A lenda de Sthaikjolvic – A estopa, o mamilo e a carapuça que serviu

Postado por Luan Henrique | | Posted On quinta-feira, 27 de setembro de 2012 at 14:43

  Olá crianças, a nossa historinha de hoje é sobre um animalzinho muito peculiar, muitos de vocês podem conhecê-lo pela alcunha de tamanduá, mas nesse conto eu o chamarei de bode, porque sinceramente eu não me lembro de como um tamanduá se parece, e eu preciso ter uma imagem mental sobre o que estou escrevendo. Isso não é um gibi, é apenas um texto, e a unica imagem que vai ter é essa aqui de baixo que nesse ponto não escolhi ainda qual será, mas com certeza não será um tamanduá, será algo que não tem nada a ver com o resto do texto, mas vocês entendem né? Sou preguiçoso.

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  Era uma vez um bode maconheiro. Todos os dias exatamente as 20:00h da noite – porque se fosse da manhã eu teria escrito 8:00h – ele se dirigia até uma caverna que ficava a uns 300 metros da fazenda do seu Jão manco para se deliciar com a maravilhosa forma esfumaçada que a plantação secreta da formiga Marley emitia no interior após uma longa queima. Mas nesse dia em particular a formiga Marley estava doidaça:

  Dica: Se você estiver lendo esse conto em voz alta para seu filho com menos de 10 anos, tente reproduzir a voz da formiga e do bode nesse diálogo, pois além de estar transmitindo informação para seu bebê, você ainda estará sendo um pai divertido e descolado e fará ele rir, e foi pensando no sorriso sincero de uma criança que eu escrevi o parágrafo seguinte;

- Puta que pariu bode, esse bagulho é mais louco que puta sem orelha te fazendo um 69
- Podi crê furmiga – disse o bode sem saber se entendeu ou não a comparação anterior.

  Foi nesse momento levemente constrangedor que o improvável aconteceu. A respiração do bode aumentou significantemente, seu coração começou a bater sem aviso prévio, como se fosse um vizinho idoso que resolve colocar pregos na parede as 6 horas da madrugada como se fosse a coisa mais normal do mundo, sua boca fica seca e logo em seguida seus olhos se fecham.

  Ao abri-los novamente, ele estava em um lugar maravilhoso, sem guerras, sem insultos e sem maldade alguma. Era como se ele estivesse em São Paulo, mas sem toda aquela São Paulo ao redor. O bode resolveu caminhar para ver a beleza daquele lugar estranho, quando, de repente, um ser enorme com um afro do tamanho da lua apareceu na sua frente e estendeu a mão:

- Bode, você fez algo muito ruim no outro mundo. Você experimentou da proibição, e quando você faz algo proibido, você deve pagar.
- Mas foi a natureza quem me deu.
- A natureza também te deu cactos, e não é por isso que você vai enfiá-los no cu pra ver se caga uma versão melhorada do Wolverine.
- Justo, mas olhe só ser estranho que usa afro mesmo sendo branco, eu não estou prejudicando ninguém, não estou fazendo nenhum mal à sociedade. Eu só fumo para aumentar meus sentidos e viajar para um mundo melhor. Você por acaso já teve um orgasmo quando estava chapado? É a melhor coisa do mundo, é como… bem, como eu posso te dizer de uma forma que explique toda a sensação: é como gozar. O senhor me entende?
- Huum, parece interessante, mas como esse papo está seguindo para uma direção que nosso criador desconhece e ele não tem nenhuma opinião formada porque é um vagabundo ignorante, eu te condeno à morte eterna.
- Eterna?
- Sim, eterna, você é um péssimo animal, nem sua carne presta pra comer, seu barulho é insuportável e seus hábitos são nojentos. Adeus bode, sua estadia aqui acabou, agora iremos fumar um e rir da sua cara. Marley e eu, apenas.

  Moral da história: Que porra de título é esse?

FIM

Outra breve história sobre o amor

Postado por Anônimo | | Posted On quarta-feira, 19 de setembro de 2012 at 14:06

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  É de conhecimento geral o fato de que se você dançar pelado na frente do espelho do banheiro, acompanhando alguma música Indie criada nos anos 2000 enquanto seu cachorro te observa pela janela com um olhar penetrante de desaprovação, todas as energias do universo focam em você te oferecendo um unico pedido. Essa é a história de Jair, um garoto que mesmo tendo nome de gente velha não desistiu de seus sonhos, e fez um pedido muito especial.

