. Toda a boca ficou coberta de porra por alguns minutos, a lingua mandava pro lado, a buchecha mandava pro outro, a outra buchecha devolvia, o lábio abriu com um centésimo de segundos e uma gota escorreu para fora lambuzando o vizinho queixo, eles estavam desesperados sem saber o que fazer, até a garganta não aguentou tanto tempo e engoliu uma pequena parte, o cérebro ficou furioso. Então eles perceberam a movimentação la fora e perceberam que seu dono estava na pia, cuspiu toda a porra dentro dela e nem sequer mandou uma água para aliviar aquele cheiro e gosto que pairava no ar. A boca voltou a sua rotina, abrindo e fechando, observando as palavras saindo de dentro, palavras do tipo: “Foi ótimo, te espero novamente semana que vem” e “me desculpe por não engolir, mas na próxima prometo que farei isso”.
Assim todos dentro da boca souberam que não tinha acabado, essa seria um tipo de rotina a partir de agora e todos ficaram com muita pena da dona lingua.
Moral da história: Não chupem pinto