Um conto de terror

Postado por Anônimo | | Posted On terça-feira, 28 de setembro de 2010 at 16:26

Para te deixar assustadinho

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  O céu estava pálido feito o rosto de um soldado marchando na linha de frente do maior inimigo do homem nesse e em outros séculos,  a homossexualidade, e o sol desaparecia no horizonte carregando consigo toda a segurança que uma família regular de classe média pode precisar.

  Logo de manhã quando levantou de sua cama com o corpo suado e com a cueca nos calcanhares, Daniel sabia que esse seria um dia de bosta.

  Sua namorada, Joana Paula, estava vindo visitá-lo. Ela era doce igual mel sendo ordenhado de um unicórnio, e o amava mais do que tudo no mundo. Os dois tinham uma conexão muito forte, talvez por terem crescido no mesmo bairro e ficado a vida inteira juntos, ou talvez o motivo era eles possuírem a mesma mãe, mas o que importa é que foram feitos um para o outro, como as estrelas que foram feitas para brilhar, ou o Rocky que foi feito para apanhar.

  Os dois estavam tranquilos na sala de estar assistindo “A origem” gravado na sala de um cinema e vendido a 2 reais no mercadinho da esquina. Joana não estava entendendo nada da história, Daniel também não mas tinha o pressentimento de que era um filme genial.

  Foi quando eles ouviram um barulho. Forte demais para ser um rato, silencioso demais para ser a irmã caçula de Daniel se masturbando ao som de restart. Parecia com um trompete celestial sussurrando a destruição de tudo o que é conhecido como bom. Ou talvez fosse um mendigo.

  Os dois saíram de casa para descobrirem o que era, no fundo contentes por não precisarem mais assistir aquele filme complexo com o carinha que morreu em Titanic, mas lá fora o mundo não era mais o mesmo.

  Uma nuvem negra pairava sobre suas cabeças, do outro lado da rua, ninguém. No ponto de ônibus, ninguém. No mercadinho, um demônio carregando uma foice invertida com um crucifixo ensanguentado na ponta olhando diretamente para os dois e…

- Caralho Joana Paula, corre sua vadia, corre!!!

  Os dois correram, o medo tomando conta de seus pensamentos. Será que todos daquela cidade estavam mortos? Será que o demônio tinha matado todos eles? Será que alguém poderia salvá-los? Será que essa seria uma boa hora para colocar uma cena em câmera lenta focado nos peitos de Joana? Daniel não tinha a resposta para nenhuma dessas perguntas.

  Eles correram, como se tivesse fadas do dedão do pé guiando seu caminho para além da escuridão. Nada parecia o mesmo, a velha ponte estava destruída, os postes de iluminação estavam destruídos, as televisões de todas as casas estavam ligadas na Record, esse parecia o apocalipse, o fim doloroso de toda a humanidade.

  Mas Daniel tinha uma ideia de como salvar a sua amada e a si mesmo, mas era algo inimaginável, ele não tinha certeza se conseguiriam a tempo.

  Quando ele era adolescente, seu pai o levou na casa de massagens da Nina, “final feliz garantido” anunciava o cartaz, e foi exatamente isso que ele provou. Essa era a solução, mas eles deveriam se apressar, pois o demônio se aproximava cada vez mais.

  A escuridão das ruas e dos seus olhos logo foram abatidas pelo cartaz luminoso da Nina, unica luz sobrevivente do universo. Joana estava confusa, a sua bissexualidade a tanto tempo guardada no fundo de uma gaveta na casa dos seus pais seria descoberta. Mas a troco de que? DE QUE????

- Éééé… da salvação muié.

  Eles entraram, seus corpos tremendo feito as mãos do Silvio Santos após descobrir para que serve o bambu, e foram recebidos pela Nina, a mulher que nunca envelhecia, e vendedora oficial da Avon nas redondezas.

  Ela os levou para um quarto onde suas leais ajudantes esfregavam suas mãos com óleo natural de alguma planta não legalizada.

  O ritual do desencapetamento começou. Lá fora, os gritos do demônio eram alto e claro, “trinta minutos, então eu serei o próximo”, ele dizia, e isso deu um arrepio na espinha do casal.

  A massagem com final feliz realmente teve um final feliz, e uma massagem, e quando acabou, os dois saíram pelas ruas novamente.

  O sol voltara a brilhar, os pássaros voltaram a cantar, a Globo voltou a ser líder. Tudo estava bem novamente.

  Eles descobriram que a escuridão não estava na realidade, e sim em suas mentes. Não transar até o casamento foi uma ideia estúpida e ambos concordaram com isso. A falta de sexo deixa as pessoas idiotas e o demônio da fornicação ataca sem dó.

  Moral da história: Libera essa buceta ai.

 

Perguntas:
1 – Luan, mas porque eles não transaram logo no sofá, ao invés de irem até uma casa de massagem para transar com outras pessoas?
R: Não sei. Eles eram idiotas.

2 – Mas Luan, você chegou a assistir “A origem” ou só citou porque você leu sobre ele em algum lugar?
R: Só citei porque li em algum lugar.

3 – Luan, você realmente acha que alguém irá ler esse texto até aqui?
R: Ninguém nunca lê, mas ainda tenho fé.

4 – Luan, porque esse texto é tão idiota?
R: Porque não faço sexo, então sou idiota.

5 – Porque tem a foto do filme Lua Nova no início do post?
R: Porque se você não se assustar eles irão tirar a camisa.

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