Literatura infanto-imbecil

Postado por Luan Henrique | | Posted On quarta-feira, 1 de maio de 2013 at 19:11




- Vamos lá querida, vai ser bom, eu prometo que não vai doer nada. Você vai gostar até, a Marcinha não te falou como é? Confie nela, e confie em mim, eu jamais te machucaria.
- Não sei não Robson, tenho medo, muita coisa ruim pode acontecer.
- Nada de errado vai acontecer, eu serei gentil e vou bem devagar.
- Tudo bem então, mas me promete que se eu pedir pra parar você para!
- Eu prometo amor, relaxe que vai ser bom.

 Robson e Juliana eram namorados fazia 3 anos, se conheceram em um aniversário de um amigo em comum, e desde então não tiveram mais motivos para chorar. A vida era um mar de rosas para os dois, eles tinham a certeza absoluta de que haviam nascidos um para o outro, e qualquer um que os visse juntos achariam exatamente a mesma coisa. Esbanjavam felicidade onde quer que passassem, contagiando desde os idosos casados a mais de 50 anos, até os solitários cheios de espinhas na cara e habilidade zero com o sexo oposto. Eram o casal perfeito.

 Recentemente o Robson colocou na cabeça que já estava na hora de avançarem um passo nessa relação. Queria de qualquer jeito mexer no que estava quieto. A semana anterior havia sido um inferno a vida da Juliana, ela estava apreensiva, sabia o que seu amor queria mas não tinha certeza se era a hora certa para aquilo. Esse era um passo muito grande em qualquer relacionamento e mudaria para sempre a vida desses jovens. Mas por amor e um pouco de caridade ela finalmente aceitou, seria agora, a tão esperada hora do juízo final, o que definiria sua vida amorosa para todo o sempre. Chegou a hora do grande prêmio. Eles fariam anal.

- Está pronta querida? Isso, fique assim e não se mexa, deixa que eu faço tudo, só respire, feche os olhos e relaxe.
- Ok, vamos logo com isso que quanto antes terminar mais rápido eu paro de tremer.
- Lá vai então, e saiba Ju, eu realmente te amo.
- Também te amo Robson.
- Bom, é agora. Tá indo, huuuuuummm...
“POFT!!!”
- Aiiiiiiiiiii Robsoooooooooonnnnnnnnn.
- Mas... que diabos... puta merda, o que é isso ai, meu Deus do céu!

 “Há dezessete anos atrás, um poderoso demônio conhecido como Analsim aterrorizou um vilarejo budista no interior da China, matou milhares de mulheres e quase devastou com o mundo. Monges se reuniram em volta de uma fogueira sagrada para decidir como impediriam que aquele massacre continuasse. Iang Xing Lou, o mais velho e sábio do grupo, resolveu que teriam de invocar a grande magia ancestral proibida. Que consistia em embebedar o demônio e prendê-lo em uma garrafa de yakult. Mas esse era apenas o começo da solução, pois o poderoso Analsim só poderia ficar preso por algumas semanas, e logo ele se libertaria e voltaria mais forte do que nunca para se vingar. Eles então resolveram que a inocência seria a unica arma forte o suficiente para que ele jamais se soltasse, e vieram para o Brasil encontrar a forma mais pura de inocência. Como eles não possuíam televisão, realmente acharam que encontrariam, logo aqui, uma menina saudável e pura que servisse de morada para o assassino infernal. Encontraram a Juliana por acaso, no dia do seu aniversário de 6 anos. Ela não era uma criança bonita, e provavelmente não se tornaria em uma mulher bonita, então era perfeita para a missão dos monges. Sem que ela, ou a polícia percebessem, os monges realizaram o seu ritual e colocaram o terrível Analsim em modo de hibernação dentro da garotinha. Ela jamais iria descobrir o que estava dentro dela, a não ser que...”

 O lacre de proteção foi rompido graças a ação inconsequente do Robson, uma luz vermelha apareceu após o rompimento e algo enorme e monstruoso começou a sair de dentro da Juliana, que, desesperada, gritou alto. Mas seu grito não durou muito tempo, pois Analsim se liberou e fez um regaço de dentro pra fora na pobre garota.

 Sua forma era grotesca, e banhado com o sangue de sua antiga hospedeira, sorriu sarcasticamente para o Robson antes de sair voando pela janela e começar a sua nova era de morte e destruição.

 Analsim tinha uma preferência por matar mulheres impuras, e como começou invadindo todo baile funk que encontrava, ninguém se importou. Depois foi para as reuniões de feministas, e novamente ninguém se importou. Acabando com todas, invadiu as missas, quem se importou continuou não indo para o céu, e após matar a presidenta do Brasil, as forças de segurança resolveram deixar ele terminar e ir para outro país.

 Todas as mulheres se foram, o mundo nunca foi tão gay, mas todos se acostumaram com a ideia e continuaram não se importando. Mesmo após pilhas e mais pilhas de louça sem lavar terem se acumulado em toda casa sobrevivente, ninguém se importou. Nem mesmo o Robson ligou para esses acontecimentos, pois agora ele tava comendo cu adoidado, e viveu assim, feliz para sempre...
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