  Eu ainda me lembro daquela manhã especial no Shopping com você, nos dois estávamos na praça de alimentação comendo algum fast food qualquer que minha privada se lembrará por mais tempo do que eu, quando aquela sua pergunta abriu as portas para o nosso amor sincero e real.

- Então me diz, qual é a parte de uma mulher que você mais gosta?
- Mônica, não tem como eu responder a isso, porque eu não gosto de todas as mulheres, eu só gosto de você, e a parte que eu mais gosto em você é… tudo.

  Eu achava que nosso amor iria durar para sempre, como naqueles filmes onde o amor dura para sempre – desculpem, não consigo pensar em nenhuma referência ao eterno aqui, pois, como dizia uma velha poeta nacional antes de se render ao sexo e as drogas pesadas, o que é imortal não morre no final – e nosso amor um dia morreu.

  Meu pedido especial ao universo após essa desilusão amorosa que arrancou meu coração e o pendurou em praça pública com os dizeres “eu sou um idiota, chute-me”, foi o seguinte: Toda mulher que olhar nos meus olhos por 10 segundos seguidos irá se apaixonar por mim. Pra ser sincero eu só estava pensando no sexo, eu não enxerguei maldade nesse pedido, afinal, eu faria as mulheres se apaixonarem por mim, transaria, nunca mais iria aparecer e logo o encanto acabaria e elas seguiriam seu rumo.

  Eu fiz muito sexo nessa época, não irei detalhar todos aqui porque a maioria era nojento, e os que não eram nojentos eram crimes.

  Tudo se foi quando eu reencontrei com Mônica. Ela parecia feliz sentada no colo de um musculoso arrombado que usava uma camisa com os dizeres: “Pra balançar isso aqui é BOMBA”, e nem reparou a minha presença. Esperei até o marombeiro sair para comprar um gibi do Batman na banca da esquina, o que achei um comportamento pouco natural para um cara desses, e me aproximei do meu unico amor, ajoelhado aos seus pés e olhando fixamente para seus olhos sem falar nada por tempo suficiente para isso ser algo constrangedor.

- O que você está fazendo ai Jair?
- Você já está apaixonada por mim?
- Do que você tá falando, nos terminamos não se lembra? Agora eu amo o Jackson

  Olhei para o dito Jackson e ele estava se matando de rir sozinho no outro lado da rua. – Ahh, esse Robin é mesmo uma figura – foi o que ele disse antes de virar para a próxima página.

- Mas Mônica, agora eu posso ter a mulher que eu desejar, todas se apaixonam por mim com apenas um olhar, mas eu só quero você.
- Desculpe Jair, mas não podemos mais ficar juntos, eu nunca te amei.

  Aquelas palavras ressoaram em seu cérebro como se alguém tivesse enfiado um garfo nele e comido toda a área da esperança que ele possuía. Nesse momento ele se tocou do óbvio. O universo é um grandessíssimo filho da puta, fez com que ele pudesse ter todas as mulheres que desejava, exceto a que ele amava. E como um pedido não pode ser desfeito, Jair se matou. Toda a sua dor foi embora junto com sua alma, e a Mônica? Bem, a Mônica que se foda, aquela vadia destruidora de lares.

coração.alegre

Uma quase linda história de amor

Postado por Anônimo | | Posted On quarta-feira, 12 de setembro de 2012 at 14:26

 mario

  Segundo encontro, é nesse momento que Alex descobre que está saindo com uma psicopata imbecil mais irritante do que vozes de crianças em dublagens dos anos 80. Ela não é o que aparentava ser no começo, aquela menina doce de olhos verdes encantadora, que quando andava balançava suas nádegas em total sincronia com o cupido, aquele filho da puta que deu um tiro certeiro bem no meio do peito sensível e exageradamente peludo do nosso protagonista, que o fez se apaixonar imediatamente por aquela que seria o seu maior pesadelo.

  Joana, que é a mulher dessa história - como seus olhos bem treinados para distinguir nomes femininos já devem ter descoberto – parecia uma menina que vi em um vídeo pornô esses dias. Linda, adorável e excitante, até que começou a peidar para a câmera enquanto o cara que tava filmando se afastava e xingava a garota. A sensação que ele deve ter sentido provavelmente foi a mesma que a minha, quando parece que todo o sangue que estava lá em baixo sobe subitamente para o cérebro e bagunça todo o lugar. Mas isso não tem nada a ver com essa história, então voltemos.

  Alex leva a Joana para um restaurante humilde de comida caseira, porque seu emprego de curtidor de imagens motivacionais no facebook aparentemente não paga muito bem, e é lá que ele conhece a verdadeira face escrota que todo mundo tem, mas que não deve ser revelada até o casamento, no mínimo.

  Logo de cara ele já percebe a cagada quando ela aparece usando uma camisa que bate no umbigo e toda a gordurinha, que é imperceptível em roupas decentes, se transforma em um objeto gritante e monstruoso que salta para os lados como se fosse uma massa de pizza que você deve segurar nas bordas e chacoalhar até o recheio sair.

  O jovem garoto perde 1/3 da paixão nesse momento, mas ele é um cara otimista, e insere no seu próprio cérebro a ideia de que poderia ser pior, ela poderia estar de crocs. Mas logo ele percebe que crocs seria o menor de seus problemas. Ela entra no restaurante esculhambando o lugar, grita com o garçom, xinga a faxineira e quando seus refrigerantes chegam e ela vê que é Pepsi ao invés da coca que ela tinha pedido, Alex sente uma vontade indescritível de enfiar a cabeça no próprio cu pra fingir que é uma roda e rolar até o lixão mais próximo. Ele nunca imaginou que poderiam existir tantos insultos a um refrigerante. Finalmente Joana vai ao banheiro, talvez não por estar com vontade, mas para ter algo mais pra criticar, mas é o suficiente para dar um ar na mente do Alex.

- Não sei se dou risada por você estar nessa situação ou se sinto pena de você. – Disse uma das meninas que estavam sentadas na mesa ao lado da deles e que só agora Alex percebeu.
- Eu to fudido, ela não é nada o que aparentava ser quando a conheci  semana passada, não me deixa beber, nem fumar e se me ver falando com vocês provavelmente vai arrancar meu saco e dar pro dragão de estimação dela pra comer.
- Você tá enganado, ela é o dragão de estimação. Eu e minhas amigas estamos indo para um barzinho agora, boa sorte ai.
- Posso ir com vocês? Por favor!
- Claro, te esperamos na esquina.
- Ei, garçom! Você é bom em inventar histórias? Te dou uma gorjeta enorme se você inventar alguma coisa pra minha mulher que explique a minha ausência.
- Eu botaria fogo nesse lugar pra me livrar dessa sua mulher, deixa comigo cara, suma daqui.


  No dia seguinte Joana invade a casa do Alex para ver se estava tudo bem com ele, já que a história do garçom não a convenceu totalmente, as psicopatas são as mais espertas. Quando entra no minúsculo quarto que ele possuía nos fundos da casa de sua mãe e vê 3 mulheres na mesma cama que seu amado, ela fica louca. Pega um facão na churrasqueira que estava ao lado e pula, como se fosse um leão pulando em um veado saltitante e finca o facão no peito de uma das meninas. Alex acorda assustado e consegue agarrar a Joana, que tenta a todo custo matar aquele pobre garoto. As outras duas moças tiram Joana de lá e a atacam na parede, fazendo sua cabeça bater com tanta força que um jarro de sangue brota levando toda a insanidade daquela puta para outro plano, onde deve ter alguém capaz de lidar com ela.

  Um quarto frio, duas garotas mortas, duas assustadas e só o que Alex conseguia pensar era: “Joana filha da puta, de todas essas meninas ela matou logo a unica que fazia anal”.

  E FIM!

Eu queria ser aquele que você jamais será

Postado por Anônimo | | Posted On segunda-feira, 3 de setembro de 2012 at 12:28

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  Alejandro era um jovem aprendiz de vagabundo que passava metade do seu dia caminhando pelas ruas do subúrbio para refletir sobre algumas questões fundamentais para o completo entendimento da forma feminina existente no planeta. O que ele realmente queria era ver peitos, mas infelizmente ele não tinha nascido com o dom da beleza, ou da simpatia, ou da educação, ou das boas maneiras, ou da coragem, da lábia, e, menos ainda, o dom de querer aprender.

  A arma principal de todo covarde que não tem a capacidade de agir é pensar (ou fazer um blog), e foi isso que Alejandro começou a fazer desde criança, pensar, na esperança de que alguém em algum lugar do mundo fosse capaz de o entender, mesmo sem precisar de uma longa conversa chata que terminaria em um: “me liga pra gente sair de volta”, o que jamais iria acontecer pois Alejandro tinha trauma de telefones *

  Mas certo dia, enquanto Alejandro caminhava por um belo parque a céu aberto cuidadosamente colocado ali pela prefeitura para suprir a falta de motéis nas redondezas, um senhor se aproximou dele com um olhar curioso e logo começou a conversar com o garoto, coisa que todo velho sente necessidade de fazer, sem se tocar de que eles são chatos e muito pouco interessantes:

- Espera ai, você é o Alejandro não é?
- Como você me conhece?
- Ahh, graças a Deus finalmente tive a chance de te reencontrar. Sou eu, Charles, o médico que fez o teste do pezinho em você Alejandro. Nossa, quanto tempo faz isso? 23 anos e alguns meses? Tenho que confessar, minha memória já não é mais a mesma agora que estou envelhecendo. Jesus, como você está grande, tá calçando quanto agora? 40? 41?
- 42
- Nossa, o tempo realmente voa. Mas vamos ao que interessa Ale, posso te chamar de Ale?
- Não
- Jesus, Maria e José, finalmente te encontrei.
- Se você vai começar a inventar nomes pra mim eu prefiro que me chame de Ale mesmo.
- Certo, precisamos conversar, venha se sentar comigo naquele banco isolado onde tem várias árvores que impedem que os pedestres e a polícia nos vejam.

  Charles e Alejandro foram se sentar no banco. Aquilo estava parecendo uma suruba de travecos para o Alejandro, ele sabia o que estava acontecendo, apenas não entendia o porquê.

- Bem, você deve imaginar o motivo de eu ter te procurado por todos esses anos não é Alejandro?
- Não, pra falar a verdade eu não faço a mínima ideia.
- Você não se lembra do nosso pacto de sangue aquela noite? Quando eu furei o seu pé para os exames, eu também furei minha língua e chupei o teu calcanhar, para que você jamais se esquecesse da nossa missão aqui na terra, vamos, faça um esforço, lembre-se.
- Você é doente velho, muito doente.
- Esqueça esse pensamento mundano ultrapassado, nos somos superiores a tudo o que já existiu e que irá existir depois de nos. Nos somos a perfeição em forma de homens, somos as estrelas caídas esperando pelo combustível do amor para acendermos e retornarmos para o céu, para que assim possamos iluminar novamente o mundo e aquecer aqueles corações solitários que insistem em perder a cor cada vez mais. Estamos aqui para empurrar a paz na vida daqueles que se seguram através das guerras e da destruição, nos somos o futuro, o passado e o presente, somos mais do que qualquer um pode sonhar em ser, nos somos homens, somos guerreiros, somos anjos, somos a luz e as trevas, somos tudo e o nada, somos deuses, e eu te passei aids aquele dia.
- Espera ai, o que?
- Tenha um bom final de vida garoto, sempre te amarei.

  E assim termina a nem-tão-emocionante-assim história de um garoto que sempre sofreu, sempre lutou contra seus problemas, sempre procurou a verdade, e descobriu que ela não é lá aquelas coisas. A vida é dura, aprenda a conviver com isso ou se vicie em algum MMO.

 

* O trauma de telefones de Alejandro: 
– Pizzaria alguma coisa italiana boa noite
- Oi, eu quero uma pizza
- Não, sério? Pensei que você tinha ligado pra bater papo ou alugar um hotel, seu imbecil, IMBECIL!! Otário maldito, com quem você pensa que tá falando? “eu quero uma pizza” sua mulherzinha arrombada, pareço seu empregado? Garoto estúpido, se você estivesse na minha frente eu arrancaria as bordas de uma extra-grande sem recheio e enfiaria no seu cu pra ver se sua merda sairia com formato de calabresa. Eu quero uma pizza, é cada doente mental que me liga.
- Uma média por favor
- Viadinho. Vai demorar 30 minutos ou mais, obrigado por escolher a alguma coisa italiana, tenha uma ótima noite. Retardado.

 
